Anita Lourenço Nhamuche

Chamo-me Anita Lourenço Nhamuche, anitatenho 31 anos de idade, dedico na Sede Central de Moçambique.

Conheci a Igreja Messiânica Mundial de Moçambique em dezembro de 2008, por intermédio da irmã Maria Eugênia, membro.

O principal motivo que me trouxe à esta instituição religiosa foi curiosidade. A irmã Eugênia pacientemente deixava uma flor de luz em minha casa, o que despertou a minha curiosidade, por isso decidi ir pessoalmente à igreja.

Antes de conhecer a igreja, sofria com insónia, não tinha paz de espírito e para piorar a situação enfrentava conflitos conjugais, o que me deixava desesperada, chegando a pensar em suicidar-me. Procurei a Igreja numa quarta-feira, dia de Oração Especial aos Antepassados, ao entrar, logo senti uma felicidade indescritível, parecia que era o que procurava há tanto tempo, senti paz e alegria. Desde aquele dia nunca mais tive insónia e ganhei paz de espírito o que me deixou muito feliz.

A experiência de fé que passo a relatar está relacionada com a prática da Agricultura Natural.

Durante muitos anos, dediquei na unidade religiosa de Malhazine, onde sempre apreciei a horta, mas achei um trabalho muito difícil e jamais pensei conseguir fazer uma horta do género.

Certa vez, visitei e participei da dedicação de plantio de flores no Johrei Center de Malhazine, dentro de mim despertou a vontade e coragem de fazer limpeza profunda e colocar Ikebana no meu local de trabalho, algo que não era fácil para mim porque a limpeza é feita por pessoas de escalão mais baixo em relação ao meu, logo ficaria estranho. Também receei porque o meu local de trabalho nunca teve flores, nem arranjos.

Enfim, fiz muita Prática de Sonen, oração e tomei a iniciativa de fazer limpeza. Algum tempo depois, os meus colegas superiores que eu, entraram na limpeza e juntos dedicamos. Ao longo da dedicação, os chefes iam passando, entusiasmados com a dedicação revelaram que as instalações seriam reabilitadas e que tudo já estava planificado, faltando apenas um pequeno detalhe. O meu gabinete em particular, disseram que devia estar mais bonito porque é a cara da unidade, pois, é onde várias pessoas são atendidas. Graças a Deus e Meishu-Sama, a limpeza tem sido continua.

Ao longo da dedicação, nasceu em mim o desejo de plantar produtos para alimentação, fazer a horta, dentro das instalações, mas não sabia como iria pedir permissão. Aí pensei se eu falar de plantio das flores para ornamentar todos os gabinetes seria mais fácil.

Como já havia começado a colocar flores nos gabinetes mais importantes, pedi permissão a Deus e Meishu-Sama para falar com o chefe máximo da unidade, pedi um espaço para produzir as mesmas flores feitas nos arranjos, pois as trazia de casa e  não era suficiente para todos.

A iniciativa foi aceite e começamos a preparar o espaço. De salientar que era uma mata muito grande e temida, ao que parece,  tinha sido atribuído aquele espaço para desencorajar-me, porque os colegas não imaginavam que eu podia trabalhar numa horta.

Com ajuda de um missionário dedicante na AFRICARTE e outro missionário do Johrei Center Central, conseguimos desbravar a mata e fizemos uma horta modelo que mesmo antes de plantar tornou-se um espaço bastante apreciado onde os colegas aproveitam tirar fotos, que até comentam que serve de pracinha da unidade e que deve-se colocar um monumento.

Tempos depois, começamos a colocar sementes para produzir mudas e logo fizemos o plantio de flores. Com as flores colhidas naquele local, começamos a fazer Ikebanas. Na mesma semana, anunciaram a visita de um superior a nível do país, que era o mais temido de todos, houve uma grande preocupação em colocar tudo bonito e organizado. Eu fiz Ikebanas para todos os sectores com garrafas de vidro forradas com papel de presente.

Com a visita chefe, as Ikebanas chamaram atenção ao ponto de ele levantar-se para apreciar. Entretanto, alguns colegas que aparentemente não haviam gostado, mandaram remover todas as Ikebanas e deita-las, alegando que o chefe não havia gostado da iniciativa. Cumpri com a orientação e agradeci pelo sucedido, dentro de mim disse:

– Meishu-Sama, e agora? O que quer ensinar-me com esta situação?! Bem, o senhor é quem sabe.

Tratei de desligar-me do assunto e meti na cabeça que, pelo menos a intenção tinha sido boa.

Houve uma reunião, mas não pude participar porque senti-me mal disposta com a situação anterior. Alguns dias depois, o meu chefe de secção, disse-me que tínhamos contas por acertar. Eu tentei adiar, sem saber qual era o assunto, mas ele insistia. Junto com o colega com quem dedico na horta, nos advertiu:

– Só não vamos te punir porque o chefe não repisou nesse assunto e também porque não mandou escrever, mas não faça mais nada de ornamentação, porque nem todos entendem a tua boa vontade. Se fizeres, eu pessoalmente vou te punir.

No dia seguinte, o meu superior mandou-me chamar para agradecer pela encomenda que os soldados mandaram para ele: couve, alface, coentro e chá tirados da horta da unidade. Ele elogiou bastante admitiu que tinha visitado a horta, apreciou bastante e perguntou como tenho cuidado de tudo aquilo sozinha. Ordenou que outros dois soldados me ajudassem, algo que ele já havia dito há algum tempo, mas que o chefe de pessoal não havia repassado.

Incentivou-me a não desistir dos arranjos de flores e mandou-me falar com o financeiro para adquirir vasos para todos os gabinetes.

Aconselhou-me a procurar outras variedades de flores e insistiu em ampliar o espaço da horta, graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama. Disse que o general só não aprovou a ideia das garrafas porque dava impressão de que escondíamos bebidas nos gabinetes.

Duas semanas depois, voltou a visitar até que recebemos a graça de, pela primeira vez em toda história, comemorar o dia da instituição na unidade onde trabalho, graças a Deus e Meishu-Sama.

Com esta experiência de fé, aprendi que, em tudo precisamos colocar o Supremo Deus e o Messias Meishu-Sama e que através da Agricultura Natural podemos melhorar o ambiente do local de trabalho.

O meu compromisso é peregrinar aos Solos Sagrados do Japão ainda este ano e aprofundar nas práticas básicas da fé, ajudar uma unidade religiosa no Magoanine.

Já me cadastrei, encaminhei pelo menos 50 pessoas, tenho feito a marcha com a Rede da Salvação do Núcleo de Johrei de Boquisso, bairro onde moro.

Aos ministros, missionários, membros e frequentadores o meu muito obrigado!

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