Madalena Ernestina Atanásio – JC Maxaquene Moçambique

Chamo-me Madalena Ernestina Atanásio, tenho 56 anos de idade, sou membro da igreja desde Agosto de 2007 e dedico como Responsável do Johrei Center de Maxaquene.

Conheci a Igreja Messiânica Mundial de Moçambique em Maio de 2007, encaminhada pela minha colega e amiga, Lina Aiuba, por quem tenho eterna gratidão.

A experiência de fé que tenho a compartilhar com os irmãos tem a ver com a importância do donativo de construção, para a outorga da Imagem da Kannon e salvação aos nossos ancestrais e antepassados.

Em Outubro de 2012, nasceu o meu neto, que, por ter sofrido de asfixia grave durante o parto, contraiu paralisia cerebral grave, sendo totalmente dependente. De todos os exames feitos em Maputo e na África do Sul, os médicos confirmaram que a situação dele era das mais graves, por isso desde a sua nascença tem estado a receber o acompanhamento hospitalar, que inclui fisioterapia permanente e consultas regulares dentro e fora do país, o que vem exigindo um esforço financeiro considerável dos pais. Em 2017, os pais do meu neto encontraram uma escolinha que aceitou recebê-lo, mas os custos eram muito elevados. Por outro lado, tinham que levar comida de casa todos dias, porque a escola não se responsabilizava pela alimentação especial que era recomendada para o meu neto, para além da alimentação da acompanhante. Também, os pais tinham de pagar médicos que deviam fazer o acompanhamento da criança na escola, o que tornava a situação financeira da família mais complicada.

Depois do nascimento do meu neto, comecei a purificar com dores nas pernas e muito cansaço. Essa situação foi piorando a cada ano, mas como toda a gente dizia que era por causa da idade, acabei aceitando que era da velhice! Então, sempre que chegasse a casa, preferia sentar no chão para descansar as pernas e aliviar as dores, acreditava eu. Só sentava na cadeira no serviço e na igreja! Também deixei de ir aos convívios familiares, para evitar conduzir e poupar o meu braço e as pernas, apenas para ir ao serviço e à igreja. Em Junho de 2017, comecei também a purificar com inchaço no braço direito, tendo sido diagnosticada como Tendinite do pulso. Tive que imobilizar o braço por cerca 6 meses. Foram momentos de muito aprimoramento e tive que aprender a fazer os trabalhos, incluindo conduzir apenas com o braço esquerdo, porque qualquer movimento no braço direito provocava dores insuportáveis. Submeti-me a exercícios de fisioterapia durante estes meses, para além do recebimento constante do Johrei e auto-Johrei, mas a dor não passava.

No dia 15 de Dezembro de 2017, Médicos do Instituto de Paralisia Cerebral da Índia, que é a instituição de maior renome á nível mundial sobre esta matéria, vieram à Moçambique fazer a apresentação sobre os seus trabalhos e pesquisas e iniciar contactos com pessoas portadoras de doenças cerebrais. Eu acompanhei a minha filha para assistirmos à palestra. O nosso objectivo era saber se haveria hipóteses de tratamento para o meu neto. Os médicos explicaram que a recuperação não depende de começar cedo ou não o tratamento, mas sim da gravidade, maior ou menor, da lesão do cérebro. No fim da palestra, a minha filha me disse que tinha ficado com os contactos dos médicos, para estudar a possibilidade de levar o meu neto para a Índia, para fazer uma melhor avaliação dele e ter a esperança do tratamento. Começou nesse dia a colocar como objectivo máximo dela, conseguir recursos para a viagem e o tratamento na Índia, tendo também começado de imediato a contactar o Hospital para obter as condições de deslocação.

