Meishu-Sama sempre nos deixou completamente à vontade. Mesmo quando o assunto era a fé, Ele nunca nos pressionou a aceitar as Suas convicções, deixando-nos livres para fazer o que quiséssemos, mas sempre nos aconselhava: “O melhor seria cada um fazer o que mais gosta; mas roubar ou fazer coisas erradas é que não pode…”
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, com as pessoas ainda a sofrer bastante e a passar por inúmeras privações, Ele ensinava-nos a não desejar demasiado e a viver sem luxo. Por esse motivo, por exemplo, apesar de já termos um carro, se o utilizássemos sem necessidade, Ele repreendia-nos: “Vocês são demasiado novos para andarem de carro!” Havia uma distinção muito clara entre aquilo que era fruto da sincera dedicação dos membros e o que se referia à nossa vida particular. Quando Lhe pedíamos algum dinheiro, ganhávamos sempre menos do que as outras crianças.
Meishu-Sama era também bastante rigoroso no que diz respeito aos cumprimentos. Mesmo quando dormia demais e perdia a hora, era meu dever ir cumprimentá-Lo. Ele dizia: “Não me importo que passe da hora de se levantar, mas venha cumprimentar-me sem falta”. Eu tinha vergonha de o fazer quando acordava tarde, ainda para mais porque, nessas ocasiões, Ele costumava comentar a brincar: “Acordou cedo hoje, não?”. Desta forma , sentia-me ainda mais embaraçada e prometia a mim mesma levantar-me mais cedo a partir da manhã seguinte.
Sandai Sama
Reminiscências Sobre Meishu-Sama vol. 1