Chamo-me Miguel Manuel Kipipa Dias, tenho 20 anos de idade e sou frequentador.
A experiência de fé que passo a partilhar, está relacionada com a negligência no cumprimento das orientações e falta de gratidão no momento de purificação.
Conheci a Igreja Messiânica, quando tinha 12 anos de idade, através dos meus pais, que na altura já eram membros. O meu pai assumia a tarefa na área da locução e queria que eu o acompanhasse nessa missão, mas, por causa da idade, não entendi e nem me interessei no assunto. Também foi um dedicante activo no terreno do futuro Solo Sagrado de Cacuaco e professor no Instituto de Gestão do Kicolo, pois não desistia de me aprimorar sobre a Divindade do Messias Meishu-Sama, que eu não admitia como verdade, porque minha visão era mais ligada ao pensamento materialista.
Anos depois, eu já com 16 anos de idade, por motivo de doença, meu pai veio a falecer. Os meus tios paternos, apercebendo-se que os documentos do pai estavam comigo, persuadiram-me a entregar. Por causa dos conflitos, não tive outra escolha.
Foi assim que, por causa das dificuldades financeiras que começamos a ter, tivemos que mudar de estilo de vida. A minha mãe foi apelidada como a senhora que leva os filhos nas festas para aproveitar alimentá-los. Nessa fase, estava a dedicar como auxiliar da CriançÁfrica. Sentia-me triste e abandonado por todos, enfraquecendo assim nas minhas dedicações, só dedicando de vez em quando.
Dessa forma, as purificações aceleraram, pois no bairro éramos chamados de cínicos devido ao nível acadêmico que atingimos, mesmo com as dificuldades que tínhamos, vivendo numa casa inacabada. Assim, fui pedir orientação superior, sendo orientado a receber Johrei, a encaminhar pessoas, aprofundar na limpeza da unidade e no banheiro, como também agradecer com donativo pelas purificações. Procurei cumprir, mas com muita lamúria, faltando com os donativos, aproveitando-me das dificuldades financeiras, para não os fazer.
Naquela altura, estava a dar aulas num colégio. O director, sem motivo aparente, revoltou-se contra mim e deixei de dar aulas. Assim, para a nossa sobrevivência, fui parar nas famosas placas, como lotador de táxis, onde adquiri comportamentos poucos dignos, sendo um deles, qualquer vizinho que me falasse algo, que eu não estivesse de acordo, ia por cima dele acabando todo o meu estresse. Desesperado e sem ter o que comer, batia portas para pedir comida, fiquei magro, pensei em ir às redes sociais para chorar em público, por causa da pensão de sangue do falecido pai, que não foi resolvido pelas instâncias de direito e que nos dificultou dar continuidade aos nossos estudos.
Foi assim que me lembrei dos ensinamentos de Meishu Sama, deixado pelo meu pai; fui lendo, onde me deparai com um dos trechos que diz o seguinte: “quem lê os meus ensinamentos recebe Johrei através das vistas” o que me despertou, passei a agradecer por certas coisas e até mesmo vontade de voltar a dedicar. Desta forma, tomei a firme decisão de procurar o Núcleo de Johrei 1 de Junho onde estou. Mesmo com falhas, lutando no meu dia a dia, estou a ganhar forças para enfrentar as dificuldades. Hoje, mesmo sem trabalhar, sinto-me mais motivado a mudar de vida, no que materializei um donativo especial de gratidão.
Cinco anos depois, os meus tios apareceram e estão dispostos a ajudar-nos no desbloqueio do processo do pai, entregando a um advogado.
Um tio, irmão do meu pai, que estava muito tempo afastado de nós, visitou-nos e na conversa pediu-me que criássemos um pequeno investimento. Algum tempo depois, o mesmo veio a falecer, mas antes desta tragédia, pediu-me para ficar com as duas casas dele e ofereceu-me mais um pequeno terreno. Recusei a herança, devido a situações anteriores já vividas.
Quanto à dedicação, já não tenho problemas e nem dúvidas sobre a Divindade do Messias Meishu Sama. Faço dízimo, donativo diário, tenho a horta caseira, estou enquadrado no grupo terra e faço parte da equipa da locução.
Aprendi que, quando surge qualquer purificação, devemos saber agradecer e entregar todos os nossos problemas nas mãos de Deus e Meishu-Sama.
O meu compromisso é tornar-me membro, para salvar o maior número possível de pessoas.
Agradeço a Deus, ao Messias Meishu Sama e aos meus Antepassados, em especial aos meus pais, pela oportunidade de conhecer este caminho da salvação!
Muito obrigado!