Entretanto, pelo conhecimento que já tínhamos da gravidade do meu neto, eu concluí daquela palestra que a medicina estava dizendo que não tinha mais nada a fazer, ou seja, restava-nos apenas esperar pelo tempo de vida da criança, na mesma condição. Decidi não falar nada sobre a minha conclusão à minha filha porque percebi que ela tinha ainda esperança na medicina. Agradeci pelo que ouvi dos médicos e entreguei a vida do meu neto nas mãos de Deus e do Messias Meishu-Sama, para que Sua vontade se concretizasse, fazendo um donativo de gratidão. No aprimoramento da Rede da Salvação realizado na Sede Central, a 22 de Dezembro de 2017, ouvi a experiência da irmã Ismoénia Machava, sobre o donativo que fez para a tia, que se encontra no mundo espiritual. Após escutar esta experiência de fé, voltei a reflectir sobre a situação do meu neto e pensei que mesmo que, pela medicina, o meu neto não tenha cura, Meishu-Sama orienta que a salvação do corpo é limitada, mas a salvação do espírito não tem limite. E decidi iniciar o donativo especial de construção para agradecer, pelo facto de ele não poder ser salvo desta purificação nesta vida e, pedindo a Deus e ao Messias Meishu-Sama, para que quando ele partisse para o mundo espiritual, seu espírito fosse salvo.

No dia do Natalício de Meishu-Sama iniciei o donativo com o valor que tinha. No momento da oração senti-me envolvida por uma luz muito forte, difícil de explicar. No fim do culto, fui para casa sem perceber o que estava acontecendo comigo, a partir daquele momento. Referir também, que até aquele momento, nunca tinha antes relacionado a minha purificação, à situação pela qual o meu neto estava a passar.

 Para a minha surpresa e de todas as pessoas que acompanharam a minha purificação prolongada, depois do Culto do Natalício, a dor nas pernas que durava 5 anos, desapareceu por completo. Também o inchaço no braço e as dores que duravam 6 meses desapareceram por completo, graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama.

O meu neto registou grandes mudanças no seu estado de saúde. As pernas e os braços que estavam muito atrofiados, começaram a voltar ao normal. As mãos que ficavam sempre fechadas e sob pressão constante, passaram a ficar abertas.

Os pés que ficam quase dobrados para dentro, também se libertaram. Ele passou a apresentar uma feição mais alegre, o que era notado até pelas outras crianças da família que diziam: “o Jean anda mais alegre e sorridente”, graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama.

A minha filha, foi convidada por uma outra escolinha onde meu neto passou a frequentar desde Fevereiro de 2018, em condições muito mais favoráveis do que onde estava. A nova escolinha é 4 vezes mais barata que a anterior, o que trouxe um alívio financeiro muito grande aos pais. Também a escolinha contratou e passou a pagar os médicos que dão assistência ao meu neto, assim como passaram a preparar e servir refeições para ele e sua assistente, sem qualquer custo adicional, o que era impossível na outra escolinha, graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama. De referir que, o meu neto, foi a primeira criança com cuidados especiais que foi recebida nessa escolinha, que já existe há muitos anos, pelo que teve que se criar novas condições, tais como rampas de acesso para o carrinho de rodas, etc. As outras crianças gostam muito dele e têm sido muito carinhosas. Após terminar o donativo, a minha filha ganhou no serviço dela, o prémio de melhor trabalhadora, o que lhe conferiu um valor muito significativo, para além do seu salário. Surpresa pelo valor do prémio, perguntou aos responsáveis se tinham certeza que aquele valor era mesmo para ela, ao que lhe responderam: “Você tem um filho doente que deve precisar de tratamento médico, não é? Então use esse dinheiro para tratar do seu filho!” Ela ficou mais surpresa ainda, porque nunca tinha comentado com seus responsáveis sobre a vontade que tinha de tratar seu filho na Índia, que era seu sonho desde Dezembro de 2017.

Assim, os pais ganharam a permissão de viajar para Índia com a criança. No hospital, os médicos não acreditaram quando viram a criança e perguntaram: “Onde está a criança cujos resultados médicos que nos foram enviados antes? Vocês têm duas crianças com paralisia cerebral e decidiram trocar, á última hora, e trazer a outra?” Os pais disseram aquele era o único filho com problema cerebral e que os resultados eram dele. Não acreditando ainda, os médicos fizeram os exames, e quando saíram os resultados, confirmavam os que tinham sido antes enviados. Então os médicos disseram aos pais do meu neto:” “Na história da medicina cerebral e daquele Instituto, nunca tinham acompanhado um caso igual, de uma criança com aquela gravidade de lesão no cérebro, mas que seu aspecto físico apresentava-se completamente diferente das outras crianças na mesma situação.”

