Denise Alexandra da Conceição Lemos – CA Maputo/Moçambique

Chamo-me Denise Alexandra da Conceição Lemos, tenho 26 anos de idade e sou Membro da igreja, dedicante do servir. Conheci a Igreja Messiânica em 2004, através dos meus pais, que na altura começaram a frequentar a Igreja.

A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com o cumprimento das práticas básicas da Fé messiânica e a importância de seguirmos as orientações dadas pelos superiores.

Em janeiro de 2019, comecei a namorar com um jovem. A nossa relação era muito boa, entendíamo-nos muito bem, até que em março do mesmo ano descobrimos que eu estava grávida. A notícia foi como um balde de água fria para os dois, primeiro porque estávamos no início da nossa relação e segundo porque, na altura, nenhum dos dois estava a trabalhar. Ele acabava de voltar da Índia, onde fez a licenciatura, e dependíamos apenas dos nossos pequenos negócios.

No início, ele mostrou-se compreensivo e disse que me apoiaria em qualquer decisão que eu tomasse. Eu manifestei a minha vontade de manter a gravidez e expliquei-lhe que era contra a prática do aborto, porque Deus é quem nos dá e tira a vida e que não seria justo sacrificarmos uma vida pelos nossos erros. No início, ele mostrou-se disponível em apoiar a minha decisão, mas com o passar dos dias, vendo que eu estava firme na minha decisão, mostrou-se confuso e disse que achava que a melhor solução era interrompermos a gravidez, porque ele não estava preparado para ser pai e tinha medo que isso estragasse a nossa relação e o nosso futuro e uma vez que nenhum dos dois estava a trabalhar na altura, não teríamos como sustentar o nosso filho.

Foi em meio a esse sofrimento, que decidi procurar a Ministra e contei tudo o que se estava a passar. Falei-lhe sobre a minha preocupação em relação à esta situação, pelo facto de estar desempregada na altura e a decepção que isso traria para os nossos pais.

A Ministra orientou-me a agradecer e a encaminhar os sentimentos e pensamentos, entregando tudo nas mãos de Deus, explicando as consequências espirituais da prática do aborto e que um filho é uma bênção enviada por Deus e que naquele momento, não devíamos preocupar com a situação financeira, pois o Supremo Deus e o Messias Meishu-Sama estavam no comando de tudo.

Com esta orientação, fortaleci ainda mais o meu desejo de manter a gravidez, entregando todas as minhas preocupações nas mãos do Supremo Deus e Messias Meishu-Sama.

Não tardou até que dois meses após descobrir que estava grávida, consegui um emprego, com uma proposta melhor que a do sítio onde anteriormente trabalhava, graças à Deus e ao Messias Meishu-Sama.

Nessa altura, os desentendimentos entre o meu namorado e eu começaram. Mesmo contrariado, no início ele sempre fez esforço de se mostrar presente, apoiava-me no que fosse necessário e fazíamos as consultas pré-natais juntos. Até que no terceiro mês da gestação, eu comecei a pressioná-lo para que contássemos as nossas famílias o que se estava a passar, mas sempre que tocava no assunto ele chateava-se e dizia que eu estava a pressioná-lo, que era muito cedo para darmos a notícia. Entretanto, eu estava preocupada, porque o tempo ia passando e a minha barriga começava a aparecer. Nessa altura, ele decidiu conversar primeiro com a mãe dele e de seguida, conversamos com os meus pais, que apesar do choque, foram compreensivos e disseram-nos que não éramos obrigados a oficializar a relação, mas sim nos unirmos para cuidar do nosso filho e que apenas deveríamos comunicar a família sobre o sucedido, ao que concordamos. O meu namorado ficou de comunicar a família, para ir na minha casa. Entretanto, passou algum tempo sem que o meu namorado e a família se pronunciassem acerca do interesse em irem lá comunicar sobre a gravidez.

Nessa altura, nós estávamos cada vez mais distantes e cada vez que eu o abordasse sobre o assunto da família dele ir lá a casa dos meus pais, ele chateava-se e dizia que achava que nós estamos a correr com as coisas, que estávamos a  pressioná-lo para oficializar a relação e que ele não queria se precipitar. Tentei por várias vezes explicar que a minha família queria apenas que a família dele fosse lá se apresentar para dar a conhecer que também estavam a par do assunto e que uma vez que havia uma criança no meio, que nos ligava, era importante que as famílias se conhecessem. Para agravar a situação, o meu pai já cansado da situação, decidiu ligar para ele, para questionar quando é que a família dele iria para lá. Ele ficou aborrecido, ligou-me e com o mesmo argumento de que não queria fazer nada obrigado, que não queria ser pressionado, porque ele é quem iria decidir quando o encontro devesse acontecer, deixou de falar comigo por volta de 2 meses.

Durante esse período, mediante todo esse sofrimento, fui orientada pelos superiores e com o acompanhamento de dois missionários, a intensificar as minhas dedicações, participar na oração de desafio das 6h durante 30 dias, orar agradecendo pela purificação que estava a passar, nutrir sentimentos de gratidão pelo pai do meu filho, orar pela salvação dos nossos antepassados que estavam a manifestar-se através daquele sofrimento, distribuir flores e receber muito Johrei.

