“…isso me fez entender também que não é só fazer o Sorei-Saishi, é necessário mantê-lo actualizado…”

Elizandra Marisa Francisco Kanjila – Auxiliar do Sanguetsu|Região Sul | Johrei Center do Cabolombo

Conheci a Igreja Messiânica em 2009, por intermédio da minha mãe.

Na altura, a minha irmã mais velha estava doente, mas depois que conheceu a Igreja e com o cumprimento das práticas básicas, a doença foi ultrapassada. Eu vendo este milagre, decidi abraçar este caminho.

Vivi na Província do Namibe e durante muito tempo sofri com fortes dores de bexiga que eram constantes no que, fiz vários tratamentos hospitalares mas sem resultados satisfatórios; certo dia, ao ser atendida pelo responsável, este orientou-me a participar das dedicações de limpeza nas ruas e no banheiro. Cumpri com a orientação e em curto espaço de tempo, tive melhorias só que, passado algum tempo caí na ingratidão, deixando de fazer o que é básico, facto que me levou a repurificar, pois a dor que antes sentia voltou muito mais forte.

Fui ao hospital e a médica receitou-me alguns fármacos e disse-me que eu teria muita dificuldade para conceber, que teria de passar por vários tratamentos e aconselhou-me a comunicar aos meus pais, a fim de começarmos com os tratamentos o quanto antes, facto que deixou-me muito triste.

Decidi nada dizer, mas apenas retomar as dedicações que me haviam orientado e graças a Deus, as dores passaram totalmente; ainda assim, me perguntava se realmente seria necessário passar por algum tratamento para poder conceber. Fui orando e entregando esta situação nas mãos de Deus e Meishu-Sama, no que, com o tempo, desapeguei totalmente desse sofrimento.

Em 2019, eu e a minha mãe viajamos para assistirmos o culto às Almas dos Antepassados na Sede Central, onde dedicamos bastante, participamos do culto e alguns dias depois regressamos.

Passadas algumas semanas, o meu parceiro notou que eu estava estranha e decidimos fazer um teste, porque os sintomas eram parecidos aos de uma mulher concebida; achei piada e algo quase impossível, mas mesmo assim ele comprou o teste, tendo eu dito que havia sido um gasto desnecessário, pois que, a doutora havia sido clara com relação ao assunto. Foi assim que o aconselhei a procurar uma outra parceira com quem pudesse constituir uma família. Fiz o teste e minutos depois, para nossa surpresa, o resultado era positivo, ele ficou muito feliz e eu totalmente admirada e emocionada!

Agradeci e segui com a gravidez, no que, semanas depois, ele perguntou-me se já me sentia preparada para comunicar aos familiares, o que fez com que eu ficasse com medo pois eu me estava a formar.

Com medo de desiludir os meus pais e estragar o meu futuro, eu e o meu parceiro contactamos alguém e interrompemos a gestação; semanas depois, arrependi-me pois tinha sido um milagre, que veio apenas depois da peregrinação à Sede Central. Como a reflexão tinha chegado tarde demais, passei a dizer a mim mesma que se dali para a frente não conseguisse alcançar, seria culpa minha, por ingratidão e egoísmo.

O tempo foi passando e continuei com a minha rotina normalmente até que no mês de Junho de 2021, senti-me muito mal e achei que fosse paludismo e febre tifoide; nessa altura, a nossa relação não ia nada bem, aliás desde que interrompemos a gravidez; decidi conversar com ele a fim de terminar a relação, mas sempre que marcasse a conversa acontecia um imprevisto.

