Celina Maria da Fonseca Neto – CA Quilombo/São Tomé e Príncipe_POR

Chamo-me Celina Maria da Fonseca Neto. Sou membro, resido em Vila Fernanda e dedico na unidade acima citada.

Conheci a Igreja Messiânica Mundial de S. Tomé e Príncipe em 27 de Julho do ano 2006, encaminhada pelo irmão Diogo João da Cruz Lima, missionário desta instituição religiosa.

Os meus problemas eram: diabetes, infecção nos rins, hipertensão arterial, nervoso, mau funcionamento do coração e insónia. Esses sofrimentos duraram aproximadamente 5 anos.

Para solução dessas enfermidades, recorri à medicina, onde fui submetida às consultas, análises clínicas, e tratamentos diversos. Como tudo se mantinha na mesma, decidi recorrer a curandeiros e passei por 21casas, onde fui submetida a vários tratamentos tradicionais tais como: banho de folhas, chás de ervas e outros. Tinha um defensor e protector do quintal cujo compromisso era acender 2 velas às segundas e sextas-feiras, com uma tocha de óleo de palma.

Apesar de cumprir essas orientações na íntegra, a situação não melhorava.

Fui também a casa de um curandeiro bastante famoso que tinha chegado recentemente do Gabão. Nos seus truques de magia, disse ao meu filho que o meu problema já não tinha solução, pois o meu espírito já estava muito fraco e em breve partiria para o mundo espiritual.

Disse também que assim que eu partisse, meu filho teria que lhe comunicar.

Foi nesse estado que o irmão Diogo, compadecendo-se com minha dor, convidou-me a frequentar a igreja. Nesse mesmo dia ele fez oração em minha casa, colocou flor natural em todos os compartimentos, ministrou-me Johrei e no dia seguinte trouxe-me à igreja.

Fui recebida pelo plantonista que me ouviu atentamente e orientou-me a receber muito Johrei diariamente durante 2 meses, mantendo a flor de luz em casa. Como estava à procura de salvação, cumpri essas orientações sem dificuldades durante os 2 meses. Nesse período purifiquei bastante, mas, não vacilei porque tive sempre apoio dos membros que me assistiam com o Johrei. Vencida essa fase de purificação, tudo que vinha sentindo amenizou-se e minha saúde começou a restabelecer-se. Com esse milagre despertei e materializei o meu donativo de agradecimento pelas primeiras graças e de outorga no limite máximo e fui outorgada no mesmo ano.

A experiência de fé que venho compartilhar com os irmãos, está relacionada com acompanhamento e graças.

No mês de Janeiro do ano corrente, fomos agraciados com a visita do presidente da Igreja Messiânica Mundial de África.

No aprimoramento realizado na Sede Central em Palmar no dia 12 desse mês, o presidente orientou-nos a praticar diariamente o Johrei na família através da marcha de Johrei e fazermos a leitura dos ensinamentos no lar. Iniciei a dedicação e meses depois foi decretado o estado de emergência pública acompanhado de medidas de contingência para o combate à pandemia de coronavírus. Estando em casa, continuei a aprofundar nessa dedicação e passei a reunir em minha casas familiares e vizinhos que diariamente participavam na marcha de Johrei.

Duas semanas depois, o meu filho que era frequentador, do nada revoltou-se contra mim. A minha filha entrou em contenda com um dos filhos do vizinho, gerando assim conflitos que me deixaram envergonhada, triste e preocupada com a continuidade da dedicação. Felizmente, ao relatar o sucedido ao meu superior, este me fez entender que ao entrar luz na família naturalmente surge a purificação! Ouvindo isso, reafirmei o meu compromisso agradecendo pela purificação e dando continuidade no cumprimento da orientação. Para minha surpresa, 2 dias depois, os vizinhos que participavam das marchas de Johrei, apareceram acompanhados de novas pessoas para receberem Johrei!

 

Decorridos dois meses dessa dedicação e após a purificação, apareceu no meu quintal uma senhora de aproximadamente 28 anos de idade, natural da ilha irmã do Príncipe com um bebé no colo. Ela relatou que o seu filho carrega desde seu nascimento, uma doença desconhecida e mesmo com 2 anos ele só fica deitado, a sua cabeça não fica direita, as mãos ficam dobradas. Enfim, um conjunto de sofrimentos para ambos. Mesmo recorrendo ao hospital e submetido a diversos exames, até então os médicos não descobriram nada sobre a doença. Ao longo desses anos, por várias vezes se tentou através de junta médica a evacuação do menino para tratamento no exterior, mas, nada deu certo. Recorrendo às casas dos curandeiros, após as suas adivinhas, um disse que o bebé estava com todos os ossos do seu corpo quebrados e que tinha “dêvê” (dívida espiritual). Era só pagar o “dêvê” que ele ficaria melhor. Mesmo depois de tudo isso, o estado de saúde da criança mantinha-se na mesma.

