Catarina dos Santos Guimbo – CA Cazenga – Luanda – Angola

Chamo-me Catarina dos Santos Guimbo, tenho 43 anos. Sou missionária, dedico como encarregada do grupo lua na unidade acima mencionada.

Conheci a Igreja Messiânica Mundial de Angola aos 19 de Dezembro de 2007, por intermédio de uma missionária de nossa igreja.

Os motivos que estiveram na base do meu encaminhamento foram: doença, pobreza e conflito familiar.

Quanto à doença, sofri de infecção pulmonar durante 3 anos. Para solucionar este problema, frequentei vários hospitais e quimbandas, tendo gasto somas em dinheiro, mas, não obtive resultados satisfatórios.

Neste período de sofrimento, comecei a frequentar uma igreja espírita onde fiquei internada durante três meses. Fui submetida a vários rituais e acabei por receber alta nas mesmas condições de saúde. Dois meses depois, meu marido partiu para o Mundo Espiritual. Meu estado de saúde agravou ainda mais, passei a vomitar sangue, sentia bichos a andar dentro do meu corpo, sofrer de insónias, maridos noturnos. Em casa haviam tormentos espirituais, sentíamos como se alguém estivesse a arrancar as chapas do teto. Batiam-me no rosto, mas, não enxergava ninguém.

Quanto à pobreza, surgiu após a morte de meu esposo. Não tínhamos com o que nos alimentar, visto que nenhum de nós trabalhava.

Certo dia, tive um sonho com a minha mãe que já se encontrava no Mundo Espiritual. Ela apareceu e levou-me a uma Igreja. No quintal encontramos uma banheira com água para lavar as mãos, na nave vimos no altar um arranjo de flores naturais e havia muita luz! Com a revelação recebida, decidi procurar a Igreja. Acabei por frequentar duas igrejas que não eram a que tinha visto no sonho.

A revelação se repetiu por várias vezes e ela dizia-me: “Não era a igreja que te indiquei!”. Revoltada com a situação, decidi não procurar mais nenhuma igreja. O espírito do falecido marido veio e disse-me: “Deixe de lamuriar, vais encontrar a igreja!” Um dia, ao regressar do hospital para casa, fui interpelada por uma missionária que me ofereceu uma flor e pediu que entrasse para fazer oração. Neguei no momento, mas, quando me lembrei dos sonhos que tive por várias vezes, aceitei o convite. Entrei e fomos orar diante do Altar. Fui entrevistada pelo plantonista, que após ter me ouvido atentamente, orientou o seguinte:

  • Receber 10 Johrei por dia;

  • Manter a flor de luz em casa;

  • Dedicar na nave e no banheiro;

  • Praticar o donativo diário;

  • Peregrinar aos locais de maior luz e

  • Assistir os cultos.

Diante desta orientação, incorporou um espírito a dizer-me: ” Estás no lugar certo!” O responsável organizou uma equipa de membros que foram fazer limpeza em minha casa no mesmo dia. Depois da limpeza, à noite, dormi profundamente e os males que me assolavam foram ultrapassados. Dia seguinte, ganhei força de voltar a dedicar e consequentemente frequentar sem parar. Quatro dias depois, purifiquei com dor de cabeça e muito frio em todo o corpo, durante cinco dias. Continuei a praticar as orientações que recebi com muita gratidão sem vacilar e dois meses depois, ganhei saúde. Surgiu um conflito com a família do ex-marido, que queria receber e vender a casa onde vivemos. Recorri ao responsável da unidade religiosa, oramos diante do altar com donativo e entregamos os problemas nas mãos do Supremo Deus e do Messias Meishu Sama. Tudo foi ultrapassado até a data presente.

Para manifestar a minha gratidão, materializei um donativo especial de ingresso na fé e de outorga, acto que se concretizou em 2008.

A experiência de fé que passo a partilhar com os senhores está relacionada com o cumprimento da orientação de no período do estado de emergência, cada missionário aprofundar na sua tarefa com a família ministrar Johrei, ler os ensinamentos de Meishu-Sama e participar das orações em sintonia com a Sede Central da África.

Com o surgimento do Estado de Emergência, no cumprimento da quarentena domiciliária obrigatória, recebi a orientação com gratidão. Na medida que fui dedicando na higienização na área da liturgia, na qualidade de auxiliar, de regresso à casa, encontrei no meu quintal muitas pessoas, entre crianças, jovens e adultos que aguardavam para receberem Johrei. As pessoas que não aceitavam receber, apareceram alegando que era por causa do covid-19. Em princípio, fugia deles temendo o contágio.

