Valson Vila Nova – IMM – São Tomé e Príncipe

Chamo-me Valson dos Ramos Vila Nova, tenho 27 anos de idade. Moro no Bairro de Apelação, conselho Dolores, Lisboa – Portugal e sou membro há 13 anos.

Quando tornei-me membro desta instituição religiosa, abracei as dedicações de corpo e alma. O meu forte era assistência religiosa nas casas e cuidava em média de 5 casas e 7 pessoas. Com esta dedicação granjeei muitas amizades mas, com o passar do tempo, sem motivo aparente, deixei de frequentar a igreja e pendurei o Ohikari que havia caído e precisava ser reconsagrado. Com essa atitude, tornei-me insolente, mal criado e desobedecia aos meus pais ao ponto de desejar que eles aceitassem que eu fizesse as minhas vontades. Como isso não era possível, achava que eles não gostavam de mim e essa situação transformou a nossa casa num inferno.

Vivemos nessa situação durante 12 meses aproximadamente, até que no dia 02 de Novembro de 2011, sem saber porquê, decidi voltar a frequentar a igreja. No dia 05 do mesmo mês participei na marcha das hortas caseiras e tomei a firme decisão de reconsagrar o meu sagrado Ohikari no dia 09, para cumprir a minha missão. Na véspera desse dia, aconteceu o imprevisível que passo a relatar:

Na tarde do dia 8, peguei na moto de um amigo e fui dar uma volta. Após percorrer um quilómetro, ao tentar desviar de uma poça de água na estrada, o outro motociclista que vinha no sentido contrário também fez o mesmo, o que originou uma colisão entre as duas motos. Como estávamos a uma certa velocidade, fui cuspido da moto e a minha cabeça ia como uma flecha para espetar no asfalto. Mas de repente, ainda no ar, o fio do meu Ohikari arrebentou e em seguida senti que alguém me rodava no ar para que a minha cabeça não batesse no chão. Tive sensação do meu espírito ter abandonado o meu corpo e bati com a cara no chão. Depois daquele momento, perdi noção do que era feito ao meu corpo e como num sonho, vi duas pessoas se aproximarem de mim. Uma era minha avó paterna e outra parecia ser minha avó materna. Enquanto eu procurava saber quem era, ao mesmo tempo insistia com a minha avó paterna que eu queria ir com ela. Ela, sempre me negando dizendo que não. Em meio a essa negação da minha avó, sentia  a presença da minha mãe na pessoa de uma delas, que não conseguia identificar claramente. No meio  desse dilema, dei um grito e o meu espírito voltou para o lugar donde partira. Comecei a sentir muitas dores no corpo e também na cabeça e nesse momento percebi que estava no hospital.

Após alguns dias sob cuidados médicos, o profissional que me acompanhou quis saber de que me alimentava para ter tanto sangue, pois, em condições normais, eu deveria receber sangue. Doze dias depois, tive alta e fui para casa. Recebi visitas de alguns amigos mais velhos que me aconselharam a ir ao curandeiro alegando que o sucedido foi feitiço que fizeram para os meus pais e eu é que fui apanhado. Em resposta a tal conselho, agradeci e lhes disse que iria pensar no caso.

Muita gente ficou admirada por eu esta vivo e sem nenhuma fractura. Essas pessoas têm razão, pois eu mesmo me pergunto: “Quem me protegeu nesse acidente? O que me rodou no ar, para não espetar com a cabeça no asfalto? Quem rompeu o cordão do meu Sagrado Ohikari quando o meu corpo ainda estava no ar? Quem devolveu o meu espírito com a chegada da minha mãe?”. Não tenho respostas para estas perguntas, mas pude aprender que Deus salva e protege aqueles que lhes são úteis a qualquer custo. Acredito que, por ter acumulado algum mérito, recebi a protecção de Deus e Meishu-Sama através da actuação dos meus ancestrais e antepassados.

