“Eu conduzo ao Protótipo do Paraíso, ainda…”

“Eu conduzo ao Protótipo do Paraíso, ainda

que por pouco tempo, aqueles que sofrem neste mundo infernal”

Desde o início da história, nunca existiu uma obra tão grandiosa, de tamanha importância e motivo de alegria. No Japão, dizem que o general Hideyoshi Toyotomi [1536-1598] construiu o castelo de Oossaka e que o santuário Nikkó foi construído pelo xógum lemitsu Tokugawa [1604-1651]. O propósito dessas construções é completamente diferente das que eu empreendo. Elas foram erguidas para enaltecer seus autores e mantê-los no poder, isto é, para a própria defesa na época de guerra. Serviam, ainda, ara evitar uma vingança por meio de eventuais conflitos. Tratava-se, igualmente, de uma maneira de preservar o poder e uma espécie de vaidade, pois servia para que se vangloriassem de sua influência. (…) De facto, era escassa a noção de coletividade, ou seja, de proporcionar deleite ao povo. Consequentemente, seus autores estavam centralizados em si mesmos, em seu benefício.

Já o Vaticano, na Itália, é de natureza religiosa, sendo a sede da expansão do cristianismo, que se popularizara durante o Império Romano. Sabe-se que, com as doações de objetos e de dinheiro, é que o museu de arte e outras edificações foram sendo construídos, sem maiores percalços. Portanto, pratica mente, tudo lá é religioso. No ano passado, ganhei fotografias coloridas de pinturas a óleo do Vaticano e achei-as realmente maravilhosas. Se as fotografias das obras já são belas, imaginem vistas pessoalmente. Fiquei deveras admirado. Afinal, tudo nasceu a partir de uma religião.

A cultura americana também é admirável e se orgulha de sua civilização industrial, voltada para a obtenção de lucros. Esses factores geraram o esplendor dessa cultura, que, todavia, não é artística.

O Protótipo do Paraíso Terrestre que estou construindo não pretende servir para fins de preservação do poder c mo de expansão religiosa por meio de guerras. E uma proposta para que muitas pessoas, ou melhor, pessoas do mundo inteiro possam elevar suas almas por meio do deleite e da apreciação do Belo. Trata-se de algo puramente pacifista. Até agora, nada semelhante foi criado em nenhum lugar, é algo inédito. Futuramente, seu significado será compreendido mundialmente. Até jornalistas dos Estados Unidos dizem o mesmo: “Há locais magníficos sendo construídos em várias partes do mundo, mas todos eles visam principalmente a interesses próprios. Sua obra, no entanto, é diferente, pois está sendo realizada em benefício do povo, objectivando a paz. O senhor é uma raridade entre os japoneses. Não sabíamos que existiam pessoas assim no Japão.” É natural que não soubessem mesmo… É que finalmente chegou momento.

Apesar de a conversa ter-se tornado um tremendo auto-elogio, afirmo que não sou eu quem realiza esta obra, e sim, Deus, que me utiliza para realizá-la. Por essa razão, podemos dizer que eu apenas transmito o auto-elogio de Deus. Após a conclusão do Protótipo do Paraíso Terrestre de Atami, a religião messiânica se renovará por completo, passando a ser vista como algo grandioso e de abrangência mundial. Por conseguinte, se tornará conhecida tanto no Japão como no exterior.

Colectânea de Ensinamentos, vol. 30, 2 de janeiro de 1954

O Pão Nosso de Cada Dia pág. 109

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