Nos últimos anos de vida, Meishu-Sama realizava frequentemente viagens missionárias para visitar igrejas filiais em diversas regiões do país. Às vezes, acompanhava-o. Certa vez, numa das Suas idas a Quioto, decidiu visitar um museu. Sabendo disso, vários membros que viviam nas redondezas reuniram-se diante da entrada para O esperar.
Meishu-Sama chegou, entrou no museu e a multidão alegremente O seguiu. Foi direto ao objeto que tinha ido apreciar, não prestando atenção aos outros. Olhou-o por um breve espaço de tempo, virou-se e se dirigiu à saída.
Os fiéis que se preparavam para examinar a mesma obra, ao aperceberem-se que Meishu-Sama já abandonava o local, seguiram-n’O apressadamente. Recordo-me de como foi divertido testemunhar a surpresa do porteiro ao ver o enorme grupo sair logo após ter entrado: “Como são rápidos: já estão a sair!”
Ocasionalmente, quando saía para fazer compras nas grandes lojas, Meishu-Sama também era sempre muito rápido nas Suas escolhas, fazendo somente o que tinha planeado fazer. Olhando para os quimonos, por exemplo, Ele dizia-me: “Acho que este te fica bem, o que achas?”
Pensando que Ele o iria comprar para mim, tentava ganhar tempo para examinar um pouco melhor os outros. Assim, respondia indecisa: “Bem…” Isto era o suficiente para Ele dizer: “Se não gostas deste, não te vou comprar”. Decidido isto, Ele saía a andar.
Aprendi desta forma que, se queria alguma coisa, tinha de escolher rapidamente e deixar que Meishu-Sama a comprasse para mim. Tinha a impressão de que assim estava a ser treinada para tomar decisões de forma rápida.
Sandai Sama
Reminiscências Sobre Meishu-Sama vol. 1