Zefanias Manuel Simango – NJ de Xai-Xai | Moçambique

Chamo-me Zefanias Manuel Simango, tenho 22 anos, sou membro e dedico no Núcleo de Johrei de Xai-Xai, como assistente religioso do grupo Terra.

Conheci a Igreja Messiânica Mundial de Moçambique no dia 7 de março de 2018, por motivos de curiosidade e encaminhado pela minha mãe, na altura frequentadora.

Antes de conhecer a Igreja Messiânica, eu era uma pessoa muito só, triste e sem paz de espírito.

Com 10 anos de idade, comecei a traficar drogas, mandado pelo meu pai. Eu é que fazia a distribuição para vários pontos estratégicos, o negócio corria muito bem e nos rendia muito dinheiro.

Eu amava e tinha muito orgulho pelo meu pai, mas da parte dele, o sentimento parecia muito ao contrário. Batia-me por tudo e por nada e era proibido de brincar, parecia até um refém de casa.

Certo dia, o meu pai trouxe um material de Magona (tratamento tradicional) ou melhor foi comprar o material, e o mesmo é entregue a um curandeiro já pronto para trabalhar, diferente do meu pai que ainda não tinha sido preparado.

A minha mãe, humildemente, procurou saber de onde é que ele vinha, para que fim e como adquiriu aquelas coisas, porque ele não chegou a tirar nenhum curso de tratamento tradicional. Sem resposta, surgiu uma grande briga.

Em condições normais, a Magona (tratamento tradicional) contém espíritos, que por sua vez devem ser alimentados por um casal da família de quem os contrai. Nesse caso, uma das pessoas era eu. Logo, com os meus 10 anos de idade, o meu pai fez um pacto com um curandeiro, entregando-o a mim e a minha irmã. Ainda me lembro muito bem que desde o dia em que o meu pai trouxe a “Magona” para casa, deu-se o início de um grande sofrimento em casa, principalmente para mim, pois passei a ter insónia. Assim, só para conseguir dormir era um grande pesadelo, parecia um filme de terror, pois sonhava com uma pessoa a apertar-me os órgãos genitais. Eu gritava à ponto de acordar os meus pais na outra casa em que dormiam e para piorar a situação, a minha avó paterna, ofendia-me sempre, dizendo que eu nunca iria ter filhos. Eu não entendia nada, pois ainda era muito pequeno.

Devido a esse problema, tive que interromper os estudos muito cedo. Fui traficando drogas até aos meus 18 anos de idade, onde o meu pai ficou preso por causa desse negócio sujo. Fiquei dando continuidade durante mais 3 meses, mas acabei refletindo melhor e vendo o fim que o meu pai teve, conversei seriamente com a minha mãe e decidi abandonar o tráfico de drogas.

Comecei a me relacionar com mulheres, mas todas as relações foram um fracasso. Sem nenhuma explicação, passei a sentir ódio pelas mulheres, achando que nenhuma delas presta. Com a prisão do meu pai, o sofrimento dobrou ou até mesmo triplicou, pois ficamos doentes de tal forma que quando um melhorasse, o outro tinha que ficar doente. Por outro lado, os meus pesadelos pioraram.

Devido a todo este sofrimento, passei a odiar todos os vizinhos, dizendo que eles eram os causadores de tanto sofrimento. Decidi me vingar, tocando rádio com volume bem alto, colocando duas colunas bem grandes em cima da casa até amanhecer e dizia: “uma vez que eu não durmo por causa do vosso feitiço, aplicarei a lei do Moisés: “olho por olho dente por dente”, mas de nada adiantou porque o problema estava dentro de mim mesmo. Com a prisão do meu pai e o meu afastamento do negócio sujo, comecei a procurar emprego para alimentar a família, na qualidade do irmão mais velho e para a minha surpresa, sempre que trabalhava, eu não recebia salário. Recebia apenas um mês e de resto, era mão-de-obra barata. Num dos estabelecimentos, levei mais de 2 anos sem salário, mas outros colegas recebiam muito bem.