Por ironia do destino, nesse momento encontra-se em São Tomé vivendo em casa de sua cunhada que é uma das vizinhas que ia receber Johrei em minha casa.

Depois de ouvir o seu relato, convidei a mesma a irmos ao meu altar do lar, oramos juntas e ministrei Johrei em ambos durante uma hora. A partir desse dia, ela se tornou minha frequentadora que diariamente participa da marcha de Johrei em minha casa durante a fase de confinamento domiciliar. É de realçar que no dia 14 de Junho dedicamos juntas na confecção de ikebanas. Ela levou uma e ofereceu a sua cunhada. Três dias depois, ela entrou em conflito com a cunhada e esta acabou por expulsá-la de casa e não tendo onde ir, tive que ampará-la. Fomos ao altar orar e agradecer com um donativo por essa purificação e entregamos tudo nas mãos de Deus e Meishu-Sama. Actualmente, ela reside comigo, o que tem permitido fazer um melhor acompanhamento. A criança já está tendo força para pôr-se de pé, a cabeça já se endireitou, ou seja o seu aspecto físico melhorou consideravelmente. A mãe foi contactada para comparecer no sector da junta médica com urgência a fim de providenciar os detalhes para evacuação do bebé para Portugal, de forma a ser submetido ao tratamento médico adequado.

 

Tenho um neto que saiu das minhas mãos ainda bebé, com apenas 1 ano e meio de vida, para um orfanato (Cáritas de S.Tomé) e foi adotado por um casal santomense aos 2 anos. Durante mais de 20 anos, perdi completamente a noção de onde estava o meu neto. Pensava que lhe havia perdido para sempre, pois pela informação que tive na altura, ele tinha sido levado para o exterior do país.

No dia 19 do mês de Junho deste ano, ao sair do Centro de Aprimoramento do Quilombo, depois de cumprir a minha tarefa e de regresso à casa, encontrei-me com a senhora directora da Cáritas STP, que me abordou dizendo: “Senhora Celina, sabe que o seu neto esta cá em S.Tomé?” Espantada, respondi: “Neto?!” A directora retorquiu: “Sim. Seu neto. Um menino que o pai havia entregue a Cáritas e  foi adotado por um casal com 2 anos de idade! ” Aí veio-me a recordação desse triste episódio que envolveu a minha falecida filha que deu à luz a um bebé e por razões que desconheço tentava sempre atirá-lo para o lixo. Eu recolhia o menino, mas, ela revolta vá-se e tirava-o das minhas mãos novamente para colocá-lo no lixo. Esse episódio aconteceu várias vezes seguidas, até que o pai da criança decidiu entregá-la aos cuidados da Cáritas de São Tomé, uma organização filantrópica, com apenas 1ano e meio de idade. Depois desse retorno ao passado, com lágrimas nos olhos disse a directora: “Sim, quero vê-lo senhora directora!”.

Como na altura a mesma não dispunha de tempo para ir buscá-lo, pegou o meu contacto telefónico a fim de marcar nosso encontro num dia a combinar e despedimo-nos com esse compromisso.

Por vontade de Deus e Meishu-Sama, no dia 1 de Julho, o rapaz apareceu no sector de trabalho da senhora Directora e ela convidou-me a ir ao encontro do meu neto, que actualmente tem 23 anos de idade. Ao chegar perto dele, já feito homem, senti um forte sentimento de gratidão ao Messias Meishu-Sama e lágrimas banharam o meu rosto! Apesar de, inicialmente não reconhecer esse sangue do meu sangue perante mim. Abraçamo-nos e em seguida convidei-o a vir junto comigo ao Centro de Aprimoramento com o objectivo de orar para agradecer esse momento. Materializei um donativo para agradecer ao Supremo Deus e Meishu-Sama e conduzi o meu neto para minha casa a fim de conhecer os outros membros da família. No dia seguinte, levei o mesmo para conhecer a sua família paterna. Actualmente ele vive em minha casa, é frequentador e acompanha-me nas minhas dedicações.

Aprendi que quando recebemos uma orientação, precisamos colocá-la na prática mesmo não entendendo, pois ela é a chave que abre as portas para merecermos as graças de Deus.

O meu compromisso é de aprofundar cada vez mais no servir na Obra Divina e participar na Construção do Paraíso Terrestre e Salvação da Humanidade, centralizado na fé que se liga ao Messias Meishu-Sama.

Agradeço ao Supremo Deus, Messias Meishu-Sama e meus Antepassados pela permissão que me concederam de conhecer este maravilhoso caminho da salvação!

A todos que escutaram o meu relato de fé, os meus sinceros agradecimentos!

Muito obrigada!

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