Certo dia em 1931, quando morávamos no distrito de Omori, em Tóquio, Meishu-Sama recebeu de Deus a ordem para ir ao templo budista Nihon-ji, na província de Tchiba. Imediatamente após Ele nos relatar o ocorrido, organizamos a viagem e no dia 14 de Junho, tomamos o trem em Ryogoku com um grupo composto por 28 discípulos.
Naquela noite, chegamos ao templo Nihon-ji, no Monte Nokoguiri, localizado a mais ou menos um quarto do caminho até o pico. Todos nós da comitiva fomos muito bem recebidos e tivemos momentos bastante agradáveis. Meishu-Sama e o Reverendo Tanaka, o monge superior do templo, conversaram até tarde da noite.
Após descansarmos um pouco, levantamo-nos às 3 horas da manhã e nos preparamos para subir ao pico da montanha. Despedimo-nos do monge com um grande sentimento de gratidão pela calorosa hospitalidade que ele nos dispensou.
Como ainda estava escuro, levamos lanternas, mas na metade da subida, os primeiros raios do sol começaram a despontar ao leste.
Naquela hora, o tempo ainda estava tão nublado que nos impedia ver alguma coisa em nosso caminho. Alcançamos, finalmente, o cume e, com nossos corações ligados a Deus, esperamos em estado de oração, o raiar do sol. Levou algum tempo até que o sol se levantasse brilhante através de neblina, envolvendo-nos numa atmosfera de grande esplendor. Com maior luminosidade, tivemos uma vista das planícies de Kanto e, bem a nossa frente, o monte Seitho, a montanha que também fora escalada por Nitchiren, o fundador da religião Nitchiren-Shu, uma ramificação do budismo.
A profundidade daquela situação é inexprimível. As palavras não são suficientes para traduzir nossas emoções. Parecia que estávamos numa esfera celestial e todos nós externamos o deslumbrante encantamento que surgia das profundezas de nossos corações.
Seguindo a liderança de Meishu-Sama, entoamos a oração Amatsu-Norito. Nessa ocasião, Ele recebeu a revelação sobre a Transição da Noite para o Dia e sobre a Sua grandiosa missão, tendo nos contado o acontecido posteriormente.
A misteriosa atmosfera que nos envolveu e a imensidão do que sentimos permanecem indeléveis em minha mente.
Por Nidai-Sama
Reminiscência sobre Meishu-Sama vol. 1