“A Sinceridade (Makoto) das Pessoas Que Não Reconhecem A Existência…”

“A sinceridade (makoto) das pessoas que não reconhecem a existência de deus é mera forma. Só aqueles que a reconhecem, possuem verdadeira sinceridade”

Até hoje, creio que nunca houve época em que as condições sociais tenham piorado tanto. A maior prova é o rápido aumento de crimes, a superlotação dos presídios, o grande número de processos sem sentença proferida, inúmeros casos insolúveis etc. Tais factos, que vêm à tona, são apenas a ponta de um iceberg.

Gostaria de apresentar a minha experiência. Evidentemente tenho encontros com os fiéis; além disso, entro em contato com pessoas de várias camadas da sociedade.

Na medida do possível, procuro não me encontrar com pessoas que não são membros da Igreja, mas há ocasiões em que isso é inevitável. Assim sendo, naturalmente, tenho que ouvi-las e observar as suas acções. Entre elas, são muito raras aquelas em que de facto podemos confiar. Às vezes, aparecem algumas que aparentam ser pessoas de bom caráter, mas a maioria é realmente desagradável e sem graça. Mais do que isso, elas mentem de modo descarado e, sem qualquer constrangimento, deixam transparecer que estão dizendo mentiras. Durante as entrevistas, consigo perceber isso com clareza. Nessas ocasiões, o meu tormento é insuportável. No íntimo, o objectivo delas é enganar-me para simplesmente extorquir dinheiro ou bens materiais. É por isso que nos últimos tempos tenho evitado, ao máximo, o contato com esse tipo de pessoa.

Tenho a impressão de que elas acham que sou um ingénuo, nascido em berço de ouro e, por isso, desde o inicio me subestimam. Uma vez que consigo fugir habilmente dessa situação, elas ficam surpresas. Com efeito, é um facto deveras engraçado.

Frequentemente, elas se arrependem diante dessa circunstância inesperada e pensam: “Não era isso que eu esperava que acontecesse.”. De facto, são pessoas tolas. Conforme tenho dito sempre, dá vontade de dizer a elas: “Como poderei salvar a humanidade, sendo ludibriado por texugos e raposas como vocês?”. Pensem bem, se eu fosse tão ingénuo assim, não seria respeitado por milhares de pessoas e, em curto tempo, não obteria esta grande expansão. De facto, elas não conseguem enxergar essa realidade.

Pelo motivo exposto, hoje em dia, é grande o número de pessoas desse tipo. A tática utilizada por elas é extremamente ardilosa, e não podemos deixar de admirá-las. Sempre penso que, se empregassem a inteligência para a prática do bem, o seu sucesso seria extraordinário. Realmente, é lastimável. Pensando bem, torna-se claro que por tratar-se de um acto maligno é que surge esse tipo de inteligência. Como essas pessoas sabem que com boas acções não vão conseguir os seus intentos, acabam recorrendo à prática do mal. Qualificando-as com uma única palavra, podemos dizer que, superficialmente, são inteligentes, mas são verdadeiramente tolas. É interessante, pois a diferença que existe entre um membro e um não membro é enorme. Contactar com um não membro é bastante arriscado; por outro lado conviver com os fiéis é muito agradável, como se eu estivesse encontrando os meus filhos. É como a diferença entre as divindades do bem e do mal. A esse respeito, sempre penso no quanto ter ou não ter fé faz diferença. Afinal, se uma pessoa não tiver fé, chego até a pensar que ela não consegue enquadrar-se na categoria humana.

Conforme pudemos observar, devemos formar o maior numero possível de membros. Caso contrário, o futuro do Japão será realmente lamentável.

 

Jornal Hikari, nº 47. “A actual condição da sociedade”

 28 de janeiro de 1950 

O Pão Nosso de Cada Dia pág. 207

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