Joana Avelino Antônio – JC Camama – Luanda – Angola

Chamo-me Joana Avelino Antônio, tenho 42 anos de idade e resido no bairro do Camama, sou membro e dedico como auxiliar de limpeza.

Conheci a Igreja Messiânica em 2009 na província do Kwanza-Sul, por intermédio de uma, missionária da nossa igreja. Na altura, padecia de uma doença mal diagnosticada.

Em 1993, começou o meu calvário, com apenas 16 anos. Com a progressão da doença, resolvemos procurar quimbandeiros e curandeiros, mas, não obtivemos solução. Apenas intensificou o conflito familiar devido às acusações de bruxaria. Sentia muita dor de cabeça, dores nas pernas, não conseguia andar e dores de estômago. Também a minha audição foi afetada.

Por outro lado, essa situação causou-me muita pobreza, facto que me fez acreditar que Deus colocou-me no mundo apenas para sofrer. Conformei-me com o sofrimento, apenas vivia pedindo o dia da minha morte!

Foi neste quadro de sofrimento, conheci a igreja. Constatei que ela havia se recuperado completamente dos males e da doença que sofria. Receosa, perguntei-lhe onde havia encontrado a sua cura e ela respondeu-me que tinha sido na Igreja Messiânica.

Então passou a ministrar-me Johrei, mas, não me explicava o que era o Johrei. Como eu sabia que ela sofria de gota (epilepsia) pensava que ela me levantava a mão porque teve um ataque ou crise e ficou com sequelas. Até que ela me encaminhou à igreja. Só assim entendi que o levantar da palma da mão era uma oração que ela me fazia.

Na unidade fui atendida pelo plantonista, que depois de ouvir atentamente o meu sofrimento, orientou as práticas básicas da Fé Messiânica.

Com o cumprimento das dedicações, fui notando algumas mudanças no meu quadro de saúde. Isso me levou a materializar o donativo de outorga e assim me tornei membro.

Infelizmente, depois de outorgada comecei a purificar com dificuldades financeiras e conflitos com os vizinhos. Não tinha nada para comer e às vezes dormíamos com fome. Os vizinhos riam-se de nós com mais força dizendo: “Foi na igreja dos bruxos e o sofrimento piorou!”

De tanta fome, vendi uma parte da lavra da minha mãe. Pagaram-me 50% do valor e mesmo assim não melhorou o problema, porque acabei gastando o dinheiro sem saber como. Recebi os outros 50 % de pagamento. Os meus filhos que na altura tinham idade correspondida entre os 12 a 15 anos começaram a fazer confusão, pedindo que com esses valores fossem outorgados. Fiquei furiosa com eles, discutindo como se tivéssemos a mesma idade.

Retrucava que com aquele dinheiro, eu deveria comprar mercadorias como cebola e tomate para revender em Luanda. Assim perguntei-lhes: “E se tiver que vos outorgar, vão comer o quê? Será que vão passar a comer o Johrei todos os dias?” E o mais velho, firme e decidido me enfrentou e disse: “Sim mama, não nos importamos de comer Johrei todos os dias!”

Fiquei mais furiosa ainda, atirei-lhes o dinheiro e disse-lhes: ” Aí está o dinheiro, vocês é que sabem o que vão fazer!”  No dia seguinte fomos à igreja e materializamos o donativo, mesmo contra minha vontade. Ao chegar em casa lhes disse: “Essas são as últimas refeições que estou a fazer para vocês, porque quando acabar, vão passar a pegar nos vossos Ohikari e colocar nos pratos para comerem.” Uma semana depois da outorga deles, consegui um emprego como doméstica. Agradeci profundamente ao Messias Meishu-Sama.

Os meus filhos ficaram um ano sem estudar por falta de documentos. Depois da outorga consegui de uma forma fácil e privilegiada lhes registar, pois na altura haviam pedido 5 mil Kwanzas por cada criança e tenho seis filhos. Mas, os meus filhos todos foram registados sem pagar nada.

Ao voltar do registo, feliz e satisfeita comuniquei aos meus vizinhos que também estavam na mesma situação. Chegando lá no dia seguinte, os meus vizinhos não conseguiram registar os seus filhos porque lhes foi cobrado para o efeito. Ao chegar no bairro, perguntaram-me como havia conseguido o milagre de registar seis filhos sem pagar nada e da cédula ter saído no mesmo dia! E respondi-lhes que era a atuação do Messias Meishu-Sama e dos meus antepassados.  E eles responderam-me: “Continua! Esse teu Deus é mesmo forte!”

Pois, eu também confesso que até hoje não entendo como isso foi possível! Eu me lembro que naquele dia, tinha apenas dois mil kwanzas para o efeito. Mas, antes de ir orei e comuniquei ao Messias Meishu-Sama entregando tudo nas suas mãos. Fomos os primeiros a chegar por volta das quatro horas da manhã e lá por volta das sete e meia apareceu um senhor que nos abordou com muita simpatia procurando saber que documentos iríamos tratar. Ao responder que precisava registar os meus filhos, chamou-nos e disse que para o efeito não precisávamos pagar nada e que guardássemos o nosso dinheiro.

Depois de ver a desilusão e tristeza das minha vizinhas, entendi que o meu caso foi uma grande providência do mundo espiritual e do Messias Meishu-Sama. E assim os meus filhos retomaram os estudos.

Anos depois, resolvemos vir morar em luanda. Sem casa e com marido e filhos, nos hospedamos na casa da minha irmã. Dias depois localizei o Johrei Center do Camama e continuei a dedicar. Dois meses depois, começou a purificação de conflito com o esposo da minha irmã que não queria aceitar mais a nossa presença em sua casa. Eu e o meu esposo não tínhamos emprego e muito menos para onde ir, mas, graças a Deus e a Meishu-Sama não demorou e Meishu-Sama providenciou a casa e o emprego.

