Sou missionária.
Conheci a Igreja Messiânica em 2011, por intermédio do meu irmão.
Os motivos que estiveram na base do meu encaminhamento foram: doença e conflito, que com o cumprimento das práticas básicas, tudo foi ultrapassado. Como gratidão, tornei-me membro no mesmo ano, para melhor servir nesta Obra Divina de Salvação.
A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com a ingratidão.
Na véspera da preparação do Culto do Paraíso Terrestre, realizado no passado mês de Junho, decidi não participar da viagem, pois tinha assuntos pessoais a resolver, nomeadamente ir à procura de negócio para vender ou fazer troca com outros produtos. Enquanto me preparava, comecei a ter alguns sinais que eu ignorava: a mota que estava com o depósito cheio de óleo, de repente ficou vazia, tendo tudo entornado. Enchemos o depósito por duas vezes até que conseguimos chegar ao Kikombo, para pegar o negócio e regressar.
Peguei os produtos como peixe, roupa e óleo de palma e fui para a comuna da Amboiva no dia 03 de Junho, onde consegui vender tudo. É de realçar que, desde o dia que lá cheguei até ao meu regresso, estava a purificar, mas sempre fui lendo os ensinamentos. No dia 26 de Junho, decidi regressar ao Sumbe, mas desde as 7 horas até às 20h que não aparecia transporte, o que me levou a pernoitar na paragem e regressado apenas no dia seguinte.
Tão logo cheguei ao Sumbe, pedi à minha filha que fosse buscar a pasta que eu havia deixado guardada no quarto com 140 mil Kwanzas; ao abri-la, encontrei apenas 30 mil, tendo desaparecido 110 mil Kwanzas. Entrei em choque, quase desmaiei de tanta aflição, procurei em tudo quanto é canto da casa e nada. Entrei em desespero, fiquei-me perguntando como era possível que o plasma e duas garrafas de gás não serem levadas mas o dinheiro da pasta desaparecido! Comecei a pensar em tirar a minha vida, o desejo de tomar mata-ratos era grande, mas as minhas filhas guardaram o recipiente; mesmo assim, queria ir-me matar no cemitério ou jogar-me na estrada mas sem sucesso. Entrei na lamúria, dizia para mim mesmo: “esses Antepassados são ingratos, eu que sempre cuidei de vocês, agora fazem isso comigo? Eu preciso construir e vocês permitiram que isso acontecesse? Vou deixar de vos cultuar…” Algumas irmãs me aconselhavam a agradecer mas eu não queria saber. Cheguei a emagrecer de tanto pensar no dinheiro que desapareceu.
Passados três meses, a minha neta de 4 anos ligou para mim com o número da minha filha dizendo: “Augusta, você queria tirar a tua vida quando o teu dinheiro perdeu”? Fiquei surpresa e admirada, como era possível que uma criança tão pequena não se tivesse esquecido algo que aconteceu há meses atrás! Respondi-lhe que aquilo tinha sido uma brincadeira, que eu não tiraria a própria vida. Passadas algumas horas, ligaram para mim novamente, dizendo que a minha neta queria se matar porque não lhe estavam a dar bolacha e sumo, a mesma dizia: “Falam só duvido se não vou-me matar”! A mesma insistiu várias vezes, tendo parado apenas quando lhe pedi perdão e lhe demos o que queria. Mesmo com tudo isso, não pensava em agradecer a situação.
Foi assim que, neste mês de Novembro, ao assistir o Culto dos Antepassados na Sede Central, pedi perdão do fundo do coração e fiz o compromisso de nunca mais faltar a nenhum culto especial.
Aprendi com essa experiência de fé, que diante de qualquer situação que venhamos a passar, devemos agradecer, pedir perdão e não lamuriar.
Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus Antepassados, por conhecer este maravilhoso caminho da salvação.
Muito obrigada!