Fernanda Mucuatapi – CA Cazenga – Região Leste – Luanda

Chamo-me Fernanda Tchandango Cassova, sou missionária e dedico como encarregada dos jovens desta unidade.

A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com a mudança do sonen, encaminhamento e distribuição de flores.

Após ter participado no aprimoramento de responsáveis e missionários, orientado pelo ministro, responsável da região, no mesmo dia, após a oração, reafirmei o meu compromisso, uma vez que eu sentia vergonha de encaminhar pessoas em frente da unidade. Assim, decidi tirar da minha horta caseira, algumas flores para distribui-las no dia seguinte, na vizinhança. Como era tarde, cansada e com preguiça, adormeci acabando por não prepará-las. Durante o sono, sonhei com o responsável da região a chamar-me a atenção por essa falha e, ao acordar, lembrei-me do compromisso. Fui ao retrato de Meishu-Sama, pedi perdão, de seguida fui prepará-las e saí para a rua.

– Durante a distribuição, deparei-me com um grupo de marginais que me puseram no meio e um deles perguntou-me: moça, queres morrer ou o que queres de nós? Respondi: apenas quero vos oferecer flores. Perguntando para que serviam, expliquei-lhes que serviam para a felicidade de cada um deles. De entre eles, um me pediu que fosse fazer oração à sua casa. Lá, fizemos a vivência da flor e de seguida contou-me as suas dificuldades por não conseguir se libertar das drogas, pedindo que o levasse à Igreja e hoje está a frequentar. Nesse mesmo dia, distribui 21 flores de luz, abri três casas, onde fiz também a vivência da flor.

– Em uma das casas abertas, encontrei uma jovem que tinha conflitos conjugais, onde o marido não queria saber dela mesmo estando em repouso de parto; acordava, não a cumprimentava, ia trabalhar não se despedia e quando voltasse, se isso acontecesse, regressava mal disposto, porque muitas das vezes ou chegava à meia-noite, ou então dormia fora de casa. Nesse dia, quando voltou do serviço, ao encontrar a flor, cumprimentou a sua esposa. A partir daí, a harmonia voltou ao lar desse casal.

– Numa outra casa, o senhor tinha pisado tala (mina tradicional) e já estava a caminho de sete meses que não conseguia andar; fez vários tratamentos caseiros e outros, sem resultados satisfatórios. Com a assistência religiosa, está a melhorar e a frequentar a igreja. A filha que vivia conflitos com o marido, vendo a recuperação do pai, aceitou receber Johrei e convidada, assistiu a oração especial de elevação dos nossos Antepassados.

– Uma jovem que mesmo trabalhando e achando que o salário não era suficiente para o sustento da família, praticava a vida fácil em companhia de amigas; ouvindo as minhas palavras de consolo, ao entrar na nave, deparou-se com o altar chamando a sua atenção. Após a oração, nasceu nela o sentimento de se abrir, onde falou sobre os atos que tem praticado. Notando que são ações que não estão de acordo com a vontade de Deus, na mesma hora começou a eliminar todos os contactos das pessoas que com ela praticavam essas acções.

– Um outro jovem, na paragem, ficou tanto tempo a espera do táxi, pois nesse dia, o transporte estava difícil; impaciente, começou a caminhar a pé todo aborrecido. Fui ter com ele, pedi-lhe para entrar, olhou-me com desprezo mas entrou na unidade. Após a oração, quis ministrar-lhe Johrei ao que me respondeu que só tinha 3 minutos, de contrário, ia-se embora. Sentou-se e durante a ministração, em conversa, disse que quando o abordei, pensou que eu fosse mais uma daquelas moças que só gostam de pedir dinheiro. Ainda disse: “ quando começou a falar-me da Igreja, todo o meu pensamento e sentimento mudaram. Eu vinha bem triste, com o sentimento de me suicidar, porque, quando tinha namorada, sem trabalhar, havia muitos conflitos e eu pedia a Deus para me conceder um emprego, como não aparecia, acabamos por nos separar. Após a nossa separação, consegui um emprego. Agora que estou a trabalhar, não tenho ninguém para partilhar o que estou a ganhar”.

No fim da conversa, dei-lhe a ler o ensinamento “ egoísmo e apego”. Depois, como queria aprofundar mais, emprestei-lhe o livro. Ainda durante a conversa, falou-me que se sentia tão bem que não tinha vontade de sair, mas que, com certeza voltaria.

– Uma outra situação, é a de um jovem que me abordou na rua quando eu passava com duas flores, pedindo uma. A seguir, pediu que o acompanhasse para fazer uma oração em sua casa. Ao chegarmos, como ele tinha medo de entrar, perguntou-me se eu era bruxa e se a oração poderia ser feita do lado de fora. Mesmo ali comecei a ministrar Johrei e ele foi desabafando. Disse que trabalhava num banco e que tinha uma vida estável; devido aos conflitos com os colegas, foi despedido. Com o aparecimento das dificuldades financeiras, separou-se e a mulher foi viver com a mãe dela, que se encontra com AVC. Depois de tudo, falei-lhe que conhecia um lugar especial onde ele se sentiria muito bem, convidando-o. No dia seguinte, antes de ir para a unidade religiosa, passei em sua casa para saber como é que tinha dormido. Ficou admirado com a minha presença e disse-me que eu fui mandada por Deus, pois a oração lhe tinha feito muito bem.

Aprendi que, perdi muito tempo com o meu egoísmo, de só pensar nos meus problemas; aprendi também que, quando mudamos, preocupando-nos mais com os outros, tudo a nossa volta se transforma.

Agradeço a Deus, ao Messias Meishu Sama e aos meus Antepassados, pela oportunidade de conhecer este maravilhoso caminho da salvação.

Muito obrigada!

 

 

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