Caquinda Cawanga – NJ Mulenvo II – Região Luanda Leste – Área Luanda

Chamo-me Caquinda Cawanga, sou missionária e dedico como responsável.

Conheci a Igreja Messiânica em 2007, por intermédio de uma senhora membro da Igreja.

Os motivos que me levaram a conhecer a igreja foram: mortes constantes dos meus filhos, doenças, maus sonhos, conflitos conjugais e mau comportamento de um filho, que estava envolvido com um grupo delinquente.

Para ultrapassar este sofrimento, fiz tratamentos em hospitais e em casas curandeiros, tendo gasto avultadas somas em dinheiro, mas não obtive melhorias. Foi neste assim que a irmã falou-me da Igreja Messiânica e dos milagres do Johrei. Fui encaminhada à unidade religiosa mais próxima e após ser ouvida pelo plantonista este orientou-me as práticas básicas da fé Messiânica.

Cumpri com as orientações e depois de 30 dias já me sentia melhor do que antes de conhecer a igreja, o que despertou o interesse por me tornar membro de forma a agradecer pelos milagres vivenciados.

Dois dias depois de me tornar membro tive um sonho em que no meu quintal haviam muitos Ohikari. Ouvi uma voz a me dizer que eu, tinha que passar a realizar cultos em minha casa. Ao acordar agradeci e pela manhã fui a unidade religiosa e contei o sucedido ao responsável que por sua vez incentivou-me abrir uma casa de Johrei. Confesso que mesmo tendo recebido a orientação, quer em sonho e do responsável, não aceitei e parei de frequentar a igreja por um período de 15 dias fim dos quais voltei a sonhar e desta vez apareceram antepassados que me perguntaram o porquê tinha abandonado a igreja; depois mostraram-me um casal e orientaram que passasse a dedicar com eles.

Voltei a falar com o responsável, que apresentou-me a um casal de membros e para a minha surpresa, eram os mesmos que eu tinha visto em sonho. Deu-me dois bancos para iniciar as atividades de difusão.

Nesta altura tive permissão de participar no encaminhamento e acompanhamento de várias pessoas que estavam no sofrimento e melhoravam com a ministração de Johrei. Com esta pratica fortificou a minha fé e tomei a decisão de continuar a servir como missionaria.

A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com a purificação da igreja.

Em setembro de 2018, fomos incentivados por um grupo de ministros e missionários que anunciavam para todos os fiéis, que estávamos a seguir uma crença errada ao ligar-se à Sede Central da África. Afirmavam também que o Johrei que é ministrado pelos missionários e membros, não gera luz. Em seguida, criou-se uma dissidência denominada: “Tronode Kyoshu” onde ingressei e os que decidiram ficar na Sede Central, os apelidamos de “Grupo do Kobayashi”.

Naquela altura, refleti e cheguei a conclusão de que a mensagem que passavam era verdadeira pois tratava-se do líder espiritual ligado a linhagem consanguínea de Meishu-Sama.

Como regra, quem abraçasse esse caminho, tinha de entregar a unidade religiosa e levar consigo todos os fiéis e assim acabamos por nos desvincular da igreja mãe. A princípio sentia-me feliz e realizada, passei a dar o meu máximo; no decorrer do tempo comecei a notar mudanças na liturgia da igreja, no que concerne as orações, o símbolo Izunomé e a ministração do Johrei coletivo. Mesmo notando isso, não despertei, achando que estávamos a subir de nível e no nosso seio soava uma palavra de incentivo que dizia: “O paraíso é agora!”, O paraíso é agora!”.

O tempo foi passando e as mudanças se tornaram constantes. O Johrei passou a ser ignorado, ministrado apenas três minutos; os ensinamentos de Meishu-Sama ixaram de ter valor. Apenas eram lidas as palestras do Senhor Massaaki do Senhor Yoitchi que anunciavam que o Johrei não é tão importante e que de agora em diante o Sonen e o sentimento seriam o centro das atenções. Eles afirmaram também, que em 1949, Meishu-Sama anunciou que o Johrei não é mais importante. Foi assim que notei que estávamos a ser preparados psicologicamente para a proibição da ministração de Johrei e que veio a acontecer no dia 20 de Dezembro de 2021. No acto da preparação do culto de Natalício de Meishu-Sama, anunciou-se publicamente o “não uso das imagens de Meishu-Sama”; “deixar de levantar a mão para ministrar Johrei”; e começar a “receber Johrei de Deus a partir do Sonen e do sentimento”.

Está mensagem mexeu com a minha estrutura espiritual o que me levou a questionar: “Se Kyoshu-Sama deixou de exercer a função de 4º líder espiritual, e sabemos que como uma empresa, quem sai não leva nada, de onde ele está a tirar os ensinamentos que está a nos transmitir?”. No último culto de que participei, o palestrante pediu que cada responsável fosse às casas dos membros e retirasse as imagens de Meishu-Sama para colocar em outro lugar qualquer, e que todos deixassem de orar diante da Imagem. Para cumprir este pedido, tomei a decisão de retirar a imagem do Núcleo de Johrei antes de começar nas casas dos membros, para incentiva-los a tirarem de suas casas. Assim o fiz.

