O Que é a Verdadeira Salvação – Palestra – 3ª Parte

(…) Costumo dizer aos nossos fiéis que as pessoas da atualidade estão sempre pensando em praticar o mal. Mesmo que não estejam pensando em fazê-lo, acham que é bobagem fazer o bem, que tal prática só traz desvantagens e que se devem fazer as coisas para tirar vantagens, mantendo as aparências. Contudo, devemos pensar ao contrário. Faço esta afirmativa porque já houve época em que eu também não pensava em praticar o bem. Achava melhor viver da forma mais proveitosa possível. Gradativamente, porém, comecei a ter melhor compreensão sobre Deus através da fé e vi

que estava totalmente equivocado. Então, passei a querer praticar o bem e sempre buscava um meio para tal. Estava sempre procurando fazer algo em benefício das outras pessoas, algo que as deixasse felizes e satisfeitas. Com essa atitude, minha sorte melhorou. Antes de me dedicar exclusivamente à fé, nas ocasiões em que me preocupei em fazer o bem, só me ocorreram coisas que me deixavam feliz. Sendo assim, comecei a imaginar o quanto seria benéfico se eu pudesse levar isto a todas as pessoas.

À medida que eu ia acumulando tal tipo de experiência, comecei a ter plena compreensão de que realmente Deus e o demónio existiam. A partir daí, fui submetido a uma fase de aprimoramento espiritual. Com a ocorrência de vários milagres, pude compreender a grande missão que me era destinada. Foi assim que instituí a Igreja Messiânica Mundial e estou desenvolvendo minhas atividades.

Outro ponto que eu gostaria de abordar é o Juízo Final, do cristianismo, e a Destruição da Lei Búdica, profetizada por Buda Sakyamuni. Apesar de muitos líderes e fundadores de religiões terem feito profecias semelhantes, tratarei apenas dessas duas.

O que vem a ser o Juízo Final? Olhando apenas a expressão “Juízo Final”, tem-se a impressão de que Enma, juiz do Mundo Espiritual, se manifestará neste mundo para fazer o julgamento, mas não é isso. É um ponto de difícil entendimento para os não fiéis, mas existe aquilo que chamamos de Mundo Espiritual. O mundo onde vemos e sentimos a matéria, é o Mundo Material. No interior deste, há o Mundo Espiritual e, entre eles, o Mundo Atmosférico, que já é conhecido. Todavia, o Mundo Espiritual é desconhecido. Conforme citei há pouco, referentemente à passagem da era da selvageria para a era da cultura, e desta para a era da civilização, o Universo obedece a uma constituição tripla: Mundo Material, Mundo Atmosférico e Mundo Espiritual.

Há, ainda, os ciclos do mundo: assim como existe alternância entre o claro e o escuro, entre o dia e a noite no espaço de vinte e quatro horas, há essa mesma alternância no espaço de um ano. O claro e o escuro em um ano podem ser comparados ao verão e ao inverno, respectivamente. Aliás, os raios solares são mais fortes no verão e mais fracos no inverno, ocasionando o contraste entre o claro e o escuro. E existem períodos idênticos no espaço de dez e de cem anos. A História registra épocas de paz e de guerra, que correspondem ao claro e ao escuro. Refiro-me, portanto, a esse ritmo. Igual período existe no espaço de mil e de dez mil anos.

Até agora, estávamos na escuridão, no período das trevas; vamos passar para o período da luz, da claridade. Então, a palavra 文明 (bun-mei, “civilização”) contém o ideograma 明 (mei), que quer dizer “claridade”. Por outro lado, a palavra 文化 (bunka, “cultura”) contém o ideograma 化 (ka), que expressa algo provisório e, por isso, não é adequado. Quando alcançarmos este período, tudo o que existia na era das trevas passará por uma organização e limpeza. Eu costumo utilizar as expressões “Mundo da Noite”, “Mundo do Dia”, “Cultura da Noite”, “Cultura do Dia”… Muitas coisas da Cultura da Noite não serão mais necessárias. Por exemplo, durante o dia, não precisamos de lâmpadas. Da mesma forma, aquilo que pertencia à Era da Noite se tornará desnecessário e será destruído.

Julgamento é a separação do que é do dia e do que é da noite. O que for desnecessário, ficará guardado ou será destruído. A partir de agora, o que for do Mundo do Dia, será gradativamente criado.

O que se sucederá quando o Mundo Espiritual se tornar claro? Vejamos o ser humano. Nele, entre a matéria e o espírito, há uma parte líquida, que corresponde ao ar, algo como vapor d’água. Ela está presente em grande quantidade no corpo humano. Assim, o ser humano apresenta uma constituição tripla; dela, faz parte o espírito, que também poderia ser chamado de alma. A alma pertence ao Mundo Espiritual. Tornando-se claro este mundo, aqueles cuja alma não corresponder à claridade, terão suas nuvens espirituais removidas a fim de poder alcançar essa claridade. Entretanto, essa remoção não se dará de maneira deliberada. A purificação vai ocorrer naturalmente: o que está sujo, precisa ser limpo. À medida que o Mundo Espiritual vai clareando, as pessoas com a alma suja passarão por uma limpeza. O sofrimento é isso. O princípio da doença também está inserido nessa explicação, através da qual é possível compreendê-lo muito bem.(…)

Palestra de Meishu-Sama no Hibiya Public Hall,

Tóquio 22 de Maio de 1951

Alicerce do  Paraíso vol. 1

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