Leiam O Mais Possível Os Escritos Divinos

Como todos sabem, até agora viemos nos valendo do Johrei e das publicações para divulgar nossa religião. Daqui em diante, vamos difundi-la também em diversas localidades por meio de simpósios, palestras etc., ou seja, por meio da audição. Até agora, tínhamos a difusão por meio da cura de doenças e da visão. Daqui em diante, acrescentaremos a difusão por meio da audição. Esperamos obter resultados significativos com esse método “três em um.”

Naturalmente, a difusão por meio da audição significa que explicaremos tudo sobre nossa religião por meio da palavra, demonstrando que se trata de uma religião extraordinária. Entretanto, para conduzirmos as pessoas a tal compreensão, é necessário que nós mesmos tenhamos vasto conhecimento sobre a fé. Afinal de contas, precisamos despertar-lhes o sentimento de desejar ingressar na fé messiânica por sentir que é realmente boa e maravilhosa.

Muitos dizem que não sabem falar bem e que são péssimos oradores. Todavia, esse é um pensamento equivocado, pois não é com belas palavras que conseguimos tocar o coração do próximo. Como sempre digo, o que move as pessoas é o nosso makoto20. É com ele que tocamos a alma do ouvinte, ou seja, nós a despertamos e a movemos. É só isso. Logo, falar bem ou não é uma questão de segunda ordem.

Mesmo para sensibilizar as pessoas com nosso fervor e makoto, precisamos ter entendimento suficiente para tal.

Assim sendo, faz-se necessário aprimorar o próprio conhecimento e, acima de tudo, ler os Escritos Divinos.

Haverá muitas oportunidades em que as pessoas nos farão perguntas e, obviamente, elas não ficarão satisfeitas se as respostas não forem convincentes. Por conseguinte, por mais difíceis que sejam essas perguntas, precisamos dar-lhes respostas convincentes. Devemos nos acautelar o máximo, pois há pessoas que, sob pressão, respondem com mentiras. Às vezes, diante de perguntas difíceis, há quem se esquive por meio de respostas evasivas, mas isso não deve ocorrer de maneira nenhuma. Aos seguidores de Deus mentir é imperdoável. Caso não souberem responder, deverão dizê-lo francamente. No entanto, pelo receio de que, agindo assim, serão desprezados, costumam fingir que sabem. Procedendo dessa forma, o efeito será sempre o oposto. Por outro lado, quando se admite desconhecimento, a confiança se estabelece graças à sinceridade do outro. Por mais inteligente que alguém seja, ninguém sabe tudo. Portanto, desconhecer algo não é nenhuma vergonha.

Às vezes, as pessoas me fazem perguntas sobre assuntos que já estão publicados nos Escritos Divinos. Isso se verifica porque elas estão faltando com sua leitura no cotidiano. Portanto, os Escritos Divinos devem ser lidos tanto quanto possível. Quanto mais os fiéis o lerem, mais aprofundarão sua fé e mais polida se tornará sua alma. Aqueles que negligenciam sua leitura, vão perdendo a força gradativamente. À medida que a fé se aprofunda, mais a pessoa terá vontade de ler. É bom que o faça repetidas vezes, até que os escritos se tornem parte do seu ser. Evidentemente, quanto mais leitura realizar, mais nítida será a compreensão da Vontade Divina.

Gostaria de aproveitar a oportunidade para acrescentar outro ponto. Muitas vezes, no caso do Johrei, há ministrantes que, embora não saibam a causa da doença, fazem ares de quem a conhece, o que é o mais repreensível. Tais pessoas, em especial, tendem a usar o subterfúgio de dizer que algo é espiritual quando não ocorre a cura esperada. Na verdade, é difícil determinar se a causa de uma doença é material ou espiritual. Originariamente, o homem é uma unidade espírito-matéria; logo, não há tal distinção no caso do Johrei. Isto porque, se o espírito se cura, o mesmo ocorre com a matéria, e vice-versa. Por outro lado, quando o praticante de Johrei vê que há recuperação rápida através deste, acha que se trata de uma purificação comum; se ocorre o contrário, pensa que a causa é espiritual, mas isso é um grande erro. Tal postura assemelha-se à do médico que atribui características de tuberculose a uma doença de difícil cura.

Jornal Eiko no 80, 29 de novembro 1950

“Alicerce do Paraíso” vol.4, pág.43

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