O irmão orientou-me a escrever num papel, todas as minhas preocupações, agradecendo e encaminhando toda a mágoa que estava a sentir, e ao mesmo tempo, colocar as os desafios que eu pretendia fazer durante 30 dias, como forma de ultrapassar aquelas dificuldades.

Cumpri com as orientações dadas, das quais das metas que tracei, consegui cumprir com a oração de desafio das 6h, todos os dias em casa e todas as quartas-feiras no Centro de Aprimoramento, participar da marcha do Johrei, distribuir flores de luz e materializar a minha gratidão pelo sofrimento que estava a passar. Certa vez, o missionário orientou-me a tomar coragem de ligar para o pai do meu filho e pedir-lhe perdão, manifestando o meu desejo de que houvesse paz entre os dois. Confesso que a ideia de ligar para o pai do meu filho não me agradava nem um pouco, pois eu achava que era uma injustiça, ter passado por aquela situação toda, e principalmente pelo facto de ele ter ficado no silêncio durante esse longo período, sem sequer procurar saber se estava tudo bem com o bebé e com as consultas. Graças à Deus e ao Messias Meishu-Sama, não precisei de contactá-lo. Nessa mesma altura, quando eu já estava no oitavo mês de gestação, para a minha surpresa, o pai do meu filho contactou-me e pediu que marcássemos um encontro para conversarmos. Na conversa que tivemos, ele desculpou-se pela ausência nesses dois meses, manifestou o interesse em fazer parte da vida do nosso filho e ajudar naquilo que precisasse e disse ainda que já havia falado com a família para ir lá assumir o filho, graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama. A família dele foi à casa dos meus pais apresentar-se para assumir o meu filho e desculpar-se pelo silêncio durante todo esse tempo.

Desde então, ele tem dado apoio, esteve presente no dia do nascimento do nosso filho. Hoje, já não estamos juntos, mas damo-nos bem, graças à Deus e ao Messias Meishu-Sama. Tudo o que queria é que estivéssemos em paz pelo bem do nosso filho.

Em 2019, na mesma altura em que estava grávida, estava na fase de conclusão do meu estágio na Ordem dos Advogados, onde fiz o primeiro exame escrito em maio, tendo sido admitida para o exame oral. Entretanto, o exame oral calhou em julho, altura do pico das purificações acima mencionadas, tendo culminado com a minha reprovação pela falta de motivação para me preparar para o mesmo naquela altura.

Já desmotivada, achei melhor voltar a concorrer para o exame só em 2020, altura em que o meu filho já estaria bem crescido, e eu já estivesse bem recuperada do pós-parto, uma vez que o exame escrito que teria de repetir realizar-se-ia em novembro de 2019, altura em que o meu filho nascera, e eu temia que calhasse numa data em que eu me estaria impossibilitada.

Em conversa com a minha mãe, ela insistiu que eu deveria me esforçar para fazer o exame. Mesmo com receio, decidi que era melhor fazer o exame naquela altura. Arrisquei e fui me inscrever para o mesmo, uma semana antes do nascimento do meu filho e fui fazer o exame duas semanas depois do parto, apesar de ainda estar com dores, uma vez que tive cesariana.

Graças à Deus e ao Messias Meishu-Sama, passei no exame escrito, tendo sido admitida ao exame oral. Desta vez, com o compromisso de me empenhar e me preparar melhor.

Solicitei ao missionário que me ajudasse na preparação, uma vez que ele é advogado. Este prontificou-se em ajudar-me, tendo sido bastante atencioso, lembrando-me para me preparar também espiritualmente.

Cumpri com as orientações dadas e empenhei-me na preparação para o exame. No dia do exame, liguei para ele uma hora antes e este orientou-me a repetir o ensinamento “O Homem depende do seu pensamento” e agradecer até a hora que fosse entrar para a sala. Graças à Deus e ao Messias Meishu-Sama, fiz o exame e correu bem, tendo sido aprovada como Advogada na Ordem dos Advogados de Moçambique.

Com esta experiência de fé, aprendi que a causa dos nossos problemas reside em nós mesmos, no apego que temos em querer resolvê-los de imediato e do nosso jeito, e que quando entregamos tudo nas mãos de Deus confiando e dedicando, conseguimos ultrapassar as purificações e que Deus e o Messias Meishu-Sama estão acima de tudo, que os Seus planos são perfeitos, como diz Meishu-Sama no ensinamento  “Entregue-se à Deus”: “..o homem de fé torna-se diferente dos demais: tão logo lhe surge um problema, lembra-se de entregá-lo a Deus. Sente-se, pois, aliviado. E no ensinamento “Aguardar o Tempo Certo”: “Sentimos que estamos diante da ocasião propícia, quando, preenchidas todas as condições, passamos a sentir um forte impulso para executar o plano imediatamente. Tudo se processará, então, com facilidade, devido ao amadurecimento do tempo. Aguardando o tempo certo, estaremos poupando esforços e todas as coisas correrão bem”. Hoje, tenho a graça de ter o meu filho, lindo e saudável, poder viver esta experiência única da maternidade e alavancar a minha carreira profissional.

Para agradecer pelas graças recebidas, fiz um donativo especial de gratidão.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus Antepassados pela força e permissão de seguir o caminho da luz e poder servir como instrumento de salvação.

Aos Ministros e demais membros e frequentadores, o meu muito obrigada à todos.

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