Reputação e Emoções

É do conhecimento de todos que, muito mais do que se supõe, existe uma relação entre a boa ou a má reputação do ser humano e o seu destino. Nem podemos imaginar o quanto podem influenciar no destino de uma pessoa comentários como: “Aquela pessoa é confiável devido ao seu bom nome” ou: “Devemos tomar cuidado com tal pessoa, devido à sua má fama.” Obviamente, nada é melhor do que ter uma boa reputação. Uma vez que essa questão se encontra profundamente relacionada com a fé, desejo falar a respeito disso porque os espíritos malignos se aproveitam muito dessa situação.

Inclusive, nesse sentido, nossa religião vem sendo muito visada por esses espíritos até hoje. Seu método consiste em utilizar-se dos meios de comunicação orais e escritos para espalhar boatos e tentar prejudicar nossa reputação. Já que a expansão da Igreja é bastante afetada devido a isso, não podemos nos descuidar. Em termos individuais, é preciso estar muito atento. Afinal, as emoções controlam o ser humano e, portanto, por mais irrelevante que seja o motivo, ferir os sentimentos é mais prejudicial do que se imagina.

Logo, é melhor não impor o nosso ga, tentando levar adiante a própria opinião. Em resumo, mesmo que percebamos que a colocação da pessoa está um tanto equivocada, é melhor demonstrar concordância e generosidade. Em outras palavras, sem pensar em vencer, deixar que o oponente vença sempre. A afirmação “perder para vencer” é uma expressão apreciável. Tenho adotado esse critério e vejo que o resultado é sempre melhor.

Embora afirmemos que é melhor deixar que as pessoas nos vençam, existem situações nas quais não devemos perder, mesmo que isso raramente ocorra. Em dez casos, é melhor perder em oito ou nove. Às vésperas de ser crucificado, Cristo disse: “Venci o mundo56.” Acredito que ele nos ensinou a referida verdade. Mesmo baseado em minhas experiências vividas durante muito tempo, acredito que cheguei à condição actual por ter perdido inúmeras vezes.

O ser humano sempre tem a forte vontade de vencer e não quer perder, mas é melhor que pense de forma contrária.

Jornal Eiko no 232, 28 de outubro de 1953

Vol. 4 pág. 110

56 João 16:33: Bíblia de Estudo Almeida.

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