Apareceu um senhor que nos disponibilizou uma casa para cuidar do seu terreno, onde moramos até hoje. Dias depois, numa manhã bem cedo, sentia a presença de alguém a acordar-me por três vezes e nitidamente uma voz que orientou para ir no quintal. Ao sair, deparei-me com um senhor que logo perguntou-me se não queria trabalhar. Aceitei e, no mesmo dia, comecei a trabalhar.

A experiência de fé que passo a relatar para os senhores, está relacionada ao donativo especial e a obediência no cumprimento das orientações.

Meses atrás comecei a re-purificar com doença e dificuldades financeiras, algo que me levou a ter uma impressão negativa sobre a prática do donativo especial. Refleti que as três vezes que materializei o donativo especial, eu havia purificado.

Na primeira vez que fiz o donativo especial, purifique, no mês seguinte a patroa não me pagou salário e seguidamente fui despedida.

Na segunda vez também fiquei sem o salário do mês seguinte e o meu esposo purificou com tala na perna. Ao me dedicar para cuidar dele em casa, perdi novamente o emprego.

Na terceira vez, a minha saúde regrediu, re-purifiquei sentindo tudo aquilo que sentia quando conheci a Igreja. Com a saúde debilitada, já não conseguia trabalhar e com isso a patroa não aguentou aguardar pela minha recuperação e fui substituída.

Com isso, passei a acreditar que fazer donativo especial é um erro. Ao desabafar com a responsável, foi-me esclarecido a importância e a influência máxima que provoca no mundo espiritual um donativo especial. Também disse que por trás daquilo que aparentemente é ruim, está a providência divina. Então oramos e fizemos o compromisso de que voltaria a fazer donativo especial do primeiro valor que conseguisse.

E o milagre não se fez esperar. Dois dias depois, consegui um emprego melhor que todos os anteriores, com pouco trabalho, melhor salário e mais tempo para dedicar.

Mas, como ainda não estava totalmente recuperada expliquei ao casal. Mesmo assim, aguardaram até eu me recuperar. Depois de recuperar, voltei a trabalhar. Antes mesmo de completar um mês de trabalho, pagaram o salário e logo materializei o donativo especial.

Depois que entramos no estado de emergência, a patroa não abriu mão de mim. Fiquei em casa, mas, recebendo os salários.

Voltei a purificar devido ao esforço que fiz nos últimos dias de trabalho de carregar água. Para não os prejudicar, sugeri-lhes colocar outra pessoa no meu lugar, devido às debilidades e limitações que tenho de saúde. Porém, mesmo assim eles não aceitaram, alegando ter confiança em mim e que não queriam outra pessoa em sua casa. Disseram para me recuperar o tempo que fosse necessário, pois o meu emprego estava garantido. Fico receosa e com peso de consciência por receber um salário que não trabalhei, mas, mesmo assim eles insistem em me pagar.

A minha saúde não é das melhores, não ouço bem, não posso carregar peso, nem fazer muito esforço físico, mas, mesmo assim consigo emprego. E eu que era uma moribunda, hoje sou uma pessoa renovada. Já lavo, arrumo, converso com as pessoas, consigo me locomover, até atravessar estradas, tomar banho sozinha, coisas como essas e muito mais que antes não conseguia fazer. Enfim, a minha vida é digna de um verdadeiro louvor: “É de longe, onde Meishu-Sama me tirou!”

O meu esposo trabalha como alfaiate remendando e costurando roupas.

Dois anos atrás, sua máquina avariou e apareceu uma vizinha que disponibilizou uma máquina que tinha em sua casa com avaria mínima. O meu esposo reparou a máquina que funcionou mais dois anos, e posteriormente, acabou estragando, ficando assim meu esposo sem trabalhar.

Entretanto, um vizinho, compadecido com a dor de um pai sem sua ferramenta de trabalho, disponibilizou dois mil kwanzas para reparação da máquina. E no final do dia, um senhor surpreendeu-nos com uma máquina novinha em folha! Juntamente com sua esposa foram a uma loja e compraram a máquina para oferecer-nos.

Tempos atrás, o meu fogão também não estava em condições. Fumegava e apenas uma boca funcionava e com muita dificuldade. Sendo assim, passei a cozinhar na lenha. Para minha felicidade, uma ex-patrão ofereceu-me um fogão de forno com quatro bocas. Assim, o sofrimento de cozinhar nas lenhas, às vezes à noite no quintal com chuva, acabou. A botija também não compramos. No meio da madrugada, um jovem largou uma botija no meio do quintal e saiu correndo. Por dois meses perguntamos aos vizinhos se alguém havia sido assaltado e todos diziam que não. Eram unânimes a dizer: ” Assim é vossa sorte! Podem usar!”

Recebo várias graças de ofertas uma após outra, desde alimentos a vestuário para toda a minha família. Os vizinhos preocupam-se com connosco e ofereceram-nos água e luz sem pagar nada. Quando não temos nada para comer e às vezes o marido só dá 200 kwanzas para a comida, eu apenas vou para o retrato, agradeço a purificação e entrego as minhas panelas nas mãos do Messias. Milagrosamente sempre aparece alguém que me oferece comida. Os irmãos da igreja preocupam-se comigo e ajudam-me em tudo que é possível. São tantas graças, que até fico perplexa.

Com essas graças, aprendi que Meishu-Sama é o Messias há tanto esperando pela humanidade e que o Johrei é a chave para a verdadeira felicidade. Muito obrigada a todos!

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