CARLOS PAULO – NJ BOAVISTA – C.A CACUACO – LUANDA/ANGOLA_POR

Chamo-me Carlos Paulo, sou membro e dedico como vice-responsável de unidade.

Conheci a Igreja Messiânica no dia 7 de Fevereiro de 2007, por intermédio de um missionário, na província da Lunda Norte.

Os motivos que me levaram a conhecer a igreja foram doenças do meu irmão menor, conflitos familiares e conjugais.

Na altura, o meu irmão sofria com febres altas, dores de cabeça e em todo corpo, perda da fala e não tinha apetite. Na província da Lunda-Norte, onde morava, os membros da igreja realizavam a marcha de distribuição de flores no bairro mas, sempre que entravam em minha casa e ofereciam flores à minha família, eu jogava fora e se estivesse presente, ninguém recebia e eu ainda afugentava os irmãos dizendo que não queria igrejas misteriosas!

Certo dia, recebi um telefonema dos meus familiares, a comunicar que o meu irmão em Luanda, teve uma recaída. Já em Luanda, encontrei-o muito doente conforme descrito atrás. Ele nem reconhecia as pessoas à sua volta e andava sem sentido.

Á procura de saúde, frequentamos hospitais e casas de quimbandas,  sem obter solução satisfatória. Como já tinha tido contacto com as flores da Igreja Messiânica, então pensei: “Como nos hospitais não encontramos solução e nos quimbandas dizem que a causa da doença está nos antepassados, a única solução é a igreja onde cultuam os antepassados, que é a messiânica. Por isso, acho melhor ir até lá!”. Assim procedi e foi de grande ajuda recordar do irmão missionário que levava as flores de luz para a minha casa. Falei com ele e este prontamente encaminhou-nos ao Johrei Center do Sambizanga.

Na Igreja, fomos recebidos pelo plantonista que orientou-nos as práticas básicas da Fé Messiânica.

 Cumpri com as orientações com muitas dificuldades, pois tinha muitas dúvidas sobre a igreja. Notei que a sua doutrina e as orações eram bastante diferentes em relação às outras religiões. Porém, mesmo assim, tinha sempre paciência em levar o meu irmão à igreja para receber Johrei. Depois de uma semana de recebimento de Johrei, o mesmo começou a falar e a andar normalmente! Graças a Deus, ele ficou recuperado e assim eu tornei-me membro para servir na Obra Divina.

Por conseguinte, em 2013, desisti da igreja sem entender o motivo. No início tudo corria bem mas, depois de certo tempo, caí na ingratidão.  comecei a consumir bastante álcool, em casa surgiram os conflitos com a esposa e os filhos. Brigávamos constantemente, chegando ao ponto de o meu primeiro filho abandonar a casa e passar a viver na rua com os amigos.

Numa altura em que o sofrimento só piorava, em Agosto do ano passado tive a permissão de receber a visita dos fiéis do Núcleo de Johrei em minha casa, por várias vezes, mas, ainda assim, não aceitava voltar a dedicar. A responsável, vendo o sofrimento infernal que eu estava a viver, insistiu e participou arduamente nas marchas para a minha casa que culminou com meu re-ingresso na fé em Novembro de 2019.

A experiência de fé que passo a relatar aos senhores, está relacionada com as práticas básicas da fé e a materialização correcta dos donativos, durante este período da pandemia.

    Depois de 4 anos fora da igreja, finalmente ganhei a permissão de re-ingressar no ano passado. Deste modo, passei a dedicar e empenhar-me nas dedicações da nave, peregrinações à Sede Central de África e ao futuro Solo Sagrado de África no Cacuaco. Em Junho do ano em curso, o responsável da nossa área fez uma entrevista comigo na qual ouviu os meus problemas e depois orientou-me a materializar correctamente o dízimo, donativo de construção e fazer um donativo especial para pedir perdão aos antepassados pelo tempo ausente da Igreja. Juntos, fomos ao altar, para reassumir o meu compromisso e materializei um donativo de gratidão. O engraçado é que mesmo a sofrer tanto, eu ignorei a orientação e sempre que participava de uma dedicação não conseguia fazer qualquer donativo.

No mês de Julho, sonhei com os meus antepassados a mostrar-me as falhas que estava a cometer e fizeram-me ver que fazia os meus donativos de uma forma incorrecta por isso o dinheiro não chegava para eles e consequentemente eu também estava a sofrer. Mostraram-me o sofrimento que eles estavam a passar no mundo espiritual e advertiram-me que se continuasse daquela forma, eles teriam de me levar de volta ao mundo espiritual pois aqui eu não estava a ser útil à salvação.

Preocupado, comuniquei o sucedido ao responsável que por sua vez reforçou a orientação anterior que desta vez não mais negligenciei e cumpri prontamente.

No mês de Agosto do ano em curso, o missionário, acompanhado de um grupo de membros, dirigiram-se à minha casa, onde juntos fizeram uma limpeza profunda, a aula da vivência da flor e a horta  com a família. No final, o missionário convidou a minha família e os membros a fazer a limpeza nos arredores da casa e no bairro. Confesso que senti certa vergonha em fazer tal dedicação pois, eu não oferecia flores para ninguém no bairro. Mas, ganhei coragem e pedindo perdão aos antepassados, limpei junto com todos e ainda distribuímos flores, filosofias da salvação, poemas de Meishu-Sama e ministramos Johrei. Depois de uma semana, tivemos os seguintes  resultados:

Os conflitos com a minha esposa e filhos amenizaram e surpreendentemente, o meu filho que estava ausente, voltou para casa depois de 2 anos! Reina a paz e a harmonia no meu lar.

Durante 4 anos, eu e a minha esposa não compartilhávamos a mesma cama, eu já não fazia refeição em casa, vivíamos como se fosse cada um por si e Deus para todos. Mas, depois de ter materializado o donativo especial e passar a fazer os dízimos e donativo de construção correctamente, a minha esposa pediu-me perdão pelos transtornos causados no lar, nos harmonizámos e passamos a compartilhar a mesma cama. Também, ela passou a preparar-me a merenda para levar no serviço.  Ela e os filhos que já não recebiam Johrei, passaram a fazê-lo , coisa que não acontecia há 4 anos .

Com a ajuda do missionário, venci o apego pelo dinheiro e passei a fazer os meus donativos correctamente!

Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama, conseguimos construir uma cantina no quintal, que nos tem ajudado na nossa alimentação diária!

Materializei um donativo especial de gratidão ao Supremo Deus e Meishu-Sama e aos meus antepassados.

Cumprir de forma obediente as orientações nos aproxima dos resultados positivos. Percebo agora que o Johrei é a medicina do futuro.

O meu compromisso é continuar a participar na obra divina e na construção do paraíso terrestre que começa em nossas casas!

Para todos que partilharam a minha experiência de fé, os meus sinceros agradecimentos!

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