A experiência de fé que venho compartilhar com os irmãos está relacionada com o ensinamento de Messias Meishu-Sama que diz o seguinte: «Para percorrer com segurança o caminho das Trevas é preciso ter a palavra de Deus como guia e a fé como bengala»

Viajei para Portugal em Novembro de 2012, a fim de dar continuidade aos meus estudos. Na escola onde fui estudar, encontrei um santomense chamado Mário Cravid, por sinal também messiânico, cujos pais (João Cravid e Antónia Pinto) também são membros da nossa Igreja. Ao conhecer o Mário, ele me ofereceu um livro de ensinamento do Messias Meishu Sama. «NOVOS TEMPOS».

Após receber o livro, comecei a fazer leitura do mesmo todos os dias de 15 à 30 minutos e a praticar auto ministração do Johrei . Além disso,  nunca faltava flor no meu aposento.

Como o meu maior desejo era ministrar Johrei às pessoas desconhecidas, esse sentimento era tão forte que o Messias Meishu-Sama me apresentou uma portuguesa a quem ministrei Johrei conforme desejava. Essa portuguesa fez-me conhecer novas pessoas e me ajudou muito nos momentos críticos da minha vida. Como trabalhava e estudava, o lado financeiro foi apertando, muitas vezes essa senhora é que me dava de comer e também me arranjava flores para colocar em casa e também oferecia às outras pessoas em forma de arranjo.

Outro desejo forte era localizar a igreja. Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama, isso se concretizou através de uma membro santomense que se encontrava em Portugal de junta médica, através da minha prima que me deu seu endereço e no dia marcado ela levou-me a igreja em Coimbra. Posto ali, participei do culto e materializei os donativos que guardava em casa. Depois, fui encaminhado à unidade em Lisboa onde passei a dedicar.

Durante a minha formação, apesar de várias dificuldades que encontrava, o Messias Meishu-Sama fez de mim um bom aluno. Porque no final do curso, eu tinha que defender a tese, mas como não dispunha de um bom computador, por várias vezes já com o trabalho quase concluído, via esse esforço todo desfeito. O vírus limpava todo trabalho, mas sempre conseguia obter bons resultados. Acreditando que era purificação, não desmoralizava porque a leitura dos ensinamentos e oração era a minha bengala e dava-me confiança no futuro.

É de realçar que, como o dia de apresentação da defesa de tese, estava se aproximando, numa noite, orei e disse: “Messias Meishu-Sama, por favor, se for sua vontade que eu termine o curso, permita-me uma defesa mais simples porque o computador está-me causando problemas. Naquela noite dormi tranquilamente. No dia seguinte, fui a escola, milagrosamente recebi um computador novo ofertado pela escola.

Mesmo cansado pelo esforço laboral, mergulhei-me na preparação da defesa de tese, e como era o meu hábito fazer orações antes de mergulhar nessa preparação, havia dias que não conseguia orar e dizia ao Messias Meishu-Sama: “Por favor, eu não consigo orar, estou muito cansado, me dê forças! ”.

Quando terminei  o trabalho feito pelo Messias Meishu-Sama através de mim e apresentei à professora que orientava-me, ela olhou-o e disse: “Esse é o melhor trabalho que já acompanhei ao longo da minha carreira como professora e orientadora! ”.

No dia de defesa da tese, confesso que não estava preparado para defender. Muito assustado, diante de 5 professores e mais 3 júris que desconheço, me senti muito pequeno perante eles. Atrapalhado e desorientado, não consegui explicar o trabalho feito por mim. De repente um dos professores em voz alta disse: “Valson, isso não é você!? Eu te conheço. Seja você mesmo! “. Ao ouvir isso, virei ligeiramente as costas para a platéia dos juízes e em fracção de segundos disse:” Messias Meishu-Sama, me utilize como seu representante! “. Depois disso, fiz uma defesa de trabalho brilhante. Assim, terminei o meu curso de informática.

Já com diploma na mão, saí a procura de emprego mas não conseguia. Nisso tive uma intuição: ” Está a faltar dedicação!”. Mas, para dedicar eu tinha que deslocar-me até Coimbra. Sem dinheiro, como pagar o transporte para lá chegar e voltar?