Fiquei com tanta raiva, que fui pegar naquele material de tratamento tradicional do meu pai e fui deixar num outro terreno em que não vivia ninguém, mas não surtiu efeito. Nessa altura, a minha mãe era messiânica e a escala de doenças em casa já tinha parado. Ela, a minha irmã e uma membro da igreja, já tinham me convidado várias vezes e eu ouvia sempre milagres que ocorriam na Igreja messiânica, mas nunca aceitava, pois para mim, Deus não existia. Se alguém me convidasse ou falasse de Deus, era como se fosse um maluco ou alguém que não tem nada a fazer. Mesmo quando a missionária viesse fazer oração em minha casa, eu não participava, pois para mim, eles eram como se fosse um bando de desocupados. Isso porque cresci numa família que nunca tinha simpatizado com nenhuma igreja, principalmente todos os homens da família, em geral, não frequentam as igrejas. O meu avô paterno e o meu tio paterno são curandeiros. O meu pai também estava se preparando para se tornar curandeiro. Por isso, eu não tinha como saber da existência do Supremo Deus.

A minha mãe cumpria muito bem com as práticas básicas da fé, até que o meu pai ganhou a permissão de ser solto da prisão, o que era impossível antes de conhecermos a Igreja Messiânica, pois ele tinha sido condenado a 16 anos de prisão. Gastamos muito dinheiro com advogados e curandeiros, mas nada tinha dado certo. Até que, certo dia, o meu pai repentinamente ligou-nos, comunicando que havia sido solto. Hoje digo Graças à Deus e ao Messias Meishu-Sama porque quando ele voltou à casa, procurou conhecer a igreja. Após 3 dias da sua frequência à igreja, eu também tomei a decisão de ir na tal igreja que o meu pai ia frequentemente, o que espantou a todos.

Chegado à igreja, achei tudo muito estranho, pois diziam que realizavam muitos milagres, e pensei se tratar duma daquelas igrejas em que todos incorporam, fazendo orações raivosas e barulhentas, mas foi diferente. Encontrei a calma e serenidade em tudo, o que me deu mais vontade de voltar mais vezes, graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama.

Com 2 dias de frequência, purifiquei com a perda do meu telefone, o que me levou a desconfiar da frequência da igreja. Eu quis desistir, mas uma força tão grande me motivava a não o fazer e passei a participar de todas as dedicações e cultos, tanto que eu era o primeiro a chegar.

Fiz a reflexão profunda com a Missionária, tendo-lhe relatado o que acontecia sempre que arranjasse um emprego. Fui orientado a receber 10 Johrei durante 30 dias e assumir o plantão das 07:00 ás 12:00 horas na igreja, ao que aceitei e cumpri sem nenhum problema.

Com o alinhamento do meu Sonen na participação de várias dedicações, tais como: Recebimento do Johrei, marcha do encaminhamento na porta da igreja com a flor de luz, plantão, peregrinação à Sede Central, ganhei a graça de ter a paz espiritual, os pesadelos desapareceram por completo e ainda ganhei a permissão de arranjar um emprego, onde era bem tratado e recebia o meu salário sem o menor atraso.

Com esta experiência de fé, aprendi que quem nega a existência de Deus, é como se negasse a sua própria existência, algo que acontecia comigo. Em mim despertou a consciência da existência do mundo espiritual, porque se estou aqui, é graças à uma força invisível.

Já me cadastrei, distribuí mais de 1000 flores de luz e tive a permissão de encaminhar mais de 500 pessoas, das quais 4 recebem Johrei. Estou atualmente me esforçando para o recebimento da imagem de Kannon.

Como forma de materializar o meu compromisso, tornei-me membro para salvar o maior número possível de pessoas.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus antepassados pela permissão de servir como instrumento na Obra Divina.

Aos Ministros, Missionários, Membros e fiéis em geral, o meu muito obrigado.

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