Bernarda Kassongo – JC Canata – Benguela/Angola

Chamo-me Bernarda Kassongo, sou membro e resido no bairro da Canata.

Conheci a Igreja em 2006, por intermédio da minha irmã que é membro dedicante da Igreja, por quem tenho muita gratidão.

Os motivos que me levaram a conhecer a igreja estão relacionados com as três grandes calamidades que assolam a humanidade: doença, pobreza, conflito e insónias.

Com relação à doença, padeci de dores constantes no corpo, maus sonhos e insónia. Para solucionar, percorri por vários tratamentos médicos, tradicionais e religiosos, mas, sem resultados satisfatórios. Acrescido ao facto de vivenciar pobreza extrema, ao ponto de não ter o que dar de comer aos filhos e conflitos incessantes com minha sogra, que vivíamos sob mesmo teto. Nós passávamos todos dias a discutir. Ela acusava-me de ser feiticeira e eu também lhe acusava do mesmo! Depois, passou a incentivar seu filho a me abandonar, o que chegou a acontecer! Ele arranjou outra esposa e minha sogra frequentava a casa dela, de forma a me irritar.

Como consequência, passei a ter insónia porque todas vezes que tentasse pregar o olho, tinha pesadelos e preferia passar as noites em claro. Foi neste quadro de bastante sofrimento, que minha irmã, compadecida como meu quadro de saúde, convidou-me a frequentar a igreja e relatou-me os milagres que nela ocorrem! Não tive outra escolha a não aceitar! Fui recebida pelo plantonista que após ouvir-me atentamente orientou as práticas básicas da fé messiânica.

No cumprimento das orientações, após uma semana, comecei a experimentar mudanças significativas tais como: o meu corpo parou de doer, os conflitos amenizaram e a minha sogra deixou de me atormentar constantemente! Em função disto, passei a dormir tranquilamente. Quanto à pobreza, as condições foram melhorando minimamente. Meu marido passou a dar dinheiro para as despesas, visto que antes não se importava e alegava sempre não ter dinheiro, mesmo sendo professor. Desde então, já não passávamos fome!

Diante de tantas graças, a ingratidão e a presunção tomaram conta de mim! Passei a ver que para ir na unidade religiosa era distante e comecei a lamuriar. Algumas vezes, preferia ficar em casa a ter que percorrer longas distâncias. Não materializava os donativos corretamente. Quando menos esperei, o conflito em casa com minha sogra intensificou de tal forma que chegamos à agressão física. Preocupada, retornei à igreja, onde fui orientada na altura a fazer um donativo de pedido de perdão e reafirmar meu compromisso, dar assistência religiosa a alguns fiéis e realizar o acompanhamento, principalmente aos que nos visitavam pela 1ªvez. Coloquei a orientação em prática e depois de duas semanas, os resultados não se fizeram esperar. Certo dia, minha sogra comunicou que passaria a morar em outra província e nos deixaria. Após sua partida, os conflitos cessaram e a nossa relação se tornou amigável. Tanto com ela como com meu marido, passou a reinar a paz! Como gratidão, tornei-me membro para melhor cumprir minha missão.

A experiência de Fé que passo a relatar para os senhores, está relacionada com a dedicação de limpeza nos locais de maior concentração de lixo.

Depois do meu esposo ter partido para o mundo espiritual, isto em 2010, meu cunhado queria reaver o valor de subsídio de viúva e da pensão das crianças a seu favor. Isso originou um conflito entre nós, chegando ao ponto de pararmos nas instâncias judiciais, onde ganhei a causa. Por esse motivo, aos poucos foi se afastando de seus sobrinhos e desde o ano de 2017, movido pelo ódio de não alcançar seus objetivos (que era de ficar com os bens do irmão), parou de frequentar nossa casa e nunca mais quis saber de nós e nem sequer ouvíamos falar dele. Tanto que, 3 das minhas filhas foram engravidadas e os jovens vieram apresentar-se, mandei-lhe vários recados e nunca veio nem conhecia seus netos. Passei a desenvolver mais raiva ainda e a detestá-lo. Lamuriava e me perguntava porque a família do meu marido abandonou as crianças mesmo eu dedicando na igreja? Sem resposta, passei a pensar em processá-lo outra vez.

Recentemente, após 3 meses de confinamento em casa, como medida de prevenção da Covid-19, fomos comunicados que se realizaria uma grande campanha de limpeza na escola Agostinho Neto, Sita no bairro do Liro, município do Lobito. Ao chegarmos no local, deparamo-nos com uma quantidade assustadora de lixo.

Ficamos ainda a saber que devido às inundações que sofrer anos anteriores, a escola estava paralisada e os marginais aproveitavam do local sujo e desolador no período noturno para práticas indecorosas tais como: consumo de bebidas alcoólicas, uso de estupefacientes, violações, prostituição, etc. Sem contar que servia também de uma fonte de doença (paludismo) devido às larvas de mosquitos que aí se criavam. Ao ouvir essas palavras, me empenhei ao máximo na limpeza, não tendo receio do lixo ou das águas paradas. No final da limpeza, o responsável nas suas palavras de agradecimento, disse que após participar desta dedicação vamos receber duas graças: purificação e bênção!  Por tudo devemos agradecer, pois ambas as coisas são presentes de Deus!

De regresso à casa, fui pega de surpresa com a visita do meu cunhado ao qual me referi anteriormente! Com um semblante alegre, dirigiu-se a mim respeitosamente, explicou a razão de sua ausência e pediu perdão pelo afastamento e por ter ficado tanto tempo sem dar notícias. Ao explicar-lhe o que tinha me levado a sair de casa pela manhã e ter mencionado o nome da Escola denominada Agostinho Neto, foi então que o mesmo transbordou de felicidade! Me informou que coincidentemente, ele é diretor da mesma escola.

Durante muitos anos, até a data das inundações, foram obrigados a se alojar em outro lugar. Ele agradeceu e parabenizo o gesto dos messiânicos! Prometeu comunicar à repartição municipal da Educação. No final de nossa conversa, deu-me força para continuarmos com as ações filantrópicas que temos desenvolvido junto da comunidade e deixou um valor para os sobrinhos, prometendo que a partir daquela data, passaria a visitar-nos com mais frequência.

Eu senti-me muito agradecida porque a vinda dele em nossa casa provou que toda mágoa e rancor que um acumulava pelo outro, finalmente foi ultrapassado com esta dedicação.

O meu compromisso é de continuar a dedicar e a servir à humanidade com zelo e amor.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus antepassados por ter conhecido este caminho da salvação! Ao reverendo, ministros, responsáveis e a todos que me ouviram atentamente o meu relato de fé, o meu muito obrigada!

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