Eduarda Helena Mateonane Andate

Chamo-me Eduarda Helena Mateonane Andate, Untitledsou membro da igreja e dedico no Johrei Center do Jardim como Assistente do Grupo Lua.

Conheci a Igreja Messiânica Mundial de Moçambique, em Julho de 2007, por intermédio da minha irmã Angelina Soares Mateonane, membro da igreja.

Os motivos que me levaram a conhecer a igreja foram falta de paz espiritual, doença e falta de um relacionamento saudável.

Em Janeiro de 2012 comecei a purificar com inchaço na perna esquerda. Fui ao hospital, onde feitas as análises, diagnosticaram cancro de pele e os médicos disseram que teria de fazer quimioterapia. Saí do hospital transtornada, pois já tinha a informação de que quimioterapia seria um tratamento muito forte e que talvez não fosse aguentar. A princípio, não queria fazer o tratamento, por isso, resolvi pedir orientação a Ministra, que disse que eu devia aceitar a purificação, encaminhá-la às mãos de Deus e Meishu-Sama.

Decidi fazer o tratamento e comecei com a primeira sessão, mas ao contrário do que esperava, não senti dores, apenas vertigens e por vezes perdia a audição por algum tempo, o que não acontecia com os outros pacientes, pois reclamavam muitas dores e sentiam-se deprimidos. Depois da quarta sessão, comecei a ter queda de cabelo, por isso resolvi cortá-lo. Encarei toda esta situação com a leitura constante da Práctica do Sonen, após a qual, sentiam-me melhor.

Chegou um tempo em que entrava em pânico e chorava muito, pois não tinha assistência religiosa e por isso, sentia-me abandonada à própria sorte. Apenas recebia Johrei com a minha filha e mantinha a leitura da Práctica do Sonen.

Sempre que fosse ao hospital fazer o tratamento, eu sentia-me fraca e ia para casa, pois não tinha forças de ir ao Johrei Center. Lembro-me claramente de um episódio que aconteceu no dia 2 de Setembro de 2016, em que houve uma greve de transportes públicos, justamente no dia da minha sessão de quimioterapia. Ao sair do hospital, percebi que não havia nenhum transporte a circular. Liguei ao meu marido, mas ele não atendeu o telefone, o que deixou-me ainda mais preocupada. Face àquela situação, vi que não havia outra alternativa a não ser caminhar até a casa. Peguei na Práctica do Sonen que tinha na bolsa e encaminhei toda aquela situação às mãos do Messias Meishu-Sama e iniciei a caminhada. À princípio, eu não acreditava que fosse resistir, mas com a graça do Messias, quando me apercebi, já estava a chegar ao Johrei Center, que situa-se perto da minha casa. Para terem ideia da distância, foram cerca de três horas de caminhada. Para agradecer, fui ao Johrei Center e fiz uma oração no Altar com donativo de gratidão pela protecção e força. Desde então, depois do hospital, sentia-me forte o suficiente para passar pelo Johrei Center para dedicar na limpeza do banheiro e da nave.

Por outro lado, sentia muita vergonha de contar aos meus familiares, amigos e conhecidos sobre a situação pela qual estava a passar, pois achava que eles me iriam descriminar. Por isso, sempre que encontrasse alguém que me perguntasse sobre o meu estado de saúde,  respondia que estava bem.

Certo dia, uma colega de serviço ao perceber que estava a perder muito peso, perguntou-me sobre o meu estado de saúde. Espontaneamente, resolvi conta-la que estava doente e que estava a fazer a quimioterapia. Em resposta, ela disse-me que tinha uma prima que estava a fazer o mesmo tratamento e que estava muito melhor, passando o endereço dela. Procurei pela prima, que disse-me, em conversa, que estava a fazer um tratamento tradicional e que sentia-se muito bem, aconselhando-me que fizesse o mesmo. Ao ouvir tais palavras, fiquei indecisa e disse-lhe que iria pensar no assunto. De qualquer forma, programou a ida para o sábado da semana seguinte, mas antes, procurei pela Ministra e falei-lhe do assunto e ela orientou que não o fizesse, pois só iria gastar o meu tempo e dinheiro, mas insisti, dizendo que queria tentar, pois acreditava que poderia obter a cura através desse tratamento.

