“…não devemos agradecer apenas pelas graças materiais, mas…”

🙎🏾‍♀ JULIANA DOS SANTOS SANTOS

JOHREI CENTER KILAMBA
CENTRO-SUL
LUANDA
ANGOLA

Sou membro e dedico como encarregada da Liturgia nesta Unidade.

Conheci a Igreja Messiânica, por intermédio da minha irmã, que também é membro da nossa Igreja.

O motivo que me levou a conhecer a Igreja, foi a depressão profunda, derivada da partida do meu esposo e do meu filho para o mundo espiritual. Passado pouco tempo, desisti por falta de compreensão.

Para além da depressão, ouvia vozes, tinha dificuldades em conduzir, de repente me sentia bem e outras vezes mal, fugia de casa por causa das vozes que me atormentavam. Durante este quadro, também fui nomeada para trabalhar numa Embaixada, mas por causa da minha situação de saúde, fiquei impedida de realizar os estágios.

Foi neste quadro de sofrimento, que decidi regressar à Igreja, motivada pela minha irmã. Passado algum tempo, como resultado do cumprimento das orientações recebidas, os problemas foram ultrapassados. Para manifestar a minha gratidão, fui outorgada no mesmo ano para melhor servir nesta Obra Divina de Salvação.

A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com as peregrinações para as províncias do Huambo e Uíge.

No ano de 2022, tive o privilégio de participar pela primeira vez da peregrinação à Província do Huambo, tendo visitado os túmulos dos reis do Bailundo e de participar de várias dedicações. Depois da peregrinação, enquanto estávamos em casa, recebemos a visita da amiga da minha filha; como de costume, temos o hábito de sempre que recebemos alguém em nossa casa, de fazer oração no Altar do Lar e no momento em que fazíamos a oração, a amiga incorporou o espírito do meu filho, agradecendo pela ida à Província do Huambo e que não conseguiu participar da viagem, porque se encontrava numa árvore no Negage, localidade onde nasceu o seu pai; no dia do seu falecimento, ele gritou muito a pedir por ajuda e eu não fiz nada para lhe salvar e desde esse dia, nunca mais havia bebido água e nem sequer comer alguma coisa, encontrando-se magro. Entretanto, devido à peregrinação, ele passou a se alimentar e a beber, pediu-me ainda para eu participar das peregrinações e disse também que a peregrinação feita, elevou muitos dos Antepassados das nossas linhagens familiares.

No culto de gratidão mensal da região, do passado mês de Maio, fui indicada para ir à Província do Uíge, para acompanhar uma ministra na preparação da dedicação daquela Província, tendo em conta que muitas vezes a viagem foi adiada; confesso que não queria participar desta dedicação, uma vez que já tinha adquirido o bilhete para participar de uma outra actividade que se realiza todos os anos no dia 25 de Maio, alusivo à comemoração dos naturais do Uíge, mudei o meu Sonen e decidi cumprir com as orientações recebidas. Contudo, após assumir o compromisso, vivenciei as seguintes mudanças:

 

  • Quando cheguei à casa às 23 horas, recebi uma mensagem para a audiência de um órgão superior pedindo a minha comparência no dia seguinte. Fui bem recebida pelos chefes, colocando as preocupações que me afligiam; assim sendo, as mesmas foram encaminhadas a cada chefe das áreas correspondentes, em função das questões apresentadas e no final o chefe perguntou-me porque é que eu estava a andar de boleia e se eu não tinha carta de condução. Respondi que estava sem carro, foi então que ele orientou o chefe dos transportes a disponibilizar uma viatura para mim, de zero quilómetros.

 

  • No dia 15 de Maio do corrente ano, decidi participar do programa “Hora da Sorte” que assisto frequentemente, onde tive a permissão de ganhar a quantia de 1.100.000kz (um milhão e cem mil kwanzas) materializando o dízimo e o donativo de construção.

 

  • De regresso a Luanda, fomos interpelados pela polícia, na localidade de Quibaxi. Fui detida junto com a ministra com quem fui cumprir a missão no Uíge, estando também acompanhada da minha tia e prima, que vinham para Luanda, por causa de uma das integrantes não ter nenhum documento que pudesse comprovar que é Angolana e não falava português. Segundo o relato das autoridades, ela era estrangeira e eu estava a acobertá-la. Fomos detidas e passamos a noite na cadeia, mas logo que podemos comunicamos aos nossos superiores, sobre a situação e decidimos agradecer encaminhando a purificação.

No dia seguinte, decidimos fazer limpeza no banheiro e no quarto da cadeia onde passamos a noite, varremos todo o quintal da esquadra policial, deixando tudo limpo e impecável. No mesmo dia, fomos encaminhadas a Caxito para sermos ouvidas pela Magistrada do Ministério Público junto dos serviços de Migração Estrangeira do Bengo. A Magistrada enquanto estava à espera da informação primária do oficial do SME, fomos ouvidas e chegou-se a conclusão de que não havia necessidade de ficarmos detidas, dando-nos uma ordem de soltura e viajamos para casa.

Tendo em conta a forma de agir em função do mesmo problema, os oficiais ficaram admirados porque, ela não tratava esses problemas de forma leviana e tratou-nos com carinho, conduzindo o processo de forma rápida. Segundo o relato dos oficiais, ela era muito dura na resolução de problemas do género e perguntaram-nos: qual é a igreja que voces frequentam? Não acreditando, mais uma vez disse “Esta senhora é muito má, como está a tratar-vos assim, pois aquela procuradora é muito exigente e rigorosa”.

Com esta experiência, aprendi que não devemos agradecer apenas pelas graças materiais, mas também pelas purificações a que somos submetidos em qualquer circunstância, porque, apesar de ter recebido graças do sorteio e o carro, tive também a grande graça de ir para a cadeia. Tenho a plena certeza de que a limpeza na cadeia, clareou todo o processo.

Agradeço ao Supremos Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus Antepassados, pela oportunidade de conhecer este maravilhoso caminho da salvação.

Muito obrigada!

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