“…ao traçar o plano e colocar as orientações do superior em prática, o…”

🙎🏿‍♀️VALDEMIRA HELENA GOMES MARTINHO

JOHREI CENTER DE ALMEIRIM
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

Sou membro e dedico como líder da Rede de Salvação do Bairro S. Marçal.

O meu primeiro contacto com a Igreja Messiânica, foi por motivo de doença da minha tia, a quem considero minha segunda mãe, por ela ter cuidado de mim, até me tornar uma mulher adulta.

A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com o meu despertar para peregrinar e a actuação dos meus Antepassados para a sua efectivação.

Como membro, sempre soube que anualmente há peregrinações a lugares de maior Luz da nossa Igreja e mesmo sem intenção de fazer esta dedicação, também participava das orações de preparação para os caravanistas que assumissem irem a esses lugares com o sentimento de dar força, a eles.

Finalmente neste ano 2024, ganhei consciência da importância de peregrinar aos locais de maior Luz da nossa Igreja, que evoluiu para o meu despertar de fazer parte da caravana que viria participar do Culto Anual às Almas dos nossos Antepassados, na Sede Central da Igreja Messiânica Mundial de África, em Angola.

Tomada a decisão, inscrevi-me como candidata e fui comunicar ao meu marido da minha intensão. A sua reação foi de indignação e revolta, dizendo que ao invés de gastar dinheiro com passeios da Igreja, eu deveria pensar em coisas mais importantes como, a conclusão da obra da nossa casa. Ao ver que eu estava decidida em avançar com o meu objectivo, ficou de relações frias comigo em casa, apesar de não ter mudado a sua rotina, ele praticamente não me dirigia a palavra.

Foram 3 meses do primeiro obstáculo que enfrentei vivendo em um ambiente de frieza em casa e no relacionamento conjugal que mantive sempre firme sem vacilar no meu intento. Digo-vos que foi uma fase muito difícil de ultrapassar que só foi possível com a ajuda do meu superior.

Continuando a participar dos desafios e encontros destinados aos candidatos e também aprofundando nas minhas tarefas da Unidade e na Rede de Salvação, alguns dias depois, sonhei com a minha falecida tia, membro da nossa Igreja, em que ela trazia uma mala cheia de dinheiro para mim. Sem saber porquê, ao falar do sonho ao  meu filho que também é membro e que actualmente  reside no exterior, disse-lhe: «os Antepassados vão-te dar dinheiro para me enviares. Na família tu és o único que conhece a realidade da nossa Igreja». Ouvindo isso, sem ter o que dizer ele pôs-se a rir.

O tempo foi passando e quando faltava menos de 3 meses da data prevista para a saída da caravana a Angola, ele comunicou-me que naquele momento não seria possível enviar-me qualquer quantia mas, caso o seu pai me emprestasse o valor para custear a peregrinação, ele devolveria o valor posteriormente. Ao transmitir o recado ao meu marido, este disse categoricamente que não iria pegar no seu dinheiro para me emprestar para jogar fora.

É de salientar que inicialmente, eu havia recebido o valor de  5 mil Dobras (200 euros) que estava guardado para custear as despesas da  peregrinação. Ao ouvir a resposta do meu marido em relação à proposta do meu filho, algo no meu interior me disse que eu deveria fazer um donativo de construção dirigido à Sede Central da Igreja Messiânica Mundial de S. Tomé e Príncipe com todo esse valor. Decidida, fui à Sede e desde as 5 da manhã já estava lá, participei da oração do desafio e muito ansiosa, falei com o  ministro e disse-lhe: «se for para eu ir através deste donativo, os meus Antepassados devem dar-me um sinal». Não tardou, a resposta apareceu da seguinte maneira:

  1. Na mesma manhã, dirigi-me ao meu local de trabalho e ao desabafar com a minha companheira de venda, relatando-a o meu desejo e as dificuldades que estava a encontrar para participar desta peregrinação, ela perguntou-me: «já falaste com o chefe da nossa associação, pedindo para dar te algum valor emprestado? Se o que ele te dar não for o suficiente, podes falar comigo que vou emprestar-te mais algum da minha parte». Foi assim que, me lembrei da associação da qual faço parte e que poderia recorrer a ela, pedindo algum valor emprestado.

Seguindo o conselho da minha colega, na mesma hora fui ao encontro do responsável da gestão da associação, falei-lhe da minha intenção e este respondendo-me disse: Porque não vieste falar comigo há mais tempo, sabendo que esse dinheiro é nosso? Ainda mais, para participar na actividade da igreja? O que é da igreja deve estar sempre em primeiro lugar, sabe? Imediatamente, recebi das mãos do nosso responsável, 25 mil dobras equivalentes a 1000 euros e fui depositá-lo no Sector da Caravana.

No dia seguinte às 5 horas da manhã, o meu filho telefona-me e diz o seguinte: «Pode arrumar as malas…vai agora mesmo pegar o dinheiro nas mãos da pessoa que já sabes». No momento em que recebia a comunicação, o meu marido que ainda estava de relações frias comigo, ficou revoltado e no desabafo, disse que eu estava a jogar dinheiro fora, mesmo sabendo que tínhamos muita coisa para fazer em casa. Disse ainda, que eu estava a querer matá-lo de stress, porque entreguei a minha vida à Igreja Messiânica e não estava a dar-lhe a devida atenção.

Ouvi tudo de boca calada e ao pegar no valor que o meu filho tivera enviado, senti uma alegria indiscritível, ao ver que o valor era mais do que o suficiente para confirmar a minha presença na Sede Central de África em Angola, como caravanista.

Assim que o meu marido se apercebeu que eu havia conseguido concretizar o meu propósito e que nada mais poderia fazer, paulatinamente foi mudando a sua postura de combate à minha peregrinação e passou a apoiar-me em algumas coisas relacionadas com a minha viagem. Aproximando o dia da viagem ele até sugeriu que mudasse de penteado e também, pela primeira vez preencheu o formulário dos Antepassados para eu trazer para Angola.

O aprendizado que tirei desta experiência com a minha peregrinação, foi de que, ao traçar o plano e colocar as orientações do superior em prática, o mundo espiritual reagiu favoravelmente para dar-me as condições de materializá-las.

O esforço máximo no desapego direccionado à construção, foi o que abriu caminho para os meus Antepassados me mandarem dinheiro e fazer esta maravilhosa dedicação.

Faço parte de uma Rede de Salvação que cuida de 4 casas com 12 pessoas, tenho horta caseira e honro o meu compromisso de plantão na minha unidade.

O meu compromisso, é de aprofundar cada vez mais nas minhas tarefas, para ganhar a permissão de conduzir a Rede de Salvação que lidero, a Unidade religiosa.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus Antepassados, por conhecer este maravilhoso caminho da salvação.

Muito obrigada!

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