Nália Sabão – Sede Central – Moçambique

Chamo me Nália Mário Sabão, sou membro da igreja e dedico na Sede Central, como Assistente na rede de salvação de Cumbeza.

A experiência de fé que passo a relatar está relacionada com o cumprimento das práticas básicas da fé em tempos de pandemia.

Desde o início do decreto das autoridades governamentais que ditaram o encerramento dos locais de culto, como medida de redução da propagação da pandemia de covid-19, um estado de medo e incerteza tomou conta de mim. Sou massagista de profissão e o meu trabalho consiste, essencialmente, no contacto físico com as pessoas e, por causa da principal premissa básica para evitar a contaminação pelo coronavírus, o distanciamento físico, muitas das minhas clientes pararam de solicitar os meus trabalhos e as que já tinham marcado, começaram a cancelar.

Moro com a minha irmã e dois sobrinhos, filhos dela e, até então, eu vinha contribuindo com as despesas fixas mensais, mas porque perdi muitas clientes, a minha renda diminuiu e com isso, a minha contribuição em casa também reduziu, motivo pelo qual a minha irmã passou a arcar com as despesas que eu cobria, mas era muito difícil. Muitos sentimentos negativos começaram a tomar conta de mim, tal como, pensar que eu estava a ser um fardo para minha irmã.

Cheguei a pensar em sair para procurar um sítio para morar, mas não era possível devido à dificuldade financeira. Comecei a procurar culpados pelo meu sofrimento, desde o governo, familiares, amigos, irmãos da igreja e demais e quando dei por mim, eu estava mergulhada em lamúria profunda e sentia-me sufocada.

Mas nem tudo corria tão mal, isto porque, cuido de uma frequentadora de quem estou a cuidar que está a purificar com problemas de saúde e eu sempre vou lhe ministrar Johrei.

Desde que começou a purificar, a família dela ficou mais unida para lhe dar forças e o marido, que tinha por hábito dormir fora de casa ou voltar à casa altas horas da noite, por causa da sua saúde fragilizada, tornou-se mais presente, o que faz com que a família tenha muita gratidão à Meishu-Sama. Estas graças tornaram-se a minha corda da salvação durante o período do meu aprimoramento. Certo dia, fiz uma auto-reflexão: “se através de mim esta família está a ser agraciada por Meishu-Sama, então o Messias realmente está vivo dentro de mim e eu preciso mudar”. Assim, tomei a decisão, orei diante da foto de Meishu-Sama e pedi perdão à Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus antepassados pela minha postura de lamúria e passei a agradecer por tudo o que estava a acontecer.

No dia seguinte, tomei a decisão de implementar as práticas básicas da fé em casa, conforme orientados nos cultos online. Acordei e fiz uma limpeza na casa toda, procurei flores e fiz arranjos florais, os quais espalhei por todos os quartos e depois ministrei Johrei à minha irmã. Um sentimento de muita gratidão tomou conta de mim! Rapidamente, os meus sobrinhos passaram a aproximar-se para receber Johrei, em seguida assisti ao culto matinal, onde fiz a oração e recebi Johrei colectivo ministrado online.

Todos os dias, o meu sobrinho passou a pedir para ler os ensinamentos que eram lidos nos cultos e ele desenvolveu gosto pelos ensinamentos, o que despertou em mim o hábito pela leitura diária dos ensinamentos partilhados nos grupos de WhatsApp da igreja. Passei também a ministrar Johrei à minha irmã todos os dias e, naturalmente, o medo, a angústia e a incerteza desapareceram, passando a reinar amor e gratidão pelas pessoas à minha volta.

Certo dia, uma vizinha veio ter comigo, desesperada, dizendo que o seu filho tinha desaparecido. Apresentou a queixa na esquadra e espalhou a informação pela vizinhança que se empenhou em procurar pelo miúdo no bairro, mas não conseguiam encontrá-lo.

Naquela noite, eu fui à casa dela, onde fiz oração, ministrei Johrei nela e lemos juntas alguns ensinamentos de Meishu-Sama, até perto das duas horas da manhã e depois descansamos. Quando amanheceu, por volta das 10 horas, ela ligou-me a dizer que o filho havia sido encontrado, o que foi um alívio para ela e a toda a família. Ainda ao telefone ela pediu que eu fosse à casa dela e chegado lá, ela perguntou como agradecer à Meishu-Sama, ao que orientei que podia materializar um donativo especial de gratidão, pois as igrejas estão encerradas e ela prontificou-se a vir à igreja para frequentar logo que retomassem as actividades.

No dia do meu plantão, vim materializar o donativo de gratidão. Actualmente, tenho partilhado com ela os ensinamentos de Meishu-Sama lidos nos cultos.

Por outro lado, recebi a graça de uma das minhas clientes ter feito um acordo em que eu deveria prestar os meus serviços uma vez por semana, observando todos os protocolos de prevenção da transmissão do coronavírus e ela tem feito o pagamento após cada sessão de trabalho, o que me permite ter algum alívio financeiro e contribuir para as despesas de casa.

Com esta experiência de fé aprendi que em meio à qualquer crise, o sentimento de gratidão e as práticas básicas da fé são a nossa corda de salvação para nos mantermos unidos à Deus e Meishu-Sama.

O que mudou em mim, foi ter passado a fazer tudo com amor e com o Sonen alinhado, pois os cultos online permitem que tenhamos mais concentração e fiquemos mais atentos às orientações superiores.

Actualmente, estou a cuidar de 3 casas, mesmo em meio à pandemia, ligando ou mandando mensagens para saber como estão e a orar em sintonia.

No dia do meu plantão de dedicação de manutenção da sede central, pude materializar o meu donativo especial de gratidão por estes milagres em minha vida.

O meu compromisso é de servir, cada vez mais, na salvação das pessoas e percebi que mesmo à distância é possível dedicar, servindo à Deus.

A todos, os meus sinceros agradecimentos!

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