Depois de alguns dias, eu comecei a sentir-me mal, desconfiando que fosse mesmo uma gravidez pois que, os sintomas eram parecidos aos da primeira vez, mas mesmo assim, decidi ignorar. Certo dia, quando ia para falar com ele no sentido de acabarmos com a nossa relação, antes que eu falasse, ele olhou para mim e disse que eu estava estranha, mas respondi-lhe que estava doente, no que ele pediu que eu fosse fazer um teste de gravidez, pois o meu aspecto era igual ao da vez anterior. Voltei então a fazer o teste e o resultado foi positivo, ele ficou feliz, deu-me um forte abraço e disse que desta vez devia nascer; eu fiquei em choque sem saber se sorria ou chorava e não conseguia acreditar no resultado obtido, fiz outro teste de urina e um de sangue e o resultado era o mesmo! Após o último teste, muito feliz, agradeci a Deus e a Meishu-Sama pela segunda oportunidade.

Desta vez, superei o medo e fomos comunicar aos meus pais, que reagiram muito bem; tive uma gestação saudável e dei a luz a uma linda menina.

A experiência de fé que passo a relatar, está relacionada com o cumprimento das orientações superiores:

Meses depois do nascimento da minha filha, decidi vir para Luanda passar uma temporada; tudo ia bem até ela completar seis meses de vida; foi quando começou a nascer em mim um sentimento de raiva por ela, chegando ao ponto de não querer tê-la por perto e se caso acontecesse, eu batia nela, o que aconteceu diversas vezes; este sentimento foi ficando cada vez mais forte.

Certo dia na unidade religiosa, ao ser atendida pelo plantonista, falei sobre o aborto, no que este orientou-me a fazer o Sorei-Saishi e o donativo de construção, pois que, a revolta que eu sentia em relação à minha filha, podia ser o espírito abortado a manifestar a sua tristeza e sofrimento a partir do mundo espiritual. Com muita gratidão, materializei um donativo e juntos fomos ao altar, no que, após a oração, senti-me muito triste e chorei, tendo o plantonista dito que era manifestação do aborto.

Passados alguns dias, a minha filha estava com dificuldades para dormir, aflita com alguma coisa, ministrei-lhe Johrei juntamente com oração e ela conseguiu dormir a noite toda; essa situação foi se repetindo e ela só adormecia com Johrei e oração.

Na quinta noite, decidi ir ao altar agradecer, pedindo a Deus e ao Messias Meishu-Sama que se fosse um encosto do espirito abortado, que fosse purificado e elevado. Nessa mesma noite, sonhei que a minha filha brincava num jardim cheio de luz e flores; num quarto grande, escuro e vazio, havia uma outra criança que estava sem roupas, triste e com lágrimas nos olhos, observando pela porta, a minha filha que brincava no jardim.

Pela manhã, ao comentar com a minha irmã, esta disse-me que era o espírito abortado, pedindo salvação urgente.

No dia seguinte fui à unidade religiosa para o meu plantão e tudo corria bem, até que o sentimento de raiva pela minha filha voltou, dizendo dentro de mim: a sorte dessa miúda é que estamos na igreja, mas já vamos para casa e vou dar-lhe uma surra! A minha irmã, como estava presente, ao olhar para mim, perguntou se estava tudo bem e ao contar-lhe o que se estava a passar, orientou-me no sentido de fazer uma dedicação no banheiro, convidando o espírito abortado; quando terminei, senti-me alegre e leve, abracei e beijei a minha filha; depois realizei o encaminhamento na porta da unidade.

Depois de fazer o Sorei-Saishi, a situação mudou e hoje tenho mais amor e paciência com a bebé, no que agradeço todos os dias por tê-la como minha filha.

Essa experiência, me fez confirmar que Meishu-Sama é realmente o Messias há muito esperado pela. humanidade.

Entendi que é preciso receber as orientações com muita gratidão e coloca-las em prática com obediência. Tudo isso me fez entender também que não é só fazer o Sorei-Saishi, é necessário mantê-lo actualizado.

Agradeço ao Supremo Deus, ao Messias Meishu-Sama e aos meus Antepassados, por me permitirem fazer parte deste caminho da salvação.

Muito obrigada!

 

 

 

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