Vicente Frederico Luís Peleve

Chamo-me Vicente Frederico Luís Peleve, 60581267_323782134961626_2993120196996104192_ntenho 48 anos de idade, sou membro da Igreja, dedico na Sede Central e estou integrado na Rede de Salvação como Encarregado do Grupo Sol.

Conheci a Igreja Messiânica Mundial de Moçambique em 2008, por intermédio do Irmão Benamor Massingue, membro da igreja.

Na altura, eu estava desempregado, com uma aparência extremamente deplorável e sem perspectiva de vida. Quem olhasse para mim, via logo que eu estava precisando de toda e qualquer ajuda. Foi assim que o Irmão Benamor convidou-me  à Igreja. Aceitei o convite e fiz a promessa de voltar no dia seguinte.

No entanto, não consegui ir à Igreja no dia combinado, pois não dispunha de valores monetários para o transporte. Depois de alguns dias, consegui vender o meu terreno, mas como estava a passar por uma purificação financeira já há algum tempo, resolvi procurar um curandeiro para resolver o meu problema o mais rápido possível. Este, por sua vez, cobrou-me 6000,00 Meticais e um cabrito. Cansado da situação em que me encontrava, aceitei a proposta e ainda convidei-o a ir à sua terra natal para que não faltasse nada para o tratamento, tendo para isso pago pela sua deslocação, alegando que este tratamento tinha que dar certo e que eu queria as minhas coisas a andarem bem.

Chegou o dia combinado, fui à Inhambane a fim de fazer o tratamento.  O curandeiro abriu uma cova de mais ou menos 2 metros,  fez pequenos cortes em mim com uma lâmina, dentro da cova e de seguida, ele saiu da cova com a ajuda de uma escada e retirou-a. Colocou palhas sobre a cova e ateou fogo, dizendo: “Caso consigas sair da cova, com a palha a arder, então o tratamento terá sido bem sucedido.” Com algum esforço, consegui sair da cova, peguei na minha pasta e sem olhar para trás (segundo orientação do curandeiro) fui-me embora. Regressei à Maputo e fui aguardando, mas nada acontecia e lá se foram 3 meses. Decidi ir à casa dele, na altura em Malhazine, para pedir satisfações ao curandeiro, mas foi em vão. Este riu-se de mim e disse “Comi seu dinheiro.” Regressei à casa muito triste pelo sucedido. Por volta da uma hora da madrugada, sonhei com um familiar meu que não cheguei a conhecer em vida e ele dizia o seguinte: “Amigo, aquela Igreja que levantaram a mão para ti, que estavam a falar coisas que tu não entendes, é lá onde tu irás resolver o teu problema…”

Despertei assustado e recordei-me que se tratava da Igreja Messiânica. Já havia passado um ano que não ia. Ansioso, já não conseguia dormir até ao amanhecer. Levantei-me muito cedo e dirigi-me para lá. Cheguei ao local, mas as portas estavam trancadas, pois ainda era muito cedo. Cheguei a pensar que já se tinham mudado, mas graças a Deus, o guarda confirmou que estava no lugar certo.

Nesse dia, fui atendido pelo plantonista, que ouviu-me atentamente e disse-me: “Os teus problemas estão resolvidos.” Admirado, perguntei: “Como estão resolvidos se nem sequer dinheiro de chapa (táxi) tenho!” Foi então que o plantonista orientou-me a cumprir com as práticas básicas da fé, que de imediato pus em prática. Durante seis meses, dediquei com muito afinco das 11 às 20 horas, na expectativa de ver os meus problemas ultrapassados. Não foi fácil, pois estava a purificar financeiramente, mas com o andar dos tempos, os membros foram se solidarizando comigo, pois aperceberam-se que não dispunha de condições.

Certo dia, um conhecido meu ligou-me a solicitar uma ajuda para mediar um negócio e aceitei ajudá-lo. Como já estava habituado a ser enganado nos negócios que fazia, este último, para mim, também era mais um negócio que não iria ganhar nada. Dias depois, o homem ligou-me novamente a solicitar o meu número de conta bancária. Facultei os dados e ele fez um depósito. Tendo ligado dez minutos depois, para me dizer para dirigir-me ao banco para ir ver o que lá estava. Não tendo me despertado o interesse, continuei a dedicar e só mais tarde é que fui ao banco. Para o meu espanto, tinha em minha conta 200,000 Mt. Eu não acreditei no que estava a ver.

Regressei à igreja e informei a uma irmã o que estava a acontecer e pedi o apoio para poder fazer o dízimo. Para agradecer por esta graça, tornei-me membro para melhor servir a Obra Divina. No mês seguinte, recebi um convite para ir trabalhar numa empresa, na qual não fiquei mais de dois meses, pois recebi um outro convite para para trabalhar numa outra empresa com a proposta salarial quatro vezes mais e com direito a viatura. Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama, a minha vida se transformou e de facto, os meus problemas já estavam resolvidos.

O tempo foi passando e sem me aperceber que estava faltando com algumas dedicações, perdi forças para dedicar e voltei a visitar os curandeiros. Nesse contexto, perdi a permissão de usar o meu Ohikari e tive que ser reoutorgado.

Certo dia, embriagado, estacionei a viatura e ainda ligada, adormeci na via pública. Quando acordei, percebi que o motor da viatura havia gripado. Naquelas condições, não me podia apresentar à empresa. Fiquei quase cinco dias, sem me apresentar e a tentar arranjar a viatura, alegando que estava doente. Quando me apresentei à empresa, fui demitido de imediato por ter ficado cinco dias com a viatura da empresa.

Assim, voltei novamente a purificar financeiramente, decidi voltar à igreja e retomei a minha dedicação. Tempos depois, consegui mais um emprego. Fundei a minha própria empresa e comecei a trabalhar. Não foi fácil, pois tive muitas dificuldades. Até que no ano passado, participando de um culto, a Ministra fez uma dinâmica que consistia em cada pessoa escrever num pedacinho de papel qual era o problema que gostaria que fosse resolvido, dobrar e juntar com outros papeizinhos para depois fazer-se o sorteio. Depois de misturar os papeizinhos, retirei um que vinha escrito: “Encaminhamento”. Fui ter com a Ministra e perguntei o que significava o que havia encontrado. Como resposta, ela perguntou-me o que eu havia escrito. Respondi que eu havia escrito prosperidade da minha empresa. Daí a Ministra orientou que eu devia ENCAMINHAR mais pessoas. Pus em prática a orientação.

Com esta dedicação, consegui fazer o meu donativo de reoutorga. As vendas na minha empresa aumentaram consideravelmente, tanto é que nem tenho tempo para descansar.

Com esta experiência de fé, aprendi que quando negligenciamos as práticas básicas da fé, perdemos força e caímos na ingratidão.

Já me cadastrei e actualmente cuido de seis pessoas, uma das quais está a prepara-se para a outorga.

O meu compromisso é de participar da Obra Divina da Salvação e fazer feliz às outras pessoas, encaminhando-as a Salvação.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus Antepassados pela força e permissão de servir a Obra Divina. Um agradecimento especial ao irmão Benamor Massingue e aos membros que me ajudaram na altura que nem dinheiro de transporte tinha.

Aos ministros, membros e fiéis em geral, o meu mais profundo agradecimento.

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