Eu e a Igreja Messiânica Mundial – 1ª Parte

A nossa religião é completamente diferente das outras que existiram até hoje, e quem nela ingressar entenderá por quê. Contudo, em que aspecto ela difere das demais? No momento, ainda não posso dar todos os detalhes dessa questão, mas falarei em linhas gerais.

Em primeiro lugar, observando atentamente as religiões que existiram até hoje, parece-nos que elas se classificam em dois tipos. No primeiro, nem caberia o nome “religião”, de tão simples que ela é. Em suma, é uma fé passiva. Esse tipo consiste em ir de vez em quando ao templo, receber amuletos, queimar incenso, ver a sorte e, se a pessoa tiver posses, mandar executar músicas sacras, fazer doações e oferendas e voltar para casa agradecida, sentindo-se leve e em paz. É uma fé popular, constatada habitualmente na devoção às divindades. Esse tipo de fé não deixa de ser uma religião, pois, no fundo, possui normalmente uma estrutura religiosa.

O outro tipo poderia ser chamado de fé legítima. Nela se faz o registro de todos os fiéis, havendo administradores, sacerdotes e divulgadores que se dedicam profissionalmente às actividades religiosas. Constitui, portanto, genuinamente, uma religião. Diferentemente do que ocorre na fé passiva, aqui os fiéis agem com seriedade e, quando se aprofundam, dedicam-se, de corpo e alma, às suas actividades. Entre essas religiões, evidentemente, existem as novas e as antigas. As antigas, geralmente, são pouco actuantes e tendem à estagnação devido, talvez, à mudança dos tempos; segundo dizem, algumas, só a muito custo, conseguem manter sua actual situação. As novas foram fundadas entre a fase final do xogunato Tokugawa e o início do Período Meiji (1867–1912) e são as que apresentam maior actividade e progresso. Grande parte delas são ramificações do xintoísmo. No budismo, apenas uma parte da Nitchiren está em plena actividade, e as demais apresentam pouco vigor.

Numa rápida observação, notamos que as religiões tradicionais apresentam formas variadas; mas, no geral, elas divulgam e pregam o espírito que norteou a sua constituição e os ensinamentos de seu fundador, que são seus alicerces. Quanto aos fiéis, é natural que eles ofereçam a sua dedicação sincera em agradecimento pelas protecções constantes que recebem de Deus. Apesar disso, não se pode generalizar, pois existem diferentes níveis de fervor na fé.

Concordamos plenamente que todas as religiões têm como objectivo a concretização de um mundo melhor na tentativa de satisfazer o ser humano em seu desejo de alcançar a felicidade. A maioria, contudo, toma como principal factor o lado espiritual, demonstrando pouco interesse pelas graças recebidas nesta vida.

25 de novembro de 1950

Alicerce do Paraíso vol. 1

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