Mário Quissanzo Panzo

Chamo-me Mário Quissanzo Panzo, casado,

IMG_0300tenho 42 anos de idade, sou missionário e dedico como responsável do Johrei Center do Miru.

Conheci a Igreja Messiânica Mundial em 2005, por intermédio do irmão Carlos Alfredo Culendela, membro dedicante da nossa igreja.

Os motivos que tiveram na base do meu encaminhamento foram doença, pobreza e conflito.

Na altura, sofria com dor de estômago, mesmo com vários tratamentos, os médicos diagnosticaram doença crónica. Quanto aos conflitos, meu chefe e sua esposa, brigavam comigo por tudo e por nada, certo dia, já muito cansado de tanta provocação, não aguentei e acabei por agredi-los. Com isso perdi o emprego, e passei a trabalhar por conta própria, a minha chefe pediu que voltasse a trabalhar, no entanto, recusei. Após esses acontecimentos, mesmo trabalhando por conta própria, a minha vida ia de mal à pior, todos os carros avariaram e a minha esposa estava concebida de nove meses.

Para solucionar todos estes problemas, procurei um curandeiro para saber o motivo de todo sofrimento, mas, sem resultados satisfatórios, e pela dificuldade financeira que vivia, pedi que a minha esposa voltasse para a casa dos seus pais, e fiquei sozinho, com a angústia e o desejo de me suicidar, se os outros pedem a Deus para os abençoar, nessa altura pedia para que me tirasse a vida.

Foi assim que o irmão Carlos compadecido com o meu sofrimento, falou-me da Igreja Messiânica Mundial e dos seus milagres.

Na unidade, fui recebido pelo responsável, que após ouvir-me atentamente, orientou as práticas básicas da fé messiânica e aconselhou-me a ir buscar a minha esposa e acreditar em Deus. No entanto, não aceitei, porque não tinha condições financeiras.
Pratiquei as orientações sem dificuldades, em três dias de recebimento de johrei recebi a graça de três oportunidades de emprego, que para mim foi um grande milagre, visto que, durante muito tempo não acontecia coisa igual. Isso motivou-me bastante a continuar a praticar as orientações. Passado um mês tudo foi ultrapassado e ao ir buscar a minha esposa, para a minha surpresa, durante esse tempo que estava a dedicar, a mesma também foi encaminhada num outro Johrei Center. A partir daí tudo voltou ao normal, regressámos  para casa e somos muito felizes. Assim sendo, aprofundei nas dedicações e em Fevereiro de 2006 tornei-me membro para melhor servir na Obra Divina.

A experiência de fé que passo a relatar para os senhores está relacionada com o sonen de levar a felicidades para as outras pessoas.

Com base nas orientações do Presidente da IMMA, Reverendo Claudio Cristiano Leal Pinheiro, como preparação para Culto às Almas dos nossos Antepassados, em aprofundar nas casas, com limpeza e cadastramento, comecei a fazer a marcha nas casas dos encarregados, foi então que entrei na casa da vice-responsável do Johrei Center, afim de prepará-la para o recebimento do Altar do Lar, como precisava saber o que tinha por detrás da parede onde ficaria o altar, ao dar a volta, tive que passar pelo quintal de uma casa que está lado à lado com a casa da missionária. De realçar que me deparei com a situação lamentável, de uma família constituída por oito pessoas, vivendo na miséria.

Não tinham quarto de banho, as necessidades eram feitas em qualquer parte da casa, cozinhavam na lenha e a casa parecia uma barraca. Aquilo parecia o próprio inferno. Realço, que falar é fácil, mas, encarar aquela situação foi bastante difícil.

No dia seguinte, domingo, durante o Culto Dominical, frisei sobre a importância do acompanhamento de casas e nessa altura perguntei aos fiéis: “Quem está a sofrer?” Todos levantaram a mão, no final do culto, pedi que fôssemos dar um passeio e depois voltaríamos para encaminhar todo o sofrimento.

Levei todos eles para a referida casa, ao chegar lá, todos os fiéis ficaram perplexos com as condições em que a família vivia. Uns ficaram mal dispostos, chegando ao ponto de vomitar, até mesmo fazer febre e ter tonturas, mas, mesmo assim, pedimos permissão para fazer a prática do sonen, oração, e no final pedi que todos entrassem em todos os cômodos e reparassem onde e como a família vivia.
Regressámos  à unidade e voltei a fazer a mesma pergunta: “Quem está a sofrer?”
Aí, já ninguém conseguiu responder, todos mudaram de opinião e apenas reconheceram que o que tinham visto ali não era apenas sofrimento daquela família mas também  manifestação dos nossos próprios antepassados. Comovidos com a situação, encaminhámos o sofrimento, não só da família mas de todos os fiéis. Agradeci e agendamos a data para a realização da limpeza. Para o meu espanto, no dia marcado, apareceram mais de 70 fiéis, não só para a limpeza, mas para solidariedade, pois, alguns, trouxeram bens alimentares, fogão, botija de gás, vestuários, mantas, até mesmo blocos de cimento para construir uma fossa. Assim, fizemos a limpeza profunda. A família ficou muito feliz. Começaram a frequentar a igreja e ganharam a permissão de peregrinar à Sede Central.

De salientar, que durante a limpeza, os vizinhos ficaram curiosos em saber o que se passava. Sendo que, uma família vendo o que foi feito, pediu que também fizéssemos a limpeza em sua casa, encaminhámos uma senhora desta família, que sofreu um AVC há mais de 5 anos. Após realizar a limpeza na referida casa, com ministração de johrei e o acompanhamento, a situação melhorou consideravelmente, hoje, a família está a frequentar a igreja e as duas famílias materializaram um donativo de gratidão.

Com esta experiência, aprendi que na verdade a construção do Paraíso Terrestre começa dentro dos lares e cabe a nós como participantes tomarmos a determinação de levarmos essa esperança para a humanidade.

Meu compromisso é de aprofundar cada vez mais na dor e no sofrimento das outras pessoas.

Faço o dízimo, donativo de construção, tenho a horta caseira e sou cadastrado.
Agradeço a Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus antepassados pela permissão que me concederam de conhecer este maravilhoso caminho da salvação. Em especial o irmão Carlos que foi utilizado para o meu encaminhamento.

 Muito obrigado.

Luanda, aos 03 de Agosto de 2017

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