Elisa Naite Estevão – JC Cunje – Bié/Angola

Chamo-me Elisa Naite Estevão, sou membro e dedico como assistente de liturgia. Conheci a Igreja Messiânica no ano de 2008, por intermédio do meu tio.

Os motivos que levaram-me a ingressar na fé messiânica foram doenças. Eu sofria com desmaios constantes e quando isso acontecia, levava o dia todo para recuperar. Por exemplo, se desmaiasse às 8 horas da manhã, apenas despertava quando era 1 da manhã do dia seguinte.

Esta situação deixava os meus familiares e o marido muitos preocupados, tendo chegado mesmo a nos separarmos. Essa doença durou 4 anos.

Para tentar solucionar esses problemas procuramos hospitais e quimbandas. Passei por um total de 16 quimbandas, tendo gasto avultadas somas em dinheiro sem resultados satisfatórios.

Foi neste quadro de sofrimento que conheci o Messias Meishu-Sama e o Johrei. Na unidade religiosa fui recebida pelo plantonista que orientou as práticas básicas da fé messiânica.

Cumpri as orientações sem dificuldades e em pouco tempo de frequência, a doença que me assolou durante muito tempo passou. Gostaria de realçar que no primeiro dia que recebi o Johrei, de regresso para casa, tive mais uma crise de desmaio. Meus familiares decidiram levar-me novamente à Igreja, onde recebi bastante Johrei até o fim da tarde e para surpresa de todos recuperei em pouco tempo. Isso deixou todos perplexos! Confesso que desde aquela data, nunca mais tive uma só crise.

A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com a prática do donativo e da oração.

Em novembro do ano passado tive um sonho com o Messias Meishu-Sama. Ele estava acompanhado de um discípulo que carregava alguns livros. Meishu-Sama chegou perto de mim e perguntou-me como estava a minha dedicação e se estava a fazer os donativos corretamente. O discípulo que o acompanhava, abriu o livro que por sinal era dos dizimista e confirmou dizendo: ” Ela faz todos os donativos!”. “E quanto ao encaminhamento, tens feito?”, Meishu-Sama voltou a questionar-me. O discípulo olhou no livro e disse: ” No passado fazia, mas, parou faz tempo!”. Realmente, deixei de encaminhar há muito tempo, com o pretexto de que não tenho tempo porque o trabalho não me possibilitava. Uma vez que trabalho de segunda à sábado e me limitava apenas em fazer a minha dedicação na liturgia, quando estava escalada. Meishu-Sama após ouvir as minhas explicações disse: ” Doravante, antes de ires para o serviço, precisas fazer encaminhamento na porta da Igreja, dedicar no banheiro e fazeres três donativos especiais. Um direcionado para o templo messiânico, um para a pavimentação da Sede Central da África e o outro para a construção do centro de aprimoramento!”.

Comuniquei ao responsável o sonho e ele disse que iria me acompanhar no cumprimento da orientação. Durante esse período, estava a purificar com vários tipos de dores. Após ter materializado o último donativo especial, a purificação intensificou. Mesmo recebendo muita assistência religiosa, a purificação não abrandava. Eram dores muito intensas que não me deixavam dormir.

Numa quarta-feira do mês de março do ano em curso, decidi ir participar da marcha de Johrei. Ao chegar na unidade, o responsável constatou que a minha barriga estava muito sobressaída, parecia de uma grávida. Ele perguntou-me: “O que tem na sua barriga? Está inflamada, não é?” Respondi que estava inflamada. No final do culto, ele orou comigo e orientou-me a receber bastante Johrei. De noite, em casa, quando eram duas horas da manhã, o tamanho da barriga aumentou e comecei a sentir fortes dores que pareciam dores de parto. Por fim, comecei a perder as forças. De imediato, liguei para o responsável que orou comigo pelo telefone durante uma hora. Nesse período, as dores amenizaram e adormeci.