Depois disso aconteceu o seguinte:

O meu filho, sem explicação plausível, entrou em conflito com a sua esposa, ao ponto de querem tirar-lhe a vida. Ele recorreu a mim e comunicou o sucedido. Fomos juntas procurar saber a razão do conflito, mas em resposta ele dizia-me que somente queria matá-la para ir preso.

Assim, junto com a nora fomos a unidade agradecer no altar mesmo sem o retrato de Meishu-Sama pela purificação. De regresso a casa, a mesma deparou-se com o seu esposo e notou que tinha um semblante de arrependimento, ao ver a mulher começou a pedir desculpas, reconheceu que não havia razão do conflito.

Neste dia, a esposa do meu filho teve um sonho em que apareceu um grupo de pessoas em casa, munidos de catanas e facas, dizendo que queriam matar o seu esposo. Disseram que já o procuram há muito tempo e nunca o encontraram, mas aquele seria o dia dele. Ao acordar ela ignorou pensando não passar de um simples sonho. O meu filho neste dia tinha ido pernoitar num óbito, mas a família encontrou-o estendido na rua e ele não conseguiu explicar o porquê. No dia seguinte foi trabalhar e a tarde recebemos o comunicado que teve acidente e fracturou um dos membros inferiores.

Em sonho eu ouvia vozes que diziam: “Tirou Meishu-Sama, pisaram o filho dela; tirou Meishu Sama, pisaram o filho dela!”. No dia seguinte quando acordei, voltei a colocar o retrato de Meishu-Sama no lugar anterior.

A perna fracturada do meu filho começou a escurecer e passou a ser roída pelos ratos. Outro meu filho enquadrou-se num grupo delinquente o que achei também muito estranho pois era um rapaz muito centrado.

Assim, me dei conta que estava a ser alvo de advertências dos antepassados.

Desse modo senti que estava a viver um inferno e repensei tudo que

tinha feito cumprindo as orientações. Senti que estava a trilhar um

caminho errado de crenças. Fiz a minha reflexão profunda e tomei a

decisão de deixar de assistir as palestras do Senhor Massaaki e do Senhor Yoitchi e de ver os vídeos que eram passados nos cultos.

Nesta altura, apeguei-me nas palestras do Reverendo Francisco Jésus Fernandes como suporte de fé. Depois de ouvir a palestra que diz: “Vamos cultivar uma fé que se liga ao Messias Meishu-Sama”, tomei a decisão e voltei à Igreja mãe com todos os fiéis. Voltamos a ligar a unidade religiosa à Sede Central da África, pois para mim e os fiéis da unidade, o Johrei, é o carro chefe, e nele tenho a plena confiança, pois mudou o nosso destino.

A direcção do grupo “Trono de Kyoshu”, ao tomar conhecimento da minha desvinculação e dos demais fiéis, enviou um grupo que realizou marcha nas casas dos membros ligados a mim, perguntando: “Porquê abandonaram o “Trono do Kyoshu”? Seguiram a vossa mãe?”. Os membros respondiam: “Nós não a seguimos, mas sim, a Meishu-Sama e ao Johrei que é a verdade!”. Quando me encontraram na unidade religiosa, perguntaram: “Você desistiu porquê?”. Com um tom bem alto respondi: “Não quero mais este caminho porque não tem o Johrei; como vamos salvar o mundo!? O homem depende do seu pensamento!”. Eles retiraram-se até a data presente.

Mudanças após a tomada de decisão:

Deixei de sentir a vergonha que me consumia, pelo receio de voltar.

Nasceu em mim o sentimento de que a vergonha mata e a coragem salva.

Reconheci os meus erros do fundo do coração. Sinto que acordei de um sono profundo.

A perna fracturada do meu filho já apresenta sinais de melhoria. O filho que estava enquadrado no grupo das más acções, abandonou tais grupos e voltou a frequentar a igreja.

Uma missionaria, ouvia vozes e quando a purificação intensificava não conseguia alimentar-se nem dormir, durante muito tempo mas depois que participou da dedicação na Sede Central no início do mês de Janeiro 2022 a purificação passou naturalmente.

Consegui entender agora que quando estamos num beco sem saída, devemos refletir procurando os pontos em que estamos errados e voltar ao ponto inicial, buscar a vontade de Deus. Tive mais uma vez a permissão de sentir a veracidade dos ensinamentos do Messias Meishu-Sama.

Comprometo-me em fortalecer a minha fé em Meishu-Sama, encaminhar as pessoas ao caminho certo da verdade, bem e belo e assim participar da formação das cem mil famílias convictas.

Agradeço ao Supremo Deus e ao Messias Meishu-Sama e os meus antepassados por me permitir reconectar com o caminho da verdade.

Muito obrigada!

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