Eva Cabiaca – CA Morro Bento

Chamo-me Eva José Cabiaca, sou membro e dedico como auxiliar do grupo lua.

Conheci a Igreja Messiânica Mundial de Angola, no ano de 2008.

Os motivos que estiveram na base do meu encaminhamento foram: doença, pobreza e conflito, situação que durou cerca de oito anos.

Em relação à doença, tudo começou quando fiquei concebida da minha segunda filha, pois desde os primeiros meses de gestação até ao nascimento, que não conseguia comer absolutamente nada. Graças a Deus, quando chegou o momento de dar à luz, a bebé nasceu forte e saudável.

Quanto aos conflitos, minha sogra incentivava sempre o meu esposo que me mandasse de volta para os meus familiares, porque eu não era uma pessoa saudável e só estava a atrasar o progresso material do seu filho. Segundo ela, o dinheiro que devia ir para a construção da nossa residência, estava a ser direcionado para a minha medicação. Naquela altura, vivíamos numa casa de apenas um quarto, com minha sogra e um cunhado.

Foi neste lastimável quadro de angústia e sofrimento, que o Messias Meishu-Sama me encontrou. Encaminhada à Igreja, fui recebida pelo plantonista que depois de me ouvir atentamente, orientou as práticas básicas da Igreja, que cumpri sem dificuldades.

Após um mês de dedicação, fui me restabelecendo paulatinamente. Como gratidão, materializei um donativo especial e passei a me empenhar nas atividades tendo como resultado, o encaminhamento de toda a minha família de casa.

A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com a advertência dos antepassados e o Sorei-Saishi.

Como preparação para o culto anual às almas dos nossos antepassados, tomei a decisão de fazer o Sorei-Saishi, de alguns antepassados meus. Assim, fui ao encontro da encarregada da referida área e juntas realizamos o registo de assentamento desses antepassados.

Naquela noite, sonhei com outros antepassados meus que ainda não tinha feito o Sorei-Saishi. Estes reclamaram dizendo: “Só fizestes o Sorei- Saishi dos outros espíritos e nós? tens de fazer agora!”. Falei que só poderia fazer depois das vendas. Contudo, eles rigorosamente disseram que não. Precisava fazer com o valor que eu tinha. Resisti categoricamente e disse que não gastaria o dinheiro, pedi que esperassem um pouco, até eu vender e lucrar, só assim poderia fazer o Sorei-Saishi.

Despertei do sono, sem aceitar a orientação dos meus antepassados. É de realçar, que eu tinha quatro mil kwanzas em casa e era justamente esse valor que eles estavam se referindo. Como o apego falou mais alto, não dei importância e me mantive como se nada tivesse acontecido.

Fui ao mercado vender e para minha surpresa, o negócio estava a correr muito bem naquele dia. Até cheguei ao ponto de enviar os meus clientes ás bancadas das minhas colegas de vendas, visto que os clientes só paravam na minha bancada e porque também não queria ser mal interpretada por elas.

Em meio a essa abundância, surgiu o que eu menos esperava. De repente, apareceram bandidos na praça e começaram a dar corrida a fim de receberem os nossos produtos. Perante essa situação, juntamente com as minhas colegas, abandonamos tudo e fugimos, para nos escondermos dos ladrões. Com o aparecimento da polícia, os mesmos fugiram. Então, retornamos aos nossos lugares. Qual não foi a minha surpresa. Apenas o meu negócio foi roubado! Porém, o das minhas colegas, nada foi mexido. Perguntei às outras, que chegaram primeiro no local mas, ninguém sabia dizer o que aconteceu ou melhor como foi que me roubaram, isso porque não viram quem levou e nem como levaram.

O meu desespero era tanto, porque não só perdi o negócio, como também, uma parte do dinheiro que vendi no dia e as compras que tinha feito para o jantar. Fiquei apenas com uns valores, porque o primeiro dinheiro que vendi, guardei amarrado na ponta do pano. Cheguei à casa triste e contei ao meu marido sobre o sucedido. Sinceramente, não consegui agradecer e muito menos refletir sobre o sonho que tive.

Quando já estava mais calma, pensei e cheguei à conclusão de que era advertência dos meus antepassados, pela minha desobediência e apego ao dinheiro. O estranho é que, como eu queria vender primeiro para depois realizar o assentamento deles, então, enviaram clientes e depois levaram uma boa parte do dinheiro e o negócio, justamente na hora em que me sentia alegre pelo andamento do negócio. Percebi que me deram uma lição: que o apego só nos leva à ruína!

No dia seguinte, tirei os quatro mil kwanzas que estava a guardar em casa e corri para a unidade religiosa para fazer o Sorei-Saishi.

Depois de cumprir com essa orientação, resolvi comprar novamente o negócio com o dinheiro que sobrou, aquele que amarrei na ponta do pano. Para a minha felicidade, meu negócio não demorou, muitos clientes apareceram e tudo correu da melhor forma possível.

Aprendi que, nós sofremos por causa da nossa ignorância, desobediência e apego, principalmente nas questões financeiras! Se tivesse sido mais esperta, não precisaria passar por aquela situação, pois nem toda gente tem a oportunidade de ser alertada como eu fui. Concordo plenamente com o Ensinamento de Meishu-Sama quando diz: “O egoísmo e o apego, são as causas dos sofrimentos humanos.”  

O meu compromisso é de dar continuidade às minhas dedicações e me empenhar nas práticas básicas da fé messiânica, fazendo outras pessoas felizes!

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus Antepassados, por conhecer este maravilhoso caminho da salvação!

Muito obrigada!

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