Sou frequentadora e dedico nesta Sede Central de Moçambique.
Conheci a igreja Messiânica há mais de 20 anos atrás, através do encaminhamento à porta da Unidade. Na altura, entrei mesmo por curiosidade, mas não voltei mais. Algum tempo depois, ao ver uma distribuição de flores de luz em frente à minha casa e sabendo que a minha mãe também frequentava, fiquei apenas por uma semana e depois parei.
Alguns anos mais tarde, em 2012, por intermédio de uma amiga, voltei a frequentar, isso porque, o meu filho que na altura tinha 2 anos de idade, estava a comportar-se de forma preocupante, parecia que tinha alguém a orientá-lo a portar-se daquela forma. Por vezes, ouvíamo-lo a partir coisas pela casa em plena madrugada e a voz dele como que conversando com alguém. Por esse motivo, a minha amiga falou-me da igreja Messiânica e incentivou-me a frequentar, pois dizia tratar-se de manifestação dos Antepassados.
Assim, voltei à igreja e dessa vez, com o meu filho para receber Johrei, o que aconteceu durante um mês, mas, uma vez mais voltei a afastar-me.
Durante esse período, passei por muita turbulência na minha vida. Apesar do mau comportamento do meu filho reduzir aquando do nascimento do meu segundo filho, este nasceu com bronquite asmática. Ele adoeceu tanto, que chegou a ter crises mensais até aos seus 4 aninhos. Quando nasceu o meu terceiro filho, o segundo melhorou. O terceiro filho nasceu bem, mas aos 2 meses de vida, começou a ter vômitos, diarreias, febres e convulsões constantes, até um ano e meio de idade. Esta situação levava-nos constantemente aos hospitais todos os meses, motivo pelo qual vi-me forçada a deixar de trabalhar.
Com a graça de Deus, depois de muito tempo de sofrimento, ele melhorou e posteriormente tivemos o nosso quarto filho. Desde então, nunca mais houve situações indesejáveis de saúde com eles mas, em contrapartida, eu comecei a ficar doente; passei a sofrer de problemas espirituais, o que afectava muito a minha saúde, motivo pelo qual entrei em depressão aguda. Para me livrar dessa situação, tentei o suicídio algumas vezes, mas não conseguia ir adiante, pois lembrava-me sempre dos meus filhos.
Eu tinha febres constantes, dores de coluna, pés tão inchados que os dedos começaram a aparentar podridão; a certa altura, desenvolvi alguns problemas de pele, que mais pareciam bolhas de queimadura, o que afectava muito o meu estilo de vida, fazendo-me perder a autoestima. Tentei várias vezes buscar auxílio médico e tradicional, mas o efeito era temporário, situação esta que durou cerca de 2 anos e meio. Durante 6 meses, passei mal de diarreias e hemorragia, chegando a ter 7.8 de hemoglobina.
Nessa altura, conheci uma curandeira nas redes sociais. Liguei para ela e fui ao seu encontro. Quando ela me viu, disse que eu tinha espíritos de profecia e que devia tornar-me curandeira; perguntou-me se eu não tinha visões nos sonhos de coisas que aconteciam e se eu não sonhava com o mar, mato e animais e eu disse que sim. Ela disse-me que eu estava pronta e que os espíritos de profecia já se estavam a manifestar, para que eu fizesse o curso. Tratamos da hemorragia e diarreia durante dois meses. A diarreia passou, mas a hemorragia, durante dois meses parecia ter passado. No terceiro mês, tive o período menstrual por dois meses, o que pela minha idade na altura, não era normal. Acabei tomando a decisão de me tornar curandeira sofrimento que vinha vivendo. Conversei com o meu marido e ele concordou apoiar-me, desde que isso me fizesse bem.
Fizemos o pagamento do curso, mas por haver uma luta muito grande dentro de mim, não fui logo de imediato. Quando senti-me preparada, conversei com a minha cunhada frequentadora da Igreja, que ficou triste com a notícia, mas como eu estava convicta do que queria fazer, ela decidiu ficar quieta. No entanto, como Deus tinha o seu propósito, nós nos voltamos a falar. Ela chorou tanto e pediu-me muito que eu não me tornasse curandeira, mesmo vendo que eu já tinha tomado a decisão. Foi quando ela perguntou-me quando iria começar o curso de curandeirismo e eu disse-lhe que não sabia.
Ela então pediu-me que lhe desse uma oportunidade e que se não desse certo, eu poderia fazer o que eu quisesse. Ela enviou-me o contacto de uma missionária e pediu que eu ligasse para ela. Depois disso, eu tive uma recaída, febres e dores de cabeça. Não liguei logo para a missionária, mas melhorei. No dia em que decidi ligar para ela, tive outra recaída: febres, dores de cabeça, diarreia e perdi o equilíbrio do corpo.
Eu tinha combinado com a missionária para nos encontrarmos na Sede Central num sábado, mas devido ao meu estado de saúde, não consegui aparecer. Marcamos para Domingo, mas também não consegui aparecer. Foi então que a missionária enviou-me o número de uma outra missionária que liguei e ela foi à minha casa, onde fez oração, ministrou-me Johrei e assim pude contar um pouco da minha história de vida. A missionária pediu-me 30 dias sem julgar a minha decisão para ministrar-me Johrei, devendo eu ir à Sede Central para o efeito e fazer outras dedicações. Quando cheguei pela primeira vez, fui recebida pela missionária e pela Ministra, sendo instruída a fazer donativo diário de gratidão e de elevação espiritual.
Cumpri com as orientações e na minha segunda semana, pude fazer o donativo de esforço máximo para mim e meus filhos. Nas primeiras 3 semanas de frequência, verifiquei grandes melhorias na minha saúde. Certo sábado, recebi em minha casa, alguns missionários para fazerem a limpeza profunda e a vivência da flor. Depois desta limpeza no lar, as purificações se intensificaram, pois surgiram conflitos, os dois meus filhos mais novos e o mais velho ficaram doentes e eu tive ligeiras dores de cabeça. Ainda assim, fui orientada a agradecer e a fazer oração, deixando tudo nas mãos de Deus e Meishu-Sama. Foi assim que, as dores de cabeça e de coluna cessaram, nunca mais tive febres, o meu período menstrual normalizou, eliminando a fraqueza do corpo.
Para agradecer pelas bênçãos recebidas, materializei o meu donativo especial de gratidão, de pedido de perdão e venho-me empenhando bastante na dedicação. Materializei também o donativo de outorga da Luz Divina para mim e para os meus filhos. Quanto ao valor depositado na curandeira, perguntei à missionária se poderia ir pedi-lo de volta, mas ela disse que não. Disse ainda que, ao materializar o donativo de outorga, que eu comunicasse a Meishu-Sama que não pretendia mais voltar ao curandeiro e que abria mão do valor como sendo donativo de pedido de perdão aos meus Antepassados.
Aprendi com esta experiência de fé, que tudo é um processo, que devemos dar tempo ao tempo, para que tudo de facto melhore nas nossas vidas e que a paz se instale nos nossos lares. Através das bênçãos vivenciadas na minha vida, hoje vejo Meishu-Sama como o meu Salvador e entendo que o Johrei foi o meio através do qual a minha vida e a vida da minha família se transformou.
O meu compromisso, é de dar continuidade à minha dedicação e encaminhar o maior número possível de pessoas à fé Messiânica.
Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus Antepassados, pela oportunidade de conhecer este maravilhoso caminho da salvação.
Muito obrigada!