Victoria Cucatuca Kafaia

Chamo-me Victoria Cucatuca Kafaia, expenriencia de fenatural Lobito, residente no bairro da Caponte, sou membro e dedico como encarregada do grupo terra do Johrei Center da Caponte.

Conheci a Igreja Messiânica Mundial em 2009, por intermédio dos meus pais, movida pelo sentimento de curiosidade, pelas mudanças ocorridas em suas vidas, em tão pouco tempo de frequência e recebimento de Johrei, tornei-me membro para melhor cumprir minha missão. Como jovem, sempre achei que não tinha antepassados, sendo meus pais que os tinham, a entrega na Obra Divina seria apenas deles, e não minha. Assim dedicava simplesmente por dedicar, ministrava Johrei de vez em quando, não fazia donativos, era membro dos domingos, entrava e saia dos cultos da mesma forma porque, no final do culto não aprendia nada, tudo que me orientavam não cumpria, até que em 2016 recebemos, o responsável Manuel Domingos, que me fez mudar de pensamento, quanto a relação com nossos antepassados e com sua proposta de restruturamento da unidade. Por permissão de Deus e do Messias Meishu-Sama, passei a fazer parte do grupo jovem com objectivo de resgatar o maior numero de fiéis, quer os inactivos e os afastados, dai começamos a desempenhar inúmeras actividades com esse fim. Como resultado, a frequência aumentou, com empenho de todos, o sonho de construir e inaugurar nosso Johrei Center local, tornou-se realidade no dia 24 de Julho de 2018.

A experiência de fé que passo a relatar, para os senhores está relacionada com casos acompanhados.

De modo a dar-mos maior vivacidade, empenharmo-nos no crescimento dos fiéis, melhorar-mos a atmosfera espiritual da unidade, foi formado um grupo de jovens denominado Sol 2, de modo a colaborar no atendimento e entrevistas, aprofundar na dor e no sofrimento de cada um e passo a relatar alguns casos acompanhados tal como fiz menção acima:

