Valdemira Gomes Martinho

Chamo-me Valdemira Gomes Martinho, valdemiratenho 44 anos de idade, resido no bairro de Água Bôbô, sou membro desta instituição religiosa há 5 anos  e dedico como líder da rede de salvação do bairro São Marçal.

Conheci a Igreja Messiânica Mundial de São Tomé e Príncipe através da minha tia Cecília Catambre, membro já falecida, em 2003 quando a mesma começou a sofrer de perturbações, insónia e tensão arterial. Para solucionar esses problemas, recorremos à medicina e tratamentos tradicionais, tendo gasto avultada soma em dinheiro mas sem solução.

Somente em 2008 ouvi falar da Igreja Messiânica e dos seus milagres. Certa vez, em conversa com uma conhecida, que era membro, falei-lhe do sofrimento da minha tia e ela se predispôs a levar-nos à igreja. Cumprindo com as práticas messiânicas, o sofrimento de 5 anos que assolavam a minha tia teve fim. Como gratidão, tornou-se membro para melhor cumprir a sua missão.

Em 2013, por vontade de Deus e Meishu-Sama, a minha tia partiu para o Mundo Espiritual. Na altura, eu estava grávida e os sofrimentos aumentaram ainda mais. O tempo da gravidez já tinha passado, recorri à medicina tradicional, mas sem solução. A preocupação e o sofrimento aumentavam dia após dia. O meu filho mais velho que desde pequeno sofria de fortes dores de barriga, piorou, passou a vomitar sangue e teve de receber sangue várias vezes. Com a permissão de Deus, consegui dar a luz num parto difícil, como consequência entrei em estado de coma durante 14 horas.

 Quando tive alta, comecei a procurar curandeiro a fim de fazer tratamento tradicional. Na última casa de curandeiro que passei, a curandeira depois de fazer o jogo disse-me que a solução do meu problema, passaria por procurar uma igreja e começar a frequentar. Em consideração a minha tia, decidi frequentar a Igreja Messiânica.

Fui recebida pelo plantonista que depois de ouvir-me, orientou as praticas básicas da igreja:

  1. Receber Johrei,
  2. Assistir aos cultos,
  3. Cultuar os antepassados,
  4. Manter a flor de luz em casa e distribuir para outras pessoas,
  5. fazer limpeza na nave e demais práticas.

Comecei a cumprir a orientação recebida e constatei mudanças, mas não tão significativas. Embora pouca, fiz o meu ingresso na fé, donativo de outorga e tornei-me membro no mesmo ano. Como membro, certa vez em conversa com uma missionária preocupada com a minha situação que ainda era de certa forma preocupante. Ela perguntou se já tinha feito a reflexão profunda, abrindo o meu coração para o superior, contando tudo, desde a infância até a presente data, ou algo relevante que tivesse acontecido. Respondi que não, porque não sabia de concreto o que era reflexão profunda. Explicou e orientou-me a procurar o responsável da unidade para fazer a minha verdadeira reflexão profunda.

Obedientemente, solicitei a disponibilidade do responsável e este me atendeu. Durante a conversa lembrei-me que no passado, quando estava grávida de 9 meses do meu primeiro filho, o seu pai, meu primeiro marido, abandonou-me e casou-se com outra mulher. Tudo aconteceu devido a um deslize que ele cometeu fora de nosso relacionamento e lhe obrigaram a casar-se. Foi muito doloroso para mim! Senti raiva dele e a partir daquela data nunca mais lhe perdoei. Nutri uma mágoa por ele que carreguei durante 21 anos e pelo que fez, nunca aceitei que o meu filho o reconhecesse como pai. Depois de me ouvir, o responsável disse que estava a matar o meu filho e que a causa do seu sofrimento era derivado da mágoa e ódio que carregava comigo. Para melhor entendimento, o mesmo disse que o meu filho amamentou toda essa raiva e por isso tem vomitado sangue.

Como solução, me orientou a comprar duas ikebanas (arranjo floral) para oferecer ao pai do meu filho e pedir perdão. Também pedir perdão ao meu filho, perguntar o que poderia fazer para lhe proporcionar felicidade na altura.

Antes de terminar, perguntei-lhe:

Como poderia pedir perdão a alguém que me causou tão grande sofrimento? Pois deveria ser ele a me pedir perdão e não eu.

O responsável me incentivou a colocar em prática o que orientou. Confesso que fiquei sem entender, mas mesmo assim decidi praticar. Comprei duas ikebanas, procurei o meu ex-marido, lhe ofereci a flor e pedi perdão por tudo. Naquele momento, o meu marido estranhou com a minha atitude, argumentando que deveria ser o contrário. Mesmo assim, aceitou o pedido e tudo correu bem durante o nosso encontro. Seguidamente, fui ao encontro do meu filho, fiz o mesmo e lhe perguntei o que poderia fazer para lhe fazer feliz. Para realizar o seu desejo, procuramos uma escola de condução, inteiramo-nos dos procedimentos necessários e paguei parte do valor da matrícula. Depois da reflexão profunda e do cumprimento da orientação, a minha vida e a da minha família começou a tomar outro rumo.

Dias depois, o pai do meu filho ofereceu-lhe um valor, o que nunca havia acontecido.

A saúde do meu filho começou a restabelecer-se e  foi contemplado com uma junta médica completa para Portugal. Quando foi submetido aos exames, não se detectou nada e de acordo com diagnóstico, a sua saúde estava perfeita. Até a presente data está bem, casou-se com uma portuguesa e actualmente vive em Portugal.

Os outros filhos também deixaram de adoecer e deixei de ter mortes súbitas de filhos.

Gostaria de compartilhar algumas experiências de  fé que vivenciei com diferentes práticas básicas, como: desafio de oração na Sede Central no Palmar, donativo de construção e assistência religiosa em minha casa.

Desde o ano passado que iniciamos o desafio de oração na Sede Central de Palmar com objectivo de ganharmos a permissão de Deus, Messias Meishu-Sama e nossos antepassados para construirmos a nossa Sede Central, venho me empenhando de corpo e alma, não só no desafio como também na prática de donativos. Fruto desse empenho, meu filho que reside em Portugal, ganhou a permissão de ser contratado por uma empresa de renome, adquiriu viatura própria e actualmente tem enviado dinheiro para mim todos os meses, o que outrora não acontecia.

Na corrida para conclusão do nosso primeiro Johrei Center no Pólo Agrícola de Milagrosa e sendo solicitada a nossa participação, tive a permissão de materializar o meu donativo em todas as etapas. Com esse empenho ganhei a permissão de receber assistência religiosa do responsável da unidade com a vivencia da flor, no âmbito da orientação do Presidente da Igreja Messiânica Mundial de África, Reverendo Claudio Cristiano Leal Pinheiro. Dias depois, o meu marido retomou a obra de requalificação da nossa residência que estava parada há 10 anos. Esse despertar do meu marido, entendi que é resultado do meu empenho na Obra de Deus e Meishu-Sama.

Aprendi que quando recebemos a orientação do superior, seja ele quem for, devemos ser obedientes e experimentar coloca-la em prática. Pois, só praticando é que conseguimos sentir o sabor da fé. Conclui que quem se empenha com sinceridade na obra de Meishu-Sama, será agraciado com bençãos infalivelmente.

Meu compromisso é esforçar-me para ser cada vez mais útil na Obra Divina.

Agradeço a Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus antepassados pela grande permissão de conhecer esse maravilhoso caminho da salvação e participar na obra de construção do Paraíso Terrestre.

A todos os meus sinceros agradecimentos.

São Tomé, Fevereiro de 2018

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