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🙎🏾‍♀ ANA SAMUEL VENÂNCIO

“…quando colocamos em prática as…”

JOHREI CENTER MANGUEIRINHAS
CENTRO-SUL
LUANDA
ANGOLA

Sou membro e dedico como encarregada do Sanguetsu desta unidade religiosa.

Conheci a Igreja Messiânica em 2001, mas na altura eu não frequentava e nem queria ter contacto nenhum com a Igreja. Apenas acompanhava a minha mãe até à porta e regressava. Passado algum tempo, despertou-me um certo interesse e em 2008, decidi começar a frequentar, tornando-me membro no ano seguinte.

A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com as práticas básicas da fé messiânica.

Em março de 2024, mudei de residência, saindo do Km 30 para o bairro da Caop. Como se não bastasse, perdi o emprego, passando a enfrentar várias dificuldades de ordem financeira. Por outro lado, passei a me dedicar mais nas actividades religiosas e a ter maior frequência no Johrei Center, uma vez que a nave fica próximo da actual residência.

Nessa ocasião, fui ouvida pela responsável e orientada para passar a cuidar do Sanguetsu, recebendo com muita gratidão essa tarefa.

Para não ficar completamente parada, uma vez que tenho crianças, decidi conversar com a minha irmã a fim de emprestar-me algum dinheiro, de modo a começar um pequeno negócio. A mesma, naquele momento, mostrou-se indisponível, pedindo-me encarecidamente que eu ficasse na sua residência, até que houvesse disponibilidade de verba, no que aceitei.

Passados alguns dias, pus-me a refletir da seguinte forma: “na casa da minha irmã, tenho direito a todas as refeições recomendáveis diariamente, mas não tem uma Unidade Religiosa, ao passo que, a minha actual residência está bem próximo da Igreja, mas existe a inquietante crise financeira; estando aqui, me alimento fisicamente, mas me enfraqueço espiritualmente.

Foi então que, preferi voltar para a minha residência, enfrentando a minha própria realidade. Sabia de antemão que a nova decisão não cairia bem para a minha irmã mas, ao conversar com ela, ainda ofereceu-me um valor monetário, de onde, parte do valor, materializei correctamente a gratidão.

Certo dia de quarta-feira, enquanto ia para a oração aos Antepassados e marcha de Johrei, na companhia de uma das nossas irmãs da Igreja, um segurança em serviço nas instalações da sua empresa, chamou-me e pediu que me aproximasse com a máxima urgência. Como eu estava a levar o formulário dos Antepassados e não queria correr o risco de atrasar-me, preferi não atender o chamado daquele senhor, mas ele insistia de tal modo que, a irmã com quem eu caminhava, decidiu adiantar com os formulários e eu fui conversar com o senhor. Ao aproximar-me, perguntou: “Não queres trabalhar? Aqui estão a precisar de uma senhora para trabalhar.” Em resposta eu disse que sim, queria, pedindo-me que regressasse duas horas depois, o que me possibilitou de cultuar os meus Antepassados. No regresso, ao falar com o gerente da referida instituição, fiquei de comparecer no dia seguinte para ser entrevistada.

Quando lá cheguei, encontrei mais uma candidata que durante o teste que durou dois dias, foi eliminada por mexer nos produtos da empresa, acabando eu por ser admitida.

Como gratidão pela grande graça recebida, fiz um donativo com o primeiro salário recebido. Naquele mesmo mês, recebi um subsídio de rendimento de trabalho, passando a ser muito querida pelos meus superiores.

A chefe máxima da empresa, orientou para que apenas eu passasse a confeccionar os sucos que ela gosta de tomar. Não parando por aí pediu-me para que, de vez em quando, eu passasse a fazer trabalhos extras na sua residência.

Essa situação naturalmente não caiu bem para todos; uma das minhas colegas, após o expediente, seguiu-me com o intuito de briga, alegando que, as mordomias estavam a ser demais para uma trabalhadora nova como eu. Enquanto me seguia, percebi que o foco dela era de me arrancar o fio do pescoço (o Ohikari), ela dirigia-me palavras cínicas e até ofensivas mas eu não respondia, apenas agradecia do fundo do meu coração, fazendo o Autoexame da Fé. Eu a frente e ela atrás, chegamos até à porta do Johrei Center, graças a Deus, aceitou entrar, foi levada em oração e recebeu Johrei. Foi aí que ela pecebeu que eu sou religiosa.

No dia seguinte, assim que cheguei na empresa, a mesma colega saudou-me com muita satisfação e hoje nos tornamos grandes amigas e ela já é frequentadora da nossa Igreja.

Por outro lado, eu ouvia várias reclamações dos meus colegas, como aumento de salários e outros pontos que achavam que a empresa tinha de melhorar. Eles ficavam até certo ponto admirados comigo, me questionando sobre o segredo de merecer tanta confiança dos chefes em pouco tempo e a razão dessa tranquilidade toda no trabalho. Em resposta, eu disse a eles, que o segredo era fazer o dízimo para agradecer a Deus, que podiam fazê-lo nas suas congregações, pois que o mais importante era  cumprir. Claro que dei essa resposta em função da situação do momento, pois de outra forma, talvez não fossem entender.

As colegas acataram o conselho e de entre elas, uma passou a entregar-me o seu dízimo para eu fazer chegar até à Unidade, tendo feito uma segunda vez. Essa colega já participou de um culto no Johrei Center.

Tenho confecionado flores para distribuir no local de serviço e passei a ministrar Johrei às colegas no local de trabalho e a encaminhá-las à igreja.

Com isso, registei as seguintes mudanças:

– A nossa chefe que por tudo e por nada se alterava, hoje está mais calma e tranquila e já usa de cortesia ao falar com os trabalhadores, comentário que paira na boca de todos os colegas;

– Em seis meses de trabalho, mereci um cartão para fazer compras em um determinado supermercado. Ainda dentro desse tempo de trabalho, já tive direito a férias; recebi também o décimo terceiro, antes de completar um ano de trabalho;

– No mês de Dezembro último, a minha chefe chamou-me para um serviço-extra em sua casa e no final deu-me 100.000 Kwanzas pelo trabalho; ela, ao aperceber-se de que vivo separada do marido, disponibilizou-se em passar a custear a renda de casa e uma pensão alimentar para as minhas crianças.

Para agradecer por todas essas mudanças, materializei um donativo especial.

Através dessa experiência, aprendi que quando colocamos em prática as orientações superiores, Deus realmente se manifesta, transformando o difícil em coisas simples.

Reafirmo mais uma vez que Meishu-Sama é o Messias esperado pela humanidade.

Encaminhei cerca de 180 pessoas, das quais 01 tornou-se membro e cuido de 01 casa de frequentador com um total de 6 pessoas.

O meu compromisso é de me vergar cada vez mais nas orientações superiores, debruçar na dor das outras pessoas e participar activamente na construção do nosso Solo Sagrado.

Agradeço a Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus Antepassados, pela permissão de conhecer este caminho da salvação.

Muito obrigada!