  1. Após ter feito o compromisso da orientação acima, dias depois, enquanto me dirigia à igreja com intuito de participar da oração matinal, ao pegar um transporte de motorizada, o senhor que levou-me, por coincidência, já o tem feito, pelo caminho relatou seu sofrimento e no final, perguntei-lhe se pertencia a uma religião e respondeu que sim, logo desisti da ideia de convida-lo a entrar. Na semana seguinte, quando levou-me, novamente relatou seu sofrimento, disse que estava muito descontente com a situação que vivia no trabalho, é segurança de uma residência há mais de um ano e estava com os salários em atraso há oito meses, sua mulher e filhos o abandonaram, não sabia a origem de todo mal, que estava a viver, culpava a sua falecida mãe, pelo facto da mesma no passado, ter contraído uma relação em que no inicio foi obrigada, pela condição de escravos e residentes numa fazenda, em que o patrão, mais tarde começou a desenvolver paixão pela senhora e era a vida de sua família ou a relação que estava em jogo, não tendo outra alternativa, envolveu-se com o patrão passou a viver com o fazendeiro, o seu marido revoltado abandonou a fazenda com os filhos, anos mais tarde partiu para o mundo espiritual, na condição de filho mais velho, quando o padrasto faleceu, seu irmão ficou com a fazenda, no inicio tal fazenda prosperava imenso, o que lhe permitiu adquirir alguns bens, anos mais tarde, entrou em falência e viu-se forçado a se ver livre de todas as suas riquezas, sempre que se lembrava da mãe, era com muito ódio e rancor, culpando-a de todo mal, e com pouca sorte no amor pois que todas as mulheres que teve, depois de forma-las e mantê-las em uma situação financeira estável o abandonavam, levando consigo os filhos, comovida com a sua historia, convidei-o, a entrar na igreja, assistiu o Culto Matinal, no final foi recebido pelo responsável, que o fez ganhar nova consciência sobre a origem de seu sofrimento, comprometendo-se em parar de culpar a mãe, pelo seu sofrimento, e desenvolver gratidão pelos pais, começou por materializar o donativo de construção do Templo Messiânico e dedicar no banheiro. No final, da dedicação, notei que, o semblante anteriormente carregado de dor, já parecia mais alegre, saiu na promessa que voltaria mais tarde. Para minha surpresa no final do dia, veio até mim e com o valor que tinha feito das suas puxadas durante o dia, para o referido donativo, assim o fizemos, as graças não se fizeram esperar em pouco menos de 1 mês de frequência, recebeu a ligação de um amigo seu, que está disposto a ajudá-lo a tocar a fazenda sita na comuna da Canjala, ofereceu-lhe uma moto bomba para facilitar a irrigação, visto que é um dos maiores impedimentos para o funcionamento da fazenda bem como uma carrinha para apoia-lo. Os seus salários que estavam atrasados há mais de oito meses, inesperadamente seu patrão, regularizou tal situação e já começou a receber, o que permitiu que desse continuidade ao donativo do Templo Messiânico, ganhou consciência da importância do donativo diário, que o tem feito e hoje está a frequentar de forma activa. De lembrar, que ele está a fazer o donativo do Templo Messiânico em nome do pai, da mãe, do padrasto e do irmão.
  1. Outro caso, é que há duas semana, enquanto saía da visita da casa de uma fiel, onde, pudemos aprofundar no sofrimento da familia, ouvimos um a um, de regresso à casa, cerca das 22 horas, encontrei-me com uma jovem pelo caminho, que tudo indicava, que não sabia como voltar em sua casa. Perdida, estava num estado de desespero, ao se aproximar da mesma, procurei ajudá-la e no final agradeceu-me pelo gesto. Trocamos os terminais telefónicos, alguns dias depois convidou-me a visita-la, pude ouvir com mais profundidade os sofrimentos que ela estava a passar. Logo de entrada, notei que o ambiente da casa estava muito pesado, via-se teias de aranha em todos os cantos, toda desarrumada e notava-se claramente a falta de higiene, aprofundei na origem de seu sofrimento, foi quando fiquei a saber, que está em nossa província a trabalho, isto já há meses e a dois anos atrás, teve um acidente de motorizada. Por consequência do mesmo, ficou cerca de 20 dias internada, após ter recebido alta, já não era a mesma pessoa, porque sofrerá um traumatismo craniano pela pancada que apanhou, no acto do acidente, e por conta deste, ficou dois anos sem trabalhar e mensalmente tem de dirigir-se a Luanda para fazer as consultas. O que mais chamou-me atenção é que ela, não conseguia levantar sequer o rosto e fazia esforço para ver, mas não conseguia. Procurei saber como conseguia trabalhar naquele estado. Disse-me que era professora da Académia Militar e me perguntava, como uma pessoa, que mal consegue levantar o rosto diante de uma só pessoa, conseguia enfrentar uma multidão. Se alimentava somente de pão e chá, perdeu totalmente o gosto pela vida, havia vezes que nem sequer vontade de se levantar da cama tinha, foi então que lhe ministrei Johrei enquanto relatava, seu sofrimento, isto numa quinta-feira. Na sexta-feira, como temos tido aprimoramento dos jovens no período da tarde, convidei-a a participar, onde no final a mesma disse ter gostado imenso e que gostava de falar com o responsável. Durante o atendimento manifestou todo o rancor que carregava consigo pela família do pai, sendo que após a morte do mesmo sua mãe e os irmãos foram expulsos, para sobreviverem, tinham de se virar, aos poucos começou a nascer sentimento de arrependimento, recebeu muito Johrei. No final, dedicou na casa de banho, levou consigo uma flor de luz. Para o meu espanto, dia seguinte acordou bem-disposta, arrumou sua casa, não arrumava há mais de um mês e estava a preparar almoço para si. Com isto, agradeci no fundo do coração pelo despertar e a mudança que estava a se refletir na vida dela, hoje já senti necessidade de procurar uma residência maior, alegando que a mesma onde está é pequena e tenho estado a ajudá-la neste sentido. A timidez e vergonha de encarar as pessoas tem estado a diminuir aos poucos, o caso de sua transferência das Forças Armadas para a polícia que estava condicionado há mais de um ano, com as orações feitas diariamente a mesma já foi chamada no serviço, e já foi aceite sua transferência. Como gratidão está a frequentar.

Aprendi que nas dedicações devemos sempre alinhar nosso sonem ao sonem de nosso superior, que a obediência nos leva ao caminho da felicidade e a desobediência ao caminho da infelicidade.

Agradeço a Deus, ao Messias Meishu-Sama, aos meus antepassados pela permissão de poder conhecer e fazer parte desta família maravilhosa, aos meus superiores, membros e frequentadores muito obrigada.

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