Ângelo Correia – CA Maculusso – Luanda – Angola

Chamo-me Ângelo Correia, tenho 51 anos de idade e, por permissão do Supremo Deus e do Messias Meishu-Sama, dedico como responsável do Centro de Aprimoramento do Maculusso.

Conheci a Igreja Messiânica Mundial em outubro de 1997, e os motivos que estiveram na base do meu encaminhamento na fé foram: doenças, pobreza e conflitos.

Quanto à doença, sofri de mal de pote, ou giba, durante 4 anos. Na tentativa de buscar melhoria, recorri a hospitais e em casas de quimbandeiros, mas sem solução.

Num dos quimbandeiros que frequentei, o mesmo orientou-me a chegar à casa de tratamento todos os dias, a partir das 4 horas da manhã, a fim de receber um cartão de acesso ao seu consultório. Caso contrário, eu teria de comprá-lo nas mãos de outros pacientes que chegavam primeiro.

Na altura, como eu não trabalhava, tinha todo o tempo do mundo para chegar cedo. De realçar que eu e minha irmã mais velha, tínhamos o mesmo problema. Como o estado dela era mais avançado que o meu, eu tinha que lhe carregar nas costas todos os dias durante um mês, mas sem solução. Com isto, decidi abandonar o tratamento.

Nesta altura, minha esposa já frequentava a Igreja Messiânica. Os membros vinham em casa ministrar Johrei na família e às vezes, devido às purificações constantes, faziam vigílias em casa. Mas, eu simplesmente ignorava-os e dizia: ” Uma oração dessa vai resolver o quê na minha vida?”. Me convidavam para ir à igreja e simplesmente não aceitava.

Certa noite, tive um sonho em que fui à praia e havia sido engolido por uma onda gigante. Assim que acordei, fiquei com medo do sonho e na manhã seguinte, como os membros vinham fazer a marcha de visita, decidi aceitar o convite e fui à igreja com eles.

Foi neste período que conheci a Igreja, onde fui recebido pelo plantonista. Depois de ouvir atentamente o relato do meu sofrimento, orientou-me a cumprir as práticas básicas da fé.

No cumprimento dessas práticas, após apenas 1 mês e meio, o problema da giba, a insônia, o desemprego e o consumo de álcool foram ultrapassados. Para retribuir a tamanha graça recebida, na altura vendi o único televisor que tinha em casa e materializei o donativo de ingresso na fé e fui outorgado no dia 23 de dezembro de 1997.

Ganhei um emprego onde trabalhei durante 8 anos. Com o tempo, passei a entender melhor a importância do servir e despertou em mim um sentimento de aprofundar melhor na obra de salvação do próximo.

Em 2007, tomei a decisão de peregrinar ao solo sagrado do Brasil a fim de reafirmar o meu compromisso para dedicar  na Obra Divina.

Assim que regressei, ganhei força e realmente fiz a carta de demissão. Essa decisão preocupou a família e amigos. O meu primo, que é médico, convidou-me para irmos a um psicólogo, porque achava que não era normal deixar um emprego com salário de 1.400 dólares americanos para apenas dedicar na igreja.

Meu chefe de departamento de vendas, conversou comigo por duas vezes e disse-me que nunca viu uma decisão dessas e desconfiado que eu havia desviado mercadorias, mandou fazer um inventário do armazém, onde eu era o gerente.

Como tudo estava completo e ainda existia um saldo positivo, tranquilo, deixei de trabalhar.

Tomei a decisão de servir na Obra Divina e passei a dedicar como missionário, no núcleo de Johrei do Benfica.

Depois de 2 meses, fui solicitar o meu processo de reforma das forças armadas angolanas. O oficial que encontrei preocupou-se com o meu processo e tranquilizou-me, dizendo: “Senhor Ângelo, não se preocupe! Dentro de uma semana, o seu processo será resolvido!”. Isso surpreendeu-me, porque não é normal nestes casos. De facto, em uma semana o processo foi resolvido e comecei a receber um salário maior do que recebia como gerente.

