Como Acabar Com os Crimes – 1ª Parte

Dentre os crimes cometidos ultimamente, os mais graves são os praticados por indivíduos que, para roubar uma pequena soma em dinheiro, não hesitam em tirar a vida de seu semelhante. Para eles, isso é mais simples do que matar um cão. Quando vejo esse tipo de pessoa, co pasmo diante de tamanha ousadia, incompreensível pelo senso comum. Podemos afirmar que vivemos em um mundo realmente pavoroso. Tais indivíduos não pensam, em absoluto, no sofrimento da vítima, nem na dor de seus familiares. Certamente, deveriam pressentir que, se fossem presos, seriam condenados à pena de morte ou que, mesmo com muita sorte, não escapariam da prisão perpétua. Seja como for, estariam jogando na lama toda a preciosa vida que têm pela frente, sem poder reintegrar-se à sociedade. Tal pensamento deveria ocorrer, mas parece que não é isso que se vê. Realmente, trata-se de uma psicologia difícil de entender. Os actos dessas criaturas estão à mercê de seus instintos e não passam de satisfações momentâneas; seu objetivo não é senão gozar a vida por um curto espaço de tempo. Uma vez que terão de pagar um preço dezenas ou centenas de vezes mais alto, não posso crer que aquilo que praticam seja algo humano.

Com base no que acabamos de dizer, talvez se pense que não haja uma explicação racional para os crimes, mas, na realidade, ela existe. Do ponto de vista espiritual, podemos compreendê-los muito bem. Conforme está nos Ensinamentos de nossa Igreja, o ser humano possui três espíritos protetores: o espírito protetor primordial, atribuído por Deus; o espírito protetor guardião, escolhido entre os ancestrais, e o espírito protetor secundário, que dá origem aos desejos físico-materiais. Naturalmente, o espírito protetor primordial é a fonte da consciência; o espírito protetor guardião estimula a pessoa a praticar o bem e, quando o espírito protetor secundário se apossa da pessoa, é o espírito de animal que passa a dominá-la. Por esse motivo, embora mantenha a aparência humana, a pessoa torna-se tal qual um animal. Nestas circunstâncias, não tendo como lhe ocorrer o sentimento de pena ou compaixão, ela passa a manifestar plenamente sua crueldade. […]

Jornal Eiko nº 114, 25 de julho de 1951,

Alicerce do Paraíso Vol. 5 pág. 136

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