Eugênia Alegria Milonga

Chamo-me Eugênia Alegria Milonga, tenho 37 anos de idade, resido em Cafunfo, dedico como responsável da unidade acima referida.Zeke

Conheci a Igreja Messiânica Mundial de Angola no dia 11 de Novembro de 2005, por intermédio da irmã Esperança da Caridade António João Vicente membro dedicante desta Igreja.

Os motivos que me levaram a conhecer a Igreja foram doença, pobreza, e conflitos conjugais.

Durante 6 anos padeci com Hepatite B, por esse motivo internava constantemente nos hospitais. Em consequência da doença, minha fisionomia aparentava uma idosa de 80 anos. Meus pais gastavam parte do seu dinheiro com as minhas consultas e tratamentos médicos. O conflito entre eu e o meu esposo se instalou no lar, por conta da doença. Foi nesse quadro de sofrimento que a irmã Esperança da Caridade, falou-me da Igreja Messiânica e do Johrei.

No princípio, foi muito difícil aceitar o convite por causa da religião que professava, mas a irmã foi persistente. Na Igreja, fui recebida pelo plantonista, que depois de ouvir atentamente o meu sofrimento orientou-me as seguintes práticas básicas da fé messiânica:

  • Receber 10 Johrei por dia;
  • Dedicar na nave e no banheiro;
  • Assistir aos cultos;
  • Ler os ensinamentos de Meishu-Sama;
  • Fazer a horta caseira;
  • Encaminhar as outras pessoas a fé messiânica.
    Cumpri com estas orientações durante 6 meses, graças a Deus e ao Messias Meishu- Sama, tudo foi ultrapassado.
    Como gratidão pelas graças recebidas, tornei-me membro em 2006 para melhor servir a Obra Divina.

A experiência de fé que passo a partilhar para os senhores está relacionada com o Sonen  de Gratidão e obediência a orientação superior.

No dia 10 de Abril de 2016, recebi a tarefa de dedicar como responsável do Johrei Center Cidade. Aceitei a missão, tendo encontrado como desafio a requalificação do Johrei Center e a construção do altar do Johrei Center.

No dia 25 de Janeiro de 2017, fui comunicada pelo meu superior para participar no Culto Mensal de Gratidão do Mês de Fevereiro na Sede Central. Fui para Luanda, onde participei no aprimoramento da Liturgia, Sanguetsu, e Agricultura Natural, num período de 90 dias. Dois meses depois, enquanto dedicava, fui comunicada por um colega, que seria transferida para uma outra unidade. Perguntou-me porque estavam a mudar-me de uma unidade para outra e o que havia cometido. Respondi-lhe que também não fazia ideia. Na altura, recebi um telefonema para me transmitirem que os fiéis estavam a lamuriar por causa do donativo de construção. Visto que a casa dos meus pais encontrava-se em obra, eles afirmavam que tinha usado o donativo para a reabilitação da mesma.

Falava-se de uma nova tarefa para mim, mas não sabia para onde iria, por isso estava apavorada com a situação que se vivia no Johrei Center. Um dos colegas perguntou-me se o ministro ainda não me tinha informado nada. Em resposta, disse-lhe que não. Ele continuou, dizendo-me:

-“No local onde vais dedicar, os responsáveis anteriores, tiveram sérios problemas. É melhor pensares bem!” Fiquei muito magoada com o meu superior, uma vez que ele sabia mas não me dizia nada sobre a minha mudança. Duas semanas depois, recebi o telefonema do ministro que perguntou-me apenas se já havia terminado o aprimoramento da liturgia para fazer o aprimoramento do sanguetsu. Respondi-lhe que não. Foi assim que informou-me para que me preparasse porque teria uma nova tarefa. Isto aumentou ainda mais a suspeita do que o meu colega dizia.

Nasceu em mim sentimento de revolta, perdi a vontade de aprofundar no sanguetsu. Foi então que desabafei com outro ministro, que por sua vez, orientou-me a aceitar o desafio de uma nova tarefa. Mas, não fiquei convencida e dentro de mim lamuriei: -“Porquê que o ministro não gosta de mim e porquê que ele quer que eu troque de unidade se onde ele quer me enviar os membros não gostam de responsáveis provenientes de outras áreas, só gostam dos natos?”

No Culto Mensal de Gratidão de Abril, encontrei-me com o ministro e pedi que me falasse a verdade, onde seria colocada. Sorrindo disse-me:

-“Vais para o Cafunfo.” Interroguei:

-“Onde os responsáveis enfrentam muitas dificuldades, é lá que o senhor quer me colocar?”

