Meishu-Sama era bastante rigoroso com os familiares e servidores, aliando a firme atitude de um pai consciencioso à atitude carinhosa de uma mãe dedicada. Isto gerava uma impressão agradável a todos os que O conheciam.
Independentemente da situação ou de quem estivesse envolvido, Ele não admitia o favoritismo nem atitudes ambíguas. Nunca era parcial. Também não deixava passar algo despercebido. Se alguém cometesse alguma falha, Meishu-Sama repreendia com firmeza, demonstrando a profundidade do seu amor altruísta.
Sua bondade, carinho e sinceridade de ajudar os outros a crescer era captado por quem fosse repreendido. Assim, ao invés de se abater por muito tempo ou ficar aborrecida, a pessoa sentia sincera gratidão por ter-lhe sido mostrado o caminho correto e logo readquiria o ânimo para se empenhar mais eficientemente.
Ainda hoje me recordo das suas palavras, do seu sotaque claro e preciso, típico das pessoas naturais de Tóquio, e das suas brincadeiras irónicas ao estilo de Bernard Shaw (1856-1950 dramaturgo e escritor irlandês, um dos maiores nomes da literatura inglesa, cotado como um dos melhores críticos teatrais da sua geração). As recordações ressurgem vivamente, estando gravadas na minha memória como uma grande saudade.
Nidai Sama
Reminiscências Sobre Meishu-Sama vol. 1