Orei e disse: “Messias Meishu-Sama, não tenho dinheiro mas, preciso chegar à igreja!”.

Faltando uma semana para o culto mensal de Gratidão, um dos meus primos ofertou-me um passe e com isso, ia à igreja sem nenhum problema. Foi um alívio.

Embora passando por dificuldades, era muito fiel nos donativos. Tracei a meta de ministrar 50 johrei até o culto Mensal para salvação dos meus antepassados presos na doença, pobreza e conflito.

No dia do culto mensal de gratidão, fiz o dízimo, mas esquecendo do donativo de gratidão. Por conta disso quando saía da igreja para casa, começava a chover. Voltava outra vez para a igreja, sentava para ministrar Johrei e a chuva parava. Quando preparava para ir para casa, voltava a chover. Essa situação repetiu mais de duas vezes.

Quando materializei o donativo de gratidão, saí da igreja e não voltou a chover. Logo na saída da igreja, ganhei um guarda-chuva e uma oferta de emprego. Não era emprego da minha conveniência, mas um emprego que o Messias Meishu-Sama me proporcionou. Aceitei de coração e fui trabalhar na obra.

Trabalhei um ano e meio e depois voltei ao desemprego. Embora desempregado, continuei a fazer formações no ramo de informática. E foi na área de informática ligada à construção civil que fui bem enquadrado.

Graças a Deus e ao Messias Meishu-Sama, actualmente estou formado nos seguintes ramos: Técnico de Informática de Gestão e Contabilidade, Rede e Sistema Informático e finalmente Técnico de Refrigeração e Climatização do Nível 3, última etapa para receber o título de Engenheiro Informático.

Actualmente tenho nacionalidade portuguesa, estou empregado há mais de 3 anos, tenho meu transporte pessoal e outro da empresa ao meu cuidado e uma casa financiada pelo estado português.

A minha irmã que há um ano e meio estava a estudar, já está num estágio remunerado. No espaço de 3 meses, consegui todos os documentos necessários que lhe dá toda liberdade de residir no território português. Brevemente, irá receber apoio do estado português.

Quando pensei em regressar ao país, disse a minha esposa o seguinte: “Brevemente estarei de férias em S. Tomé. Vou passear e repousar bastante.” Subitamente fiquei gripado e isso nos deixou muito preocupados. E como se não bastasse, um dos nossos meninos na escola em que estudava, foi detectado que tinha COVID 19 e o serviço de saúde orientou que da nossa casa ninguém poderia sair.

Contei o sucedido à minha mãe e ela me orientou que eu mudasse o sonen de vir passear e descansar e sim vir a S. Tomé para participar na construção do Protótipo do paraíso Terrestre na Sede Central de Palmar em STP.

Obviamente, fui ao altar e fiz conforme a orientação da minha mãe. Com essa mudança de pensamento, a gripe passou e liguei à Agência de viagem contando o sucedido a respeito do meu filho. Disseram-me que só não poderia viajar caso fizesse o teste e o mesmo acusasse que estou infectado. Caso contrário não há nada que me impedisse de viajar.

Graças a Deus e Messias Meishu-Sama, fiz o teste e como foi negativo, aqui estou perante os irmãos.

Aprendi que quando Deus quer nos utilizar, não é passando a mão nas nossas cabeças, mas sim faz-nos passar por um polimento da alma como uma peça bruta que tem que passar pelo esmeril e em seguida pelo torno para nos moldar e quando estivermos do jeito que ele quer, aí sim, ele nos solta!

O meu compromisso é retomar minhas dedicações, encaminhar e acompanhar pessoas e fazer feliz muita gente!

Agradeço a Deus, Messias Meishu-Sama e aos meus antepassados pela nova vida que me concederam!

Agradeço também aos ministros, membros e frequentadores e especialmente aos meus pais pelo amor que sempre me dispensaram!

Muito obrigado!

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