Ana Paula Pangaia Tamele – CA Maputo – Moçambique

Chamo-me Ana Paula Pangaia Tamele, tenho 35 anos de idade, sou Membro da igreja e dedico no Centro de Aprimoramento de Maputo, especificamente no Sanguetsu, como Professora de ikebana e na Secretaria.

Conheci a Igreja Messiânica em 2004, na África do Sul, por intermédio de uma tia, Membro da igreja.

O motivo que me levou a conhecer a igreja foi a doença de que padecia a minha mãe e foi então que a minha família e eu tivemos o primeiro contacto com o Johrei. Apesar de receber um mês de Johrei intensivo e vigílias no hospital, a minha mãe acabou por partir para o mundo espiritual, o que inicialmente deixou-me bastante abalada. Por outro lado, alguns meses após o funeral, conversando com a Ministra, apercebi-me que já não tinha mais crises de Epilepsia, doença esta que me atormentava há 18 anos, chegando, por vezes, a ter 6 a 7 crises diariamente.

Nasceu em mim, naquele momento, tanta gratidão ao Supremo Deus e Messias Meishu-Sama, que sem hesitar, tomei a firme decisão de doar a minha vida à Obra do Messias Meishu-Sama e tornei-me Membro da igreja em Janeiro de 2005, junto com os meus irmãos. Desde então, fui me empenhando no encaminhamento e formação de Membros na África do Sul e, em 2012, ganhei a permissão de me tornar Professora de ikebana.

A experiência de fé que passo a relatar está relacionada com a importância do desapego e alinhamento do Sonen para peregrinar aos Solos Sagrados.

Em Novembro de 2015, eu casei-me pelo civil e desde então, o desejo de ser mãe tornou-se ainda mais forte. Alguns anos se passaram e eu não conseguia conceber, motivo pelo qual, o desejo de ser mãe transformou-se em apego, tanto é que já comprava roupa pensando no dia em que concebesse.

A cada alarme falso que viesse, eu sentia-me muito triste e desapontada, o que veio a piorar quando meses depois, eu tive um atraso menstrual que durou cerca de 13 dias, mas ao fazer o teste, deu negativo, motivo pelo qual, mais uma vez, caí numa profunda tristeza. Até que, certo dia, o nosso Vice-Presidente, chamou-me para ministrar-me Johrei e ele, como se adivinhasse o que me estava a acontecer, perguntou como eu estava de saúde e como me sentia pelo facto de ainda não ter concebido. Sem hesitar, abri-me e falei-lhe da tristeza que sentia e após escutar atentamente, ele orientou-me a desapegar e encaminhar aquele sofrimento aos cuidados do Supremo Deus e do Messias Meishu-Sama. Foi então que eu entendi o quão apegada eu estava à situação e, conforme orientada, encaminhei tudo ao Messias Meishu-Sama. Assim, senti-me tão leve e começou a brotar em mim o sentimento de gratidão. Consegui desapegar-me da situação e doei todas as roupas que havia comprado para a maternidade.

Até que, em 2018, algo me dizia que devia me esforçar para peregrinar. Falei com o meu esposo à respeito, mas ele mostrou-se um tanto ou quanto relutante devido ao facto de termos algumas despesas em vista, uma das quais, a inseminação artificial que já estávamos a considerar a hipótese de fazer.

Foi então, que certo dia, o nosso Vice-Presidente, em conversa com o meu esposo, orientou-lhe sobre a importância de peregrinar ao Solo Sagrado e o meu esposo tomou a decisão de cumprir. Assim, fizemos a inscrição para a peregrinação ao Solo Sagrado de Guarapiranga (Brasil) e iniciamos todos os preparativos necessários para tal. Fomo-nos empenhando também na nossa dedicação e tivemos a permissão de formar um grupo de dedicação na nossa zona de residência, grupo este composto por mais de 10 pessoas. Fomos de casa em casa para distribuir flores, ministrar Johrei e falar sobre a igreja às pessoas na nossa zona de residência.

Os dias para a peregrinação foram se aproximando e apercebi-me que estava com 12 dias de atraso menstrual. De início, não dei muita importância, uma vez que já tinha vivenciado uma situação semelhante e como não me queria decepcionar novamente, decidi não fazer o teste. Os dias foram passando e ao contrário do que pensava, o atraso continuava. Uma vez que faltavam apenas 4 dias para a viagem ao Solo Sagrado, decidi fazer o teste, apenas como tira-teimas, pois eu acreditava piamente que se tratava de mais um alarme falso. Comprei o teste de farmácia e qual não foi a minha surpresa ao constactar que o teste deu positivo.

Fiquei tão surpresa e emocionada, que fiquei trémula durante quase uma hora, de tanta alegria que sentia.

Chegando à casa no fim do dia, dei a notícia ao meu marido e ambos desatamos a chorar de tanta alegria.

Chegado o dia, seguimos em viagem ao Solo Sagrado de Guarapiranga, onde, junto com o meu esposo, fiz oração no altar do Templo e materializamos um donativo preparado especialmente para agradecer por esta grande permissão.

Com esta experiência de fé, aprendi que muitas das vezes o que impede que os nossos desejos se tornem realidade, além das nossas máculas espirituais, é o nosso apego. Á partir do momento em que desapegamos de tudo, focando-nos apenas na dedicação e nos esforçando em peregrinar aos Solos Sagrados, naturalmente, o nosso desejo, cedo ou tarde, se concretiza.

O meu compromisso é de continuar a servir a Obra Divina e encaminhar o maior número possível de pessoas ao caminho da salvação.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus Antepassados pela permissão de servir a Obra Divina, junto com os meus Antepassados.

Aos Ministros, Missionários e fiéis em geral, o meu mais profundo agradecimento.

Muito obrigada!

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