Após lembrar-me do que está escrito nos Ensinamentos de Meishu-Sama no livro os novos tempos: “De modo geral, os messiânicos podem representar o papel de espectadores nas cenas de guerra. Mas, nas cenas de enfermidades, eles deverão ter activo empenho. Servir à humanidade é mais digno do que representar papéis de violência ou de destruição”.

Com este esforço empreendido, obtive os seguintes milagres:

Uma criança de aproximadamente sete anos de idade, após ter recebido Johrei em minha casa, pediu que eu passasse também a ministrar Johrei na sua mãe em casa. Isso porque tem havido um demónio que senta num canto da sala e costuma lhe amedrontar toda noite e quase que não dormem. Esta família passou a receber assistência em minha casa na companhia de mais pessoas. Depois de uma semana de recebimento de Johrei, a senhora teve fortes dores de cabeça. Ela tentou desistir alegando que o Johrei é um acto muito misterioso, mas, a menina foi incentivando a mãe para não abandonar o Johrei. Graças à convicção da menina, esta família está vivendo um momento de felicidade. A dor de cabeça e o demónio desapareceram e começarão a frequentar a igreja quando as unidades abrirem.

Ganhei a permissão de cuidar de um frequentador que tinha problemas no serviço. Recebeu 15 dias de repouso com a finalidade de ser despedido. Quando veio ter comigo, após ouvi-lo atentamente notei que não existia erro nenhum por sua parte. Perguntei se confiava em Deus. Ele respondeu que confia em Deus, mas não professa nenhuma igreja. Expliquei-lhe que era uma manifestação dos seus Antepassados que estão a pedir salvação. Fomos ao altar orar com um donativo para entregar tudo a Deus. Uma semana depois, com recebimento de Johrei e leitura dos Ensinamentos de Meishu-Sama, lhe encaminhei ao responsável da unidade religiosa que orientou a não ter mágoa do chefe e que precisava agradecer pelo que está a ocorrer e refletir que nós no passado também já criamos os mesmos sofrimentos para outras pessoas. No cumprimento desta orientação, um dos chefes ligou para o senhor para prestar um trabalho na empresa e desde aquele dia o mesmo foi reenquadrado e está a trabalhar até a data actual.

O meu filho, de 12 anos, há 6 meses não me obedecia. Tinha se tornado menino da rua, saía de casa e só voltava quando todos estivessem a dormir, só entrava à meia-noite. Fui pedindo a Deus e a Meishu Sama, para salvar os antepassados que estavam se manifestar naquele nível de conduta, para ganharem consciência e não continuarem a perambular. Graças a Deus, nesta quarentena, recebeu uma purificação de inflamação na perna (doença denominada de tala) que lhe permitiu ficar em casa e receber muito Johrei até melhorar. Recebeu também a graça de um emprego e está a ajudar em casa. Agora, conversa e traça planos comigo. Agradeci com um donativo pelas purificações que ele passou e da proteção que mereceu de voltar para casa.

O terceiro filho, que é membro da nossa igreja, mas, não ministra Johrei. Depois de ver a sua irmã grávida, deixou de falar com ela durante 9 meses. Após o parto, não aceitava pegar o bebé. Mas, dentro da quarentena, quando intensifiquei as minhas dedicações, ele voltou a falar com sua irmã e passou a brincar com o bebé. Espantada com esta ocorrência, fui ao meu altar agradecer com um donativo pelas graças recebidas.

Com estas experiências, aprendi que ao receber a orientação com gratidão, na prática recebemos luz e as graças transbordam.

O meu compromisso é de continuar a debruçar-me no sofrimento de outras pessoas e encaminhá-las à igreja messiânica, participando na formação das cem mil famílias convictas.

Sou cadastrada, pratico o dízimo, donativos de construção, diários, tenho horta caseira, encaminhei mais de cem pessoas à igreja, das quais nove são membros. Cuido de duas casas de frequentadores com sete pessoas e um deles é candidato à próxima outorga.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos Antepassados por me garantirem a vida que tenho.

Ao reverendo, ministros, membros e frequentadores que directa ou indirectamente têm contribuído para o meu crescimento espiritual, os meus sinceros agradecimentos.

Muito obrigada!

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