Antónia Fernandes Cabrita de Almeida

Chamo-me Antónia Fernandes Cabrita de Almeida, tenho 61 anos de idade, resido no Bairro Benfica, sou membro e dedico como encarregada da Administração do Johrei Center do Cabolombo.

Conheci a Igreja Messiânica Mundial por intermédio da minha irmã que já se encontra no Mundo Espiritual e a quem tenho muita gratidão.

Os motivos que me levaram a conhecer a igreja foram conflitos conjugais e curiosidade.

Foi a Unidade do Maculusso quem a 1ª vez me recebeu, isso em 1998. Naquela altura era difícil arranjar-se livros de ensinamentos sobre Meishu-Sama. A pessoa que muito me auxiliou nesse sentido foi o Ministro Bambi, na altura irmão Bambi. Com muita paciência emprestava-me livros para ler na Unidade e retomar a leitura no dia seguinte, pois permaneciam com ele porque havia poucos. Quando entrei, não acreditei que pudesse permanecer na igreja.

Vou contar algo que mudou profundamente esse quadro e que me deixou na altura, bastante revoltada.

Um dia ao chegar na Unidade do Maculusso (hoje Johrei Center), deparei-me com um quadro muito triste: uma menina de 4 anos de idade deitada numa cama, (na unidade) a convulsionar. Naquela altura as pessoas eram assistidas assim. A criança tinha uma colher envolvida em gaze para não morder a língua. Os olhos estavam vidrados, corpo amarelado quase sem vida. Olhei e vi 6 pessoas com as mãos levantadas e perguntei se não seria o caso de levarem a menina ao hospital dado a gravidade da situação, ao que responderam que os próprios médicos tinham dito que já não podiam fazer nada e que o assunto estava entregue à Meishu-Sama.

Fiquei apavorada, pois para mim, na minha pequena compreensão aquilo não tinha lógica. Fui para casa desanimada, sem chão. Dizia a mim mesma: “Como pode? Onde vim me meter…” e chorei de tristeza. No dia seguinte, com o coração apertado, liguei para alguém a perguntar se a menina tinha partido para o Mundo Espiritual. Esta foi a resposta:

Qual quê…? A criança de madrugada melhorou para o espanto de todos. Dormimos de vigília…, tivemos que ir a busca de comida em casa da irmã que mora em frente.

Hoje essa menina tem cerca de 24 anos. Chama-se Jacira e é filha da Ministra Graça. Cada vez que a vejo sinto uma enorme emoção.

Com o despertar desse milagre decidi tornar-me membro. Assim, no ano de 2000 fui outorgada para melhor servir a Obra Divina.

A experiência que passo a relatar, está relacionada com a ida ao Solo Sagrado de Guarapiranga.

Em Julho do corrente ano, fui incentivada a peregrinar ao Solo Sagrado de Guarapiranga. Financeiramente ainda não tinha condições para tal.

Por insistência de alguns familiares, resolvi tratar documentos que me davam acesso ao direito de receber parte da herança deixada por meu pai (venda de um terreno em Portugal), falecido há 27 anos. Na altura feitos os cálculos não era quase nada. O que eu não sabia é que esse valor era exactamente o total para peregrinar ao Solo Sagrado de Guarapiranga, para o Culto Anual aos nossos Antepassados. Assim, como já tinha tudo acertado com a advogada em Portugal, consegui que o dinheiro chegasse com a devida brevidade. Logo comecei a preparar a viagem; sempre com o sentimento de peregrinar junto com os meus Ancestrais e Antepassados. De salientar que já não ia há 18 anos.

Daqui levei a dedicação específica: responsabilidade dos meios financeiros da caravana que era de 33 pessoas; lá foram acrescentadas mais 6 pessoas, sendo que 5 de São Tomé e Príncipe e 1 da África do Sul, num total de 39 pessoas. Havia alguma pressão nesse sentido (troca cambial, pagamento de faturas, acertos, etc.), mas tudo correu da melhor forma possível.

À nossa chegada, fomos recebidos com muita emoção e principalmente calor humano. Digo sinceramente que saí daqui um pouco apreensiva devido à purificação que temos estado a passar.

Cada pessoa que me abraçasse sentia o amor de Meishu-Sama. Durante a nossa estadia, dedicamos bastante na Agricultura Natural e paisagismo, áreas a que tenho muita afinidade. Ía conversando muito, fazendo perguntas daqui e dali para obter conhecimentos em relação à melhoria no comportamento das plantas, devido à diferença dos climas dos dois países.

Já no hotel, vivi uma experiência com a membro que estava comigo no mesmo quarto; a Senhora durante a noite começou com uma tosse estranha; nem eu e nem ela conseguíamos dormir. De vez em quando engasgava-se aflita. As 3 horas e 30 minutos naquele cansaço de todos os dias acordarmos cedo, dei volta a cama e ministrei-lhe Johrei. Sei que foram 15 minutos. A tosse parou dando origem a um sono tranquilo. No dia seguinte estava tudo bem. Voltei para Luanda muito feliz e bastante consciente do que farei daqui para frente.

Com tudo isso, aprendi que a elevação da fé começa pela peregrinação ao Solo Sagrado e que é importante, pois de lá trazemos bastante energia para o cumprimento da nossa missão.

Comprometo-me a aprofundar no sofrimento de outras pessoas.Tenho Altar do Lar, horta caseira, faço donativo diário, dízimo e donativo de construção, peregrino aos locais de maior luz da nossa Igreja.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus antepassados, por me terem mostrado este maravilhoso caminho da salvação. Aos ministros, responsáveis, membros, frequentadores e a todos que comigo partilharam a minha experiência de fé o meu muito obrigada!

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