Disseram ainda: “Esta criança está com crescimento e altura de uma criança normal, devia ter tamanho de um bebé e os membros completamente atrofiados; tudo o que vemos nele fisicamente, não corresponde ao estado do cérebro dele”. E perguntaram: “Agora digam-nos, o que vocês fizeram com esta criança para estar desta forma? Nós agora precisamos aprender de vocês a tratar da paralisia cerebral desta forma, digam-nos por favor!” Os pais estavam ainda muito perplexos com tudo o que estavam a ouvir dos médicos. Eles concluíram: “Nós não temos nada mais para fazer com esta criança. Regressem e continuem a rezar para o vosso BOM DEUS!”

Quando regressaram, a minha filha disse-me: “Mãe, desde Dezembro de 2017, eu dediquei 1 ano inteiro a preparar esta viagem, para que nada falhasse por falta de conhecimento para dialogar com os médicos. Fiz mais cursos de inglês, comprei e li tudo o que era livro sobre paralisia cerebral e todas as publicações do Instituto de Paralisia da Índia. Chego lá e me dizem, vai rezar ao Teu Deus que é bom! Terminou mãe, a minha pesquisa pela ciência!” Ela disse ainda que durante a viagem de ida e volta, no avião, colocaram-lhes numa classe muito acima da classe que tinham pago, com direito a todo o conforto dos que tinham pago, e as companhias aéreas diziam que não precisavam de pagar pelas diferenças de preços. Nos aeroportos, a criança recebia um tratamento tal que chegaram a considerar “de um Rei”, pois ultrapassava a que os pais tinham solicitado pela sua condição especial, graças à Deus e ao Messias Meishu-Sama. E o pai chegou a dizer: “Seria bom se sempre viajássemos com esta criança, para sermos tão bem tratados, e sem pagar!”

As graças e milagres não pararam por aí. Na terceira semana de Outubro de 2019, os pais levaram o meu neto para uma consulta regular na África do Sul. Depois de todos os exames, a médica disse: “Durante estes anos todos que acompanhei esta criança, nunca tinha notado mudanças tão grandes como agora. Os resultados todos estão estáveis. Pela primeira vez, num período de 6 meses, ele aumentou 4 quilos, o que mostra uma grande evolução no seu estado de saúde. Eu nunca esperei uma mudança tão grande dele! Estou tão feliz com estes resultados que decidi não aceitar o pagamento que vocês deviam fazer. Peguem no valor todo que me iam pagar e coloquem como Presente de Natal para esta criança. Ele merece!” De salientar que o valor da factura era de 20 mil Randes, que ela não aceitou receber, graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama.

Por todas estas graças, manifestei a minha profunda e sincera gratidão através de um donativo especial.

Aprendi, com esta experiência de fé, a importância que tem o donativo de construção, com o Sonen de salvar os nossos antepassados, que gera luz para a sua elevação e consequentemente a mudança do nosso destino. Aprendi também que Deus me estava utilizando naquela purificação, para manifestar a dor e o sofrimento dos nossos antepassados, que o meu neto vinha passando desde a nascença, mas que não conseguia expressar, dada a sua condição de saúde. Aprendi ainda que tudo o que nós passamos ou sentimos é reflexo do mundo espiritual, e que tudo o que passamos ou sentimos hoje, já está acontecendo dessa mesma maneira há milhares de anos no mundo espiritual. Por isso, a salvação da matéria sempre depende da salvação do espírito. E que Meishu-Sama é realmente o Messias há muito esperado pela humanidade, a gratidão é o próprio paraíso e o Johrei tem o poder de salvação.

Já me cadastrei, tenho a Imagem da Kannon, fiz o donativo para o recebimento da Imagem da Kannon para familiares, dos quais 2 do mundo material (meu filho e meu irmão) e 8 no mundo espiritual (que incluem meus pais, avôs paternos, filhos abortados e encontro-me a fazer para os meus avôs maternos. Mensalmente, faço o meu donativo de construção e tenho a Imagem do Lar. Cuido da minha rede da salvação e tenho a horta caseira feita.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus antepassados pela nova vida ganha por mim e minha família, reconhecendo que não há palavras que expressem a minha gratidão. Aos Ministros, missionários, membros e fiéis em geral, e à irmã Ismoénia Machava, por ter compartilhado a sua experiência, o meu mais profundo e sincero agradecimento.

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