Chamo-me Gervásia Marcela Machava, sou membro da Igreja há 14 anos e estou ligada a Rede da Salvação Alegria, do Grupo Terra.
Conheci a Igreja Messiânica Mundial de Moçambique em Junho de 2004, por intermédio da minha irmã Ana Paula Chissano, Missionária da Igreja.
A experiência de fé que passo a relatar está relacionada com a importância de manter o Sonen correcto, manter o sentimento de Gratidão em qualquer circunstância e a debruçar na dor e no sofrimento das outras pessoas.
Em 2016 tomei a decisão de arrendar uma casa na Cidade de Maputo, que permitisse a mim e aos meus filhos deslocarmo-nos para o trabalho e para a escola, respectivamente, sem que dependêssemos de transporte, e consegui.
A referida casa localizava-se ao lado da escola dos meninos, que nem sequer precisavam de atravessar a estrada, e também estava a uns 10 minutos do meu serviço.
No entanto, com o andar do tempo começaram a se revelar os problemas de estrutura da casa, principalmente na tubagem de água, o que provocava infiltração em vários pontos da casa. Algumas paredes ficavam húmidas, fazendo com que a tinta começasse a se descascar. Por conta desta situação, a pintura da casa deveria ser feita com muita regularidade e em espaços de tempo muito curtos, o que também implicava um grande investimento.
Eu reportava estes aspectos à dona da casa, mas percebi que ela não mostrava muito interesse e disponibilidade para realizar as obras profundas de estrutura que a casa precisava.
Eu comecei a lamuriar muito por causa do aspecto da casa e ainda os gastos a que era obrigada a fazer para manter as condições mínimas.
No entanto, às quintas-feiras dedicava com a Rede da Salvação na marcha nas casas do Bairro da Mafala. Trata-se de um bairro com um grande número de habitantes que vivem em condições muito precárias e com problemas graves de saneamento, sendo que, tal situação torna-se mais penosa nos dias de chuva, onde a água dos esgotos e drenagens mistura-se com a água da chuva e invade os quintais das casas.
À medida que dedicava nas casas e a vivenciar as condições de vida das pessoas a quem acompanhava, comecei a perceber que na verdade eu vivia em condições muito melhores. E às vezes dava vontade de chorar ao visitar casas da Mafalala com os seus quintais alagados e a ver o esforço daquelas famílias até para conseguirem algo para comer.
Esta situação fez com que eu reflectisse muito e parasse de lamuriar, começando a agradecer a Deus e ao Messias Meishu-Sama pela casa aonde vivia.
Por outro lado, quando passei a viver na referida casa, recebi a orientação de receber o Altar do Lar e, efectivamente, comecei a fazer o donativo para o efeito.
No entanto, quando comecei a lamuriar por conta dos problemas de estrutura, parei de fazer o donativo para recebimento do Altar pois quando olhava para a casa não conseguia encontrar uma parede digna para o efeito.
Nos finais do ano passado, certo dia a Ministra perguntou-me sobre o meu donativo para o Altar e eu expliquei que decidi parar pelos motivos acima mencionadas e que só receberia o Altar do Lar quando me mudasse para a minha própria casa que está ainda em construção.
Mas a Ministra orientou-me a dar continuidade com o donativo e que tudo aconteceria de acordo com a Vontade de Deus.
Obedeci a orientação recebida e voltei a fazer o donativo para receber o Altar do Lar.
Logo após ter retomado o donativo, a dona da casa ligou-me e disse que pretendia falar comigo. No dia marcado ela informou-me que estava a precisar da casa e deu-me um prazo máximo de 4 meses para que eu procurasse outra casa para morar.
Agradeci pela situação e entendi logo que era um sinal de Deus.
Comecei a procurar outra casa para morar e, passado apenas um mês, consegui encontrar uma casa maior, com condições de segurança, reabilitada, ou seja, com condições de receber o Altar do Lar, a um preço mais baixo do que a anterior e localizada a apenas 5 minutos da Sede Central.
Assim sendo, no fim do mês de Fevereiro fiz a mudança para a nova casa.
Fiquei muito feliz e agradecida por esta graça pois todas as quartas-feiras eu tenho o compromisso pessoal de participar da marcha da oração das 6h na Sede Central, antes de ir para o trabalho. E para honrar com este compromisso, nas quartas-feiras eu acordava às 4:30h e saía de casa, na Cidade, às 5h para a Sede Central onde fica apenas 30 minutos na marcha da oração e depois voltava para Cidade directo para o meu serviço. E agora fica tudo facilitado.
Com esta experiência aprendi que devemos manter sempre o coração agradecido por tudo o que Deus nos dá e sermos obedientes nas orientações recebidas pois, enquanto eu me mantinha a lamuriar por conta das condições da casa em que vivia eu não ganhava a permissão de ter algo melhor.
Aprendi também que tudo acontece no tempo de Deus e a nós apenas cabe cumprir com as orientações recebidas.
Agradeço ao Supremo Deus e ao Messias Meishu-Sama pela permissão de ter vivenciado mais uma experiência de fé na minha vida.
Aos Ministros, Missionários, Membros e Frequentadores, o meu sincero agradecimento.
Muito obrigada!