Respondeu que não era como estava a pensar. Acrescentou ainda:
-“Eu também pensava assim, mas já estive lá e não é isso que estão a dizer.”

Pensei em falar com o responsável da região para rejeitar a tarefa. Nas terças-feiras sempre que tentasse ir ao centro de aprimoramento, para falar com o superior, orientavam- me a chegar mais cedo na Sede Central, para participar no aprimoramento da liturgia. Saía de casa nervosa mas após a dedicação regressava com sentimento renovado.

Algumas vezes deparei-me com o responsável de região, na Sede Central e perguntava- me se estava preparada para ir à Cafunfo. Ao invés de responder que não, dizia:

-“Sim estou preparada.”

No dia 5 de Maio do ano em curso, em companhia do ministro da área, fomos para Cafunfo. Pelo caminho, estava muito apreensiva como era a cidade, se os fiéis iriam me receber de braços abertos, por isso enchi de perguntas o missionário que nos acompanhava.

No local, o ambiente era de muita alegria e de muita felicidade por parte dos membros, pela forma como fomos recebidos. Os membros perguntavam-me quanto tempo iria ficar lá. Respondia-lhes que tudo dependia do Supremo Deus e do Messias Meishu-Sama. Dois meses depois, formou-se a estrutura do Johrei Center começando pelo vice-responsável, encarregado do Johrei Center e outros encarregados.

Os meus familiares através da minha dedicação mudaram de postura; os meus filhos que tiravam notas baixas na escola hoje superaram consideravelmente as negativas.

  • Um frequentador, depois de ouvir o seu relato de sofrimento orientei-lhe a participar no desafio de oração, pois a sua situação era preocupante, não tinha meios financeiros para sustentar as suas despesas, apenas tinha uma calça e uma camisa. Orientei a materializar o donativo de gratidão de tudo que chegasse a sua mão não importando o valor, cumpriu com a orientação sem dificuldades, em menos de um mês teve a resposta de Meishu-Sama, no seu trabalho de garimpeiro (explorador de diamantes) conseguiu uma pedra de diamante de grande valor.
  • Um missionário pediu orientação de como podia fazer a dedicação no seu local de trabalho, uma vez que fazia garimpo, foi orientado a aprofundar na limpeza e fazer a prática de sonen. Cumpriu com a orientação, ao chegar no seu local de trabalho, entrou em conflito com outro grupo, os mesmos disseram que precisavam sacrificar vida de pessoas para encontrar diamantes grandes. Desceram três elementos no buraco, depois de uma hora de trabalho a terra desabou sobre eles.Tendo sido cobertos com terra da cabeça aos pés. Começou a fazer a prática do sonen mesmo naquela aflição. Ouviram uma explosão como se fosse bomba, um deles foi tirado de dentro do buraco ;continuou a fazer a prática do sonen, o segundo também foi resgatado, ficando apenas ele. Bastante cansado, desceu um jovem para lhe socorrer. assim sendo, todos sairam são e salvos.
  • Uma frequentadora da rede de salvação do Cafunfo Sul que sofria de tuberculose há 9 anos, foi abandonada pelo esposo, começou a frequentar a nossa Igreja, o curandeiro que lhe tratava, chegou perto da sua casa, parou na porta e perguntou:

-“O quê que tu colocaste na tua casa?”

Ela respondeu que nada. O curandeiro retorquiu:

-“A tua casa tem muito fogo!”

Ela respondeu apenas que era fiel de uma determinada religião. Por sua vez, aconselhou- a a continuar na mesma igreja.

  • Recebemos visita de duas missionárias, uma é reverenda da Igreja Metodista, e outra é regional da Igreja Católica, participaram no culto, ficaram felizes com a nossa Igreja, e disseram que a Igreja Messiânica não era aquilo que as pessoas diziam.

Devo confessar que sentia mágoa do meu superior, por pensar que estava a ser injustiçada pela mudança que tinha feito de propósito, no fundo do meu coração hoje entendo que era vontade divina.

Com esta experiência, aprendi que devemos receber as orientações com gratidão e não nos preocuparmos com o que vai acontecer, porque tudo depende do Supremo Deus.

O meu compromisso é de abrir mais redes de salvação, aprofundar na formação de novos membros, bem como despertar os membros para peregrinarem aos Solos Sagrados do Japão e do Brasil, bem como aprofundar na dor e no sofrimento das outras pessoas.

Por permissão do Supremo Deus e do Messias Meishu-Sama, encaminhei 83 pessoas, dos quais 20 tornaram-se membros, faço o dízimo, donativo de construção, tenho a horta caseira e peregrino nos locais de maior luz.

Cafunfo, aos 07 de Outubro de 2017

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