Francisca Iombo – 1º de Junho – Região Luanda Leste

Chamo-me Francisca José Lando Iombo, sou membro e dedico nesta unidade.

A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com o meu envolvimento na prática da Agricultura Natural.

Embora os meus falecidos pais e a maioria da minha família tivessem sido camponeses, nunca me passou pela cabeça, de um dia vir a praticar a agricultura.

Na minha segunda ida ao Japão, precisamente no Sogro Sagrado de Atami, a Ministra Ernestina (Tininha) dirigiu-se a mim após o culto e disse: “irmã Francisca, nós estamos a praticar a Agricultura Natural em Angola, mas não somos reconhecidos pelo Ministério da Agricultura, que representa o Governo Angolano. Quando regressarmos a Angola, seria bom que começássemos a trabalhar nesse processo.” Eu respondi que sim, mas irmãos, naquele momento ainda era leiga na matéria, não tinha noção da grandiosidade da Agricultura Natural. Todavia, algo me dizia que não me devia envolver naquele processo, porque não sabia como e nem por onde iria começar.

Após o nosso regresso, toda a vez que eu visse a Ministra ao longe, escondia-me para que ela não me abordasse sobre o assunto.

Com a sua insistência, recordei-me que conhecia alguém que era Diretor Nacional numa das áreas daquele Ministério, com quem podia abordar o assunto. Durante a conversa que tive com o referido Diretor, para a minha surpresa, tudo o que se abordou relativamente à Agricultura Natural, foi aceite, sugerindo que fosse elaborado um memorando de Cooperação entre o Ministério da Agricultura e a Africarte, para ser submetido ao então Ministro de tutela para aprovação e assinatura de ambas as partes. Depois de alguns encontros, o referido memorando foi submetido e assinado pelo então Ministro da Agricultura, tendo apenas restado a implementação do mesmo. A partir daquele momento, despertou em mim o sentimento de envolver-me na Agricultura Natural e acabei por comprar um espaço para a minha lavra onde desenvolvo atividades de cultivo. Como experiência, naquele ano tive uma produção que eu nem contava; sem adubos, colhi muita couve, banana, tomate, etc. e fiquei muito satisfeita, com vontade de continuar com a minha nova missão.

Passado algum tempo, tive a graça de ter recebido um Trator oferecido pelo Ministério, o qual entreguei à Direção da nossa Igreja em Cabinda e, tive também a outra graça de receber em Caxito, 2 hectares e meio de terra sem pagar nada.

Actualmente, com os dois espaços que tenho, produzo banana, laranja, tangerina, couve, manga, cebola, mamão, etc. O que me tem incentivado em continuar o meu projeto de agricultura natural, é a alegria que eu sinto dos comentários e elogios dos meus familiares e outras pessoas que compram e consomem os meus produtos, dizendo que o gosto é completamente diferente em relação aos produtos convencionais.

Graças ao consumo dos produtos naturais tenho tido muitos resultados na família também.

  • O meu esposo é diabético, quando consome os produtos comprados noutros sítios, o nível de açúcar no sangue sobe bastante, o que não acontece quando consome os provenientes da nossa lavra. Ou seja, antes quando não tínhamos lavras, o seu nível de açúcar era elevado; contudo, actualmente com as lavras, tudo ficou mais controlado, razão pela qual, ele também começou a envolver-se muito no projeto, sendo hoje um dos maiores benfeitores do mesmo, pese embora, haja o envolvimento de muitos membros da família.
  • O meu irmão que mora em Cabinda, contraiu tuberculoso e mesmo com os tratamentos que fazia, só piorava. Quando o visitei notei que estava num estado deplorável. Preocupada, resolvi traze-lo para Luanda e juntamente com a esposa, ficou hospedado em minha casa. Comecei a acompanha-lo. Juntos fomos a Sede Central onde ele encontrou com o ministro que o orientou a passar a receber 10 Johrei todos os dias e mudar a alimentação para produtos naturais. Ele passou a cumprir a orientação e em menos de um mês começou a ter melhorias. Ganhou força física e como não podia fazer muito esforço passou também a fazer donativos de gratidão e sempre que fosse à Sede Central dedicava apanhando as folhas secas. Foi cumprindo com a orientação e em menos de cinco meses ele melhorou consideravelmente a saúde. Continua a dedicar e está cada vez mais grato pela permissão de voltar a receber Johrei e se alimentar de produtos naturais, coisa que não fazia em quando estava em Cabinda pois já estava afastado da igreja.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu e aos meus Antepassados, pela permissão que me concederam de conhecer a Agricultura Natural.

Muito obrigada!

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