Meishu-Sama pediu que eu fosse à Companhia de Mineração Hosokura, na Província de Miyagui, para tratar de determinado assunto.
Chegando lá, procurei a empresa indicada e soube que o responsável pelo setor estaria ausente durante uma semana.
Achei que era bobagem ficar esse tempo todo à sua espera. Assim, retornei a Tóquio, pensando em voltar alguns dias depois.
Quando supus que já estava na hora de retornar à mina e me preparava para viajar, Meishu-Sama mandou-me chamar em Atami. Ao chegar, ele me perguntou: “Como ficou aquele caso?”
– Fui à companhia, mas o chefe do setor estava ausente e só voltaria depois de uma semana. Então, pensei que era bobagem ficar lá durante esse período e resolvi voltar a Tóquio.
O quê? Repita o que disse!
Sim, senhor. O chefe do setor estava ausente, e…
Isso eu entendi; quero que repita o que disse depois.
Não sabendo o que responder, eu me calei. Então, ele continuou:
Você acha que é bobagem fazer um serviço para mim?
Não. Achei bobagem ficar esperando… – Devia esperar quantos dias fossem necessários até terminar o que eu mandei fazer. Você diz isso porque não leva a sério o que eu ordeno.
Fiquei sabendo, mais tarde, que o chefe do setor havia voltado depois de uns três dias e não após uma semana, como me haviam dito: se eu tivesse ficado por lá, já teria dado conta do serviço.
Logo após esse acontecimento, uma outra pessoa que servia Meishu-Sama teve que ir à companhia de eletricidade. Assim como acontecera comigo, a pessoa com quem ela deveria falar estava ausente; então, ao retornar, comunicou a Meishu-Sama: “Como me disseram que não regressaria por umas duas ou três horas, eu voltei.”
Pensei que ela também seria advertida com rigor como eu fora, mas Meishu-Sama nada disse.
Um ministro
Reminiscências Sobre Meishu-Sama vol. 5