Sara António de Oliveira – CA Cazenga – Luanda – Angola

Chamo-me Sara António de Oliveira, tenho 55 anos de idade. Sou missionária e dedico como encarregada da liturgia do Centro de Aprimoramento do Cazenga.

Conheci a Igreja Messiânica Mundial de Angola aos 6 de Março de 2007, por intermédio da minha irmã, Maria Clementina de Oliveira, membro da Igreja.

Os motivos que estiveram na base do meu encaminhamento à igreja foram doenças, conflitos conjugais e pobreza. Quanto às doenças, apesar de ter uma vida bem-sucedida material e financeiramente, eu e meus filhos não tínhamos uma boa saúde.

Todos os meses íamos aos hospitais de renome na cidade, não havia sossego em casa, as consultas que eram feitas e os fármacos que tomávamos não surtiam os efeitos desejados. Essa situação como se prolongou por muito tempo, gerou muitos conflitos conjugais, que causaram a morte de um dos filhos, venda de todos os bens que possuíamos, entre os quais uma vivenda, carros e mobílias. Fomos parar na casa de renda e depois surgiu a nossa separação da primeira relação. Dos poucos meios financeiros que me restavam, arrendei uma casa onde fiquei a viver com os filhos e enquadrei-me nos negócios da venda de produtos diversos e cada vez que piorava recorria à ajuda do meu irmão, que é empresário. Quando deixou de me apoiar o suficiente para continuar, o negócio caiu por completo, daí veio a pobreza.

A minha irmã, Maria Clementina de Oliveira, membro messiânica, vendo o nosso sofrimento, me convidava sempre para frequentar a igreja no Cazenga, mas não lhe dava ouvidos e ainda lhe respondia: ” Se você minha irmã, apesar de estares na igreja, o teu sofrimento não passa, como é que queres me levar lá?” Ela não se sentiu aborrecida comigo e continuou a insistir.

Certo dia, fui visitá-la em sua casa no Cacuaco e senti saudades de passar a noite com ela. Eu não aceitava receber Johrei, mas, ao trocarmos impressões sobre a igreja, foi me ministrando Johrei e no momento de repouso, à noite, ministrou-me muito Johrei. De manhã, após o pequeno almoço, ainda continuou com a ministração. Fomos ao altar e fizemos a oração entregando todo o sofrimento nas mãos de Deus e do Messias Meishu Sama com um donativo simbólico de gratidão! Então, regressei para casa.

Durante a noite, tive um sonho no qual parecia-me estar numa sala de operação no hospital. Na porta, deparei-me com a minha mãe, que já se encontra no Mundo Espiritual há bastante tempo, a sair da sala e disse-me: ” Podes voltar, pois eu fui operada na tua vez!”

Quando acordei, busquei concretizar a insistência da minha irmã e no mesmo dia fui procurar a Igreja Messiânica. Encontrei o então Johrei Center do Cazenga padaria, onde fui recebida pelo plantonista. Depois de ouvir atentamente o meu relato, orientou-me a praticar o seguinte:

  • Receber 10 Johrei por dia;
  • dedicar na nave e nos banheiros;
  • manter a flor de luz em casa;
  • e peregrinar aos locais de maior luz.

Não vacilei, cumpri com as orientações e quinze dias depois senti-me melhor, já com algumas mudanças no organismo. Com o sentimento de gratidão e envolvida de emoção, materializei o donativo de ingresso na fé e de outorga, que se concretizou no dia 21 de Março de 2007. Um mês depois, fui indicada como auxiliar da liturgia. Encaminhei e outorguei os meus três filhos e as enfermidades que assolavam a minha casa ficaram ultrapassadas.

A experiência de fé que passo a relatar aos senhores está relacionada com o despertar dos meus filhos, que ganharam nova vida através da Luz Divina, devido ao meu empenho durante o período de quarentena.

Durante a quarentena, continuei no cumprimento da minha tarefa de limpar o Altar de Deus, preparar o Oniku e participar das orações todos os dias.

Quando ausentava-me de casa, orientava aos meus filhos para fazerem limpeza do Altar do Lar, preparar o Oniku, dirigir as orações e leitura dos Ensinamentos de Meishu Sama. Eu escolhi o neto para dirigir as orações e o filho caçula para ler os Ensinamentos e cumpriram todos os dias sem falhar.

Resultados:

1- O filho caçula tinha muito ódio e rancor de mim, não falava comigo há 12 anos! Quando eu colocava flores no quarto dele, reclamava dizendo que essas flores não iam lhe mudar, e que ele era mais forte e nem as minhas dedicações conseguiriam lhe derrubar. Cuspia no chão, não me chamava de mãe, dizia que eu não era ninguém diante dele. Ao tentar falar para ele, não me respondia e retirava-se de imediato para não me prestar atenção.