Ao amanhecer meus familiares que foram me visitar, ao verem o meu estado de saúde, como uma delas é enfermeira olhou-me e disse “Essa menina vai dar à luz! Ela está com dores de parto!”. De imediato, levaram-me para a maternidade. Posta lá, constataram que o bebé estava próximo e logo fui transferida para a sala de parto. Meus familiares ficaram admirados e estavam a murmurar entre si e se perguntavam como era possível a Elisa ficar grávida se nunca vimos um só homem em sua casa. Como as dores estavam muito forte, as enfermeiras me aplicaram uma injeção.

Enquanto preparavam o serviço de parto, tive a visão com uma jovem que apareceu no quarto, sentou-se ao meu lado e disse me: ” Eu sou a (disse o seu nome completo) . Sou natural de (Falou o local) aonde seu pai combateu! Num belo dia, eu vinha da lavra em busca da comida para alimentar os meus filhos e estava gestante de nove meses. O cunhado do seu pai me interpelou pelo caminho, me estuprou e me matou com a arma do teu pai! Fui forçada a abandonar meu marido e filhos! Sabe, eu queria me vingar! Queria que viesses aonde eu estou e os seus familiares sentissem toda angústia que a minha família sentiu. Eu queria te matar às duas horas da manhã, mas, a sua proteção foi ter ligado ao seu pastor e aquelas orações não fizeram só bem a você como também a mim. Por isso, estou a levar a minha criança! Fique bem!”. Assim, ela desapareceu.

A parteira, ao me observar notou que o bebê tinha desaparecido! Assustada, chamou os seus colegas e ninguém acreditava exclamando que era magia, que nunca tinha visto algo semelhante de um bebê estar prestes a nascer e desaparecer num piscar de olhos. Chamaram os meus familiares, explicaram o sucedido e pediram que me levassem para casa. Naquele mesmo momento, pedi que chamassem o meu pai. Perguntei se ele conhecia o local que o espírito havia falado. Disse que conhecia e que combateu naquela localidade. Perguntei se o seu cunhado tinha violentado e matado uma senhora grávida de nove meses. Confirmou que sim e nunca tinha se esquecido daquele episódio. Meu pai ficou assustado e perguntou como eu soube daquele episódio se eu ainda não era nascida e apenas são poucas as pessoas que sabiam! Ele saiu do quarto todo atormentado.

As minhas tias chamavam-me de vários nomes, porque não entendiam como uma pessoa na sala de parto pronta a nascer, o bebé desaparece! Mas, uma das minhas primas me defendia e disse: ” Eu vivo com a Elisa e nunca vi um homem a entrar na sua casa. Ela não pode estar grávida!”. Os familiares me levaram para casa, mas, a murmurarem. Eu me mantive quieta. O curioso é que desde aquele dia, toda a dor que sentia, desapareceu por completo e passei a gozar de boa saúde.

Quando o responsável chegou em minha casa, lhe expliquei o sucedido. Também disse que meu pai confirmou tudo e saiu do quarto assustado. O responsável orientou que precisava procurar o meu pai e conversar bem com ele. Uma vez que ele não conhecia a lei de causa e efeito, precisava pedir perdão por ter ferido o seu bom senso e orientou-me para fazer uma Ikebana e visitá-lo.  Coincidentemente, no domingo da mesma semana, tivemos uma vivência da flor na unidade aonde a encarregada pediu que cada um oferecesse a sua Ikebana para o seu pai ou esposo. Então, fui orientada para oferecer no pai uma vez que não tenho esposo nem namorado. Cumpri com a orientação, conversei bastante com ele e no final me senti muito bem.

Com esta experiência de fé, aprendi que tudo que semeamos, tarde ou cedo nós ou nossos descendentes irão colher! Também pude re-confirmar o ensinamento do Messias Meishu-Sama que diz: “O ser o humano não carrega apenas as suas próprias máculas, como também de suas raízes familiares!” E através disso, pude aumentar o meu respeito por Meishu-Sama.

Agradeço ao Supremo Deus, Messias Meishu-Sama e os meus antepassados pela permissão de conhecer este maravilhoso caminho da salvação.

Muito obrigada!

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