Mais uma vez, a Ministra disse-me: “O homem depende do seu pensamento”.No dia programado, viajei e chegando lá, deram-me raízes para tomar e para o banho e disse que em três meses estaria curada.

Voltei para casa e assim o fiz, mas a perna continuava inchada. Por isso, desisti dos remédios tradicionais e resolvi auto ministrar-me Johrei, fazer a prática do Sonen e intensifiquei a minha dedicação. Dois meses depois da ida ao curandeiro, a senhora que me havia levado repurificou e partiu para o Mundo Espiritual. Ao tomar conhecimento, a ficha caiu e ganhei a convicção de que a dedicação é que era o caminho certo.

Quando não estivesse ocupada, fazia a leitura dos ensinamentos de Meishu-Sama, através dos quais nasceu em mim a profunda gratidão pela minha purificação e entendi todos os episódios que passei sobre a falta de assistência, a longa caminhada e a ida ao curandeiro só piorou a minha saúde como sinal de que eu mesma é que me devia esforçar em tornar-me útil à Obra Divina, mesmo purificando. Entendi também que na minha família, eu é que fui escolhida para limpar a mácula da linhagem familiar, daí nasceu em mim muita gratidão.

Já na véspera de tomar a décima sessão, tive um sonho em que alguém me dizia que devia parar de fazer o tratamento e passar a dedicar na Sede Central todas as semanas. Sendo assim, após a sessão, conversei com o médico a pedir que aquela fosse a última sessão, mas este, chateou-se e disse-me que ele é que é o médico e portanto, era ele quem decidia. Na tentativa de fazer-me mudar de ideias, mostrou-me os documentos de outros pacientes que já estavam na 15ª ou 20ª sessão e disse:

Tu que estás ainda na décima sessão já queres desistir? Tu vais morrer e não te dou nem dois meses.

Ainda assim, mantive-me firme e disse-lhe que não iria mais voltar ao hospital, assim o fiz. Como o médico tinha o meu contacto, ele telefonava-me mensalmente, chamando para dar continuidade às sessões, mas não ia. Enquanto isso, empenhei-me na dedicação e ia semanalmente à Sede Central para participar da segunda fase de construção.

Seis meses depois, voltei ao hospital para fazer análises e para o espanto de todos, principalmente o médico, eu estava curada. O médico perguntou, bastante espantado, que medicamento é que estava a usar para obter a cura. Simplesmente disse-lhe que ia fazer orações na minha igreja e falei-lhe um pouco mais à respeito.

Fiz um donativo especial para agradecer ao Supremo Deus e ao Messias Meishu-Sama pelo milagre que ocorreu na minha vida.

Com esta experiência de fé, aprendi que quando realmente entregamos o nosso sofrimento nas mãos do Messias, Ele realmente actua, tirando-nos desse sofrimento. Apenas devemos evitar ficar apegados à graça e ter muita gratidão. O que despertou em mim foi a noção de que quando a pessoa purifica, Deus manda vários sinais para a pessoa despertar na fé, ao contrário do que acontece com muitos de nós que não entende e acaba por se afastar da igreja, voltando assim para a Era da Noite. Com este milagre, reconheço que renasci e comprometo-me em empenhar-me cada vez mais no encaminhamento, contribuindo assim para a formação das 100 mil Famílias Convictas em África.

Já me cadastrei, já recebi a imagem de Kannon e encaminhei mais de 50 pessoas, das quais 3 tornaram-se membros, duas das quais cada uma já tem a sua rede da salvação composta de 10 pessoas cada. Junto com a minha rede da salvação, cuido de 5 casas e tenho a horta caseira feita.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus Antepassados pela permissão de nascer de novo.

Aos ministros, missionários e fiéis em geral, o meu muito obrigado à todos!

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