O Paraíso é o Mundo do Belo – 2ª parte

[…]Naturalmente, no nível individual, mesmo os homens devem procurar manter a beleza, a m de causar uma impressão positiva junto às pessoas. As mulheres, principalmente, devem buscar deixar tudo mais belo. Talvez seja indiscrição da minha parte, mas essa é a realidade. É importante ter atenção quanto à limpeza dos aposentos da casa, varrendo-os de modo que permaneçam bem limpos, tendo especial cuidado para não haver teias de aranha no tecto. Da mesma forma, precisam deixar tudo devidamente organizado ou guardar o que seja desagradável à vista. Assim, não só́ os familiares como também as visitas se sentirão bem, fazendo com que surja, naturalmente, o respeito. Dessa maneira, aumentará igualmente o conceito do chefe da família.

Devemos, ainda, cuidar do aspecto externo das residências. Para isso, não há́ necessidade de despender muito dinheiro, pois se procurarmos conservar nossa casa sempre limpa e com boa aparência, não só́ causaremos uma sensação agradável aos transeuntes como também influenciaremos positivamente o turismo nacional. A esse respeito, soube que, na Suíça, o que talvez se justifique em parte pela sua pequena área, tanto as ruas como as praças públicas são mantidas limpas e, por essa razão, a sensação que se tem é realmente aprazível. Este é um dos grandes motivos pelos quais este país recebe tantos turistas; portanto, ele nos serve como uma boa referência e exemplo.

As razões expostas mostram que nós, japoneses, devemos cultivar amplamente o senso do belo. Assim, exerceremos uma inesperada e boa influência não só́ no plano individual, mas também em nível local e até nacional. Além do mais, por meio dessa atmosfera de beleza, os sentimentos dos cidadãos também se tornarão belos, e creio que, com isso, os crimes e os acontecimentos desagradáveis diminuirão significativamente, o que se constituirá́, consequentemente, um dos factores determinantes para a concretização do Paraíso Terrestre.

Para finalizar, escreverei a meu respeito. Desde jovem, eu gostava de tudo o que dissesse respeito ao belo. Embora fosse muito pobre, cultivava ores em pequenos espaços e, quando dispunha de tempo, pintava quadros. Sempre que me era possível, visitava museus e exposições. Na primavera, apreciava as flores; no outono, as folhas coloridas das árvores. Agora, pela graça de Deus, minha vida é mais afortunada.

Portanto, poder apreciar o belo livremente constitui uma contribuição para a realização das atividades da Obra Divina. Desconhecendo esse facto é inevitável que terceiros achem que levo uma vida luxuosa. Desde tempos antigos, os fundadores de religiões faziam a divulgação das doutrinas, vivendo na pobreza e realizando penitências. Quando me comparam a eles, talvez achem minha forma de agir bastante estranha, pelas diferenças observadas.

A verdade é que aquela época era o mundo da noite, e as religiões expandiam a fé́, mesmo estando no inferno. Finalmente, chegou a época de transição, ou seja, o momento actual está se transformando no mundo do dia e, contrariamente, a salvação pode se dar quando vivemos no Paraíso. É necessário, pois, pensar profundamente a esse respeito.

Para encerrar, desejo falar a respeito do comunismo. Dizem que seu objetivo é a construção do Paraíso, mas além dos demais aspectos, a concepção do belo de seus militantes é muito escassa. Portanto, enquanto o comunismo não agregar o belo, ele Não se tornará um sistema verdadeiro.

Jornal Eiko no 112, 11 de julho de 1951

Alicerce do Paraíso vol. 5

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