Fui orientando o meu neto para começar a acordar o seu tio para dedicarem juntos no Altar do Lar. Enquanto ele preparava o Oniku e dirigia as orações, o tio lia os Ensinamentos. No princípio, meu filho não recebeu a orientação com agrado, ficava a resmungar, mas cumpria. De cada vez que eu regressava do Centro de Aprimoramento, encontrava um relatório cheio de alegria. Certo dia, com a frequência da leitura dos Ensinamentos nesta quarentena, registou-se mudanças significativas neste filho. Ele que não me chamava de mãe, não ria comigo, nem aceitava receber Johrei, agora pratica tudo e pede para lhe ministrar Johrei.

Um dia, ao regressar à casa, chamou-me e disse: “Mãe, ao ler o Ensinamento de Meishu Sama hoje, com o título ceda para conquistar, senti que algo de mal saiu do meu corpo! A cabeça que estava pesada, ficou leve!”. De seguida, abriu o seu coração comigo! Agradeci no fundo do meu coração! Com este gesto manifestado, levei-o ao Altar do Lar, oramos e agradecemos com um donativo. Depois, pediu para falar com o responsável da unidade religiosa, seu orientador. Lá, nós oramos e agradecemos pelas mudanças vivenciadas. A partir daquele encontro, acelerou as suas dedicações como nunca. Num dos passeios que ele realizou perto da FTU, deparou-se com um senhor de aproximadamente 40 anos de idade que chamou-o e lhe disse ‘Moço, eu te vejo a passar sempre aqui. Acho que és bom rapaz. Preciso de ti para trabalhar na minha empresa.’

Procurou saber com quem morava, respondeu que residia com sua mãe. Pediu o número do telefone e ligou para mim, a dizer que não me preocupasse, pois nada de mal ia acontecer ao meu filho. Quando ligou, em princípio, fiquei preocupada pensando que o mesmo havia cometido um problema grave. Mas depois da explicação do senhor, fui ao Altar agradecer e assim meu coração acalmou-se.

O senhor o colocou na lista dos trabalhadores e meu filho passou a trabalhar por turnos. O engraçado é que dormiu na casa do senhor e lá foi bem tratado. No dia seguinte, voltou para casa, explicou a família, e está a trabalhar até hoje. Ele alegre disse: ” Mãe, chegou a minha vez de ajudar no sustento de casa!”

2- O segundo filho, que estava a passar com uma purificação do seu Ohikari, o responsável mandou-o chamar. Depois de lhe ouvir, orientou para reconsagrar o Ohikari e começar a ministrar Johrei na família durante a quarentena, ler os Ensinamentos de Meishu-Sama e aprofundar nas outras práticas básicas. Ele que nunca mais empenhou-se nestas, despertou a partir daquele momento, reconsagrou o Ohikari e ganhou a permissão de se empenhar. Já faz o dízimo, ministra Johrei à família, lê os Ensinamentos e pratica os outros donativos.

3- O meu esposo que estava mergulhado na bebida alcoólica e cigarro, deixou de o fazer.

4- Uma frequentadora que eu acompanho, durante a quarentena apareceu em minha casa a chorar e disse que a sua bebé estava bem doente (moribunda). Ao olhar para ela, fiquei com medo, mas busquei o Messias Meishu Sama e comecei a lhe ministrar Johrei. Ela foi dizendo que existe uma senhora que trata «katumbo» e lhe perguntei: “Tu confias em Deus e Meishu Sama ou na senhora?” Ela respondeu que confia em Deus. “Então, vamos ao altar entregar esta purificação nas mãos do Supremo Deus e Meishu Sama!” Depois da oração, seguiu para o hospital, onde foi bem recebida e internou a bebé. Na sala haviam muitas crianças com a mesma purificação. Após três dias de tratamento, recebeu alta e veio me apresentar o relato de que, todas as crianças que haviam na mesma sala morreram somente a sua bebé que se salvou. No dia da alta, teve a permissão do seu irmão levar o seu salário que recebeu do serviço. Quando recebeu o valor, falou para a família ir para casa e ela passou por minha casa e apresentou-me a bebé sã e salva! Ao vê-la melhor, fiquei também alegre. Fomos ao altar agradecer pela protecção que a criança teve, onde materializou os seus donativos de gratidão.

Com estas vivências, ganhei força de me empenhar cada vez mais nas minhas dedicações e continuar a adorar o nome do Supremo Deus.

Comprometo em continuar a acompanhar as casas que cuido, encaminhar o maior número de pessoas à fé messiânica, entregando tudo nas mãos de Deus e de Meishu Sama.

Sou missionária cadastrada, tenho Altar do Lar, horta caseira, imagem de Kannon, pratico o dízimo e outros donativos, leio os Ensinamentos de Meishu Sama, ministro o Johrei na família todos os dias e cuido de três casas: uma de membro e duas de frequentadores.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos Ancestrais e Antepassados que me garantem a vida que tenho agora.

Ao Reverendo, ministros, membros e frequentadores, que direta ou indirectamente têm contribuído para o meu crescimento espiritual, a minha sincera gratidão.

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