Já no servir, acompanhei e formei vários membros, desde a construção até a inauguração do Johrei center, onde também, nasceram o atual Johrei Center do Chinguar e mais 5 núcleos de Johrei dos quais, dois estão na fase de acabamento para a sua inauguração.

A experiência de fé a seguir está relacionada com as dedicações realizadas no período do estado de emergência devido à pandemia do covid-19.

Nos primeiros 15 dias do estado de emergência, foi um período de bastante reflexão sobre a minha postura, já que dado a gravidade da pandemia, o ministério da saúde orientou sobre as medidas preventivas a seguir.

No culto mensal de março, o Reverendo Claudio Cristiano Leal Pinheiro, havia orientado que para além de seguir as orientações do ministério da saúde, é importante como membro, cada um aprofundar no Johrei, ensinamentos, e na prática da agricultura e alimentação natural em família.

Com relação à família, percebi que como responsável, eu colocava as minhas dedicações em primeiro lugar e me esquecia do meu papel no lar.  Dava o suporte às necessidades, mas não participava nas actividades do lar.  Muitas das vezes, perdia as refeições em família, orações em família, troca de Johrei em família e compras.

Minha esposa estava a purificar com tuberculose há 3 anos. Nesta fase ela dedicava, mas, sem convicção e sendo um pouco descuidada com relação à sua saúde. Chegando ao ponto de viajar até a província à procura de melhorias em hospitais, mas sem solução. Neste período da pandemia, a purificação acelerou bastante chegando ao ponto de tossir sangue. Antes de ser levada para o hospital sanatório de Luanda, materializamos um donativo especial de gratidão pela purificação. A seguir, deu entrada e ficou internada por 12 dias e no final, os resultados dos exames deram negativo.

Um médico confirmou que o sangue expelido não era da doença porque esta já se encontrava ultrapassada e sim uma sequela. Teve alta e continuou com as práticas básicas em casa. Após três dias, teve um sonho com uma tia paterna, que já se encontra no mundo espiritual, dizendo: “Minha sobrinha, eu ando presa em ti a sofrer com a tuberculose!”

Com este sonho, a minha esposa despertou para o pedido de perdão e materializou o donativo do Sorei-Saishi.

Hoje, todos no lar trocamos o Johrei em família, fazemos as refeições juntos e participamos dos cultos em sintonia com a sede-central todos os dias via online. Renovamos a horta caseira, onde estamos a colher sempre produtos para o complemento das nossas refeições. E também comecei a fazer, com rigor, os donativos diários.

Face à situação atual da pandemia e a necessidade de ajudar os fiéis a aprofundar nas práticas básicas orientadas nos cultos online, criei uma programação de atendimento por escala de acordo com o tempo e disponibilidade de cada um. Fiz isso, com o objetivo de despertá-los para a prática do Johrei, estudo dos ensinamentos, participação nos cultos, agricultura natural e sobre a importância da materialização do donativo de gratidão e construção à distância, através de transferência bancária para a conta da Igreja, mesmo com a unidade fechada.

Com essa dinâmica, tivemos os seguintes resultados:

  • Uma missionária, face à necessidade de ficar em casa devido à pandemia, tomou a decisão de ir buscar a sua mãe para melhores cuidados, já que nunca teve esta permissão de estar mais próximo dela após adquirir casa própria. A mesma, colocando em prática as orientações do Presidente sobre a diretriz do momento, neste período da pandemia, os trabalhos da sua empresa passaram a ser realizados em casa. E também, é habitual, anualmente cada funcionário receber um bônus fruto do rendimento da empresa. Porém para este ano, devido à difícil fase financeira atual, a direção decidiu dar apenas 50 por cento do valor habitual porque os rendimentos foram baixos. Para sua surpresa, num universo de 2.700 funcionários, a sua chefe lhe ligou desejando-lhe os parabéns pelo bom empenho laboral dizendo que ela recebeu o dobro do valor normal.

Emocionada, materializou sua gratidão, via banco, mesmo à distância.

  • Uma missionária que estava a purificar com doença, estando preocupada com o que fazer, foi orientada a corrigir o seu Sonen e aprender a entregar todos os seus problemas nas mãos de Meishu-sama. Por não ter a possibilidade de todos os dias ir à unidade, devido a pandemia, que passasse a assistir os cultos via online e aprofundar nas orientações. A mesma assistindo os cultos online diariamente, indagada de ver o reverendo a realizar os cultos, questionou onde era o altar e lhe responderam que era o altar do lar. Naquele instante, nasceu nela o sentimento de também receber o seu altar. Com esta prática, mudou a sua maneira de pensar porque achava que na casa de aluguel não podia se entronizar o altar. Quando foi consultar o seu salário, notou que tinha valores superiores. Espantada, perguntou aos colegas se tiveram um aumento salarial. Estes, por sua vez disseram que não. Admirada com o aumento, fez o donativo de gratidão e começou a fazer o seu donativo para recebimento do altar do lar.
  • Uma missionária começou a assistir os cultos matinais e vesperais online com a sua família e os vizinhos. O filho do vizinho tinha uma ferida crônica e com o recebimento do Johrei e a leitura dos ensinamentos, a ferida cicatrizou. O menino já brinca bem com as outras crianças. A sua mãe, vendo o milagre, tornou-se frequentadora da nossa unidade.
  • Uma missionária, neste período de confinamento, juntou as suas amigas de diferentes religiões em um grupo de conversa no Decidiu partilhar com elas os aprimoramentos dos cultos via online bem como também a leitura dos ensinamentos de Meishu-Sama. Muitas começaram a despertar para materializar o dízimo nas suas igrejas. O namorado da missionária, que não aceitava ir à igreja, tomou a decisão de, assim que abrirem as igrejas, começar a frequentar a igreja messiânica.
  • Uma membro, se encontrava desorientada e fazia as orações sozinha, pois quando convidava os familiares, estes não aceitavam. Depois que foi orientada a fazer as orações online em sintonia com a sede central, surpreendentemente os seus familiares começaram a participar. Desde este período de confinamento, um milagre aconteceu em suas vidas. Eles já estavam há 39 anos sem ter água potável canalizada em seu bairro. Mas, assim que começaram a fazer as orações, uma equipa da Epal começou  a colocar a canalização de água no seu bairro e a casa deles foi a única a se beneficiar da ligação domiciliar, algo que deixou os vizinhos admirados. O soba e o administrador do distrito disseram que escolheram apenas a casa dela por ela ser uma pessoa dedicada à  E o seu filho, que pertence a outra religião, admirado, concluiu que foi fruto das orações que têm sido feitas em casa com a família e comprometeu-se que assim que abrirem as unidades, vai começar a frequentar a igreja messiânica e  gostaria de dedicar na área da locução.
  • Apesar do período de emergência, a gratidão da unidade duplicou. Os membros estão motivados e tem sempre um grupo que semanalmente vai dedicar no solo sagrado de Cacuaco.

 

Aprendizados:

Meishu-Sama ensina que a causa de tudo está dentro de cada um de nós.

Quer ter bons filhos, torna-se primeiramente um bom pai e que na unidade religiosa, a influência do responsável no mundo espiritual da unidade , reflete na expansão.

Agradeço profundamente ao Supremo Deus e ao Messias Meishu-Sama por essa grande permissão de dedicar nesta obra da salvação da humanidade.

Aos meus antepassados, obrigado pelo apoio que tenho recebido do mundo espiritual.

Ao Reverendo, agradeço pelas sábias orientações e aos superiores, a minha eterna gratidão pelo acompanhamento que me têm dado.

Aos maravilhosos membros e frequentadores, os meus sinceros agradecimentos.

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