Existem Divindades? – 1ª Parte

Pude descobrir este magnífico método do Johrei, graças ao conhecimento que tive sobre a existência do espírito. Em outros termos, trata-se do princípio segundo o qual as doenças do corpo físico se curam por meio do tratamento do espírito.

Esse princípio deve ser considerado uma grande indicação da cultura do futuro. Realmente, ele representa uma grande revolução para a ciência e, se além do tratamento das doenças, nós o aplicarmos a todos os setores da vida, o bem-estar da humanidade aumentará incalculavelmente. E não é só isso. Posso prever que o aprofundamento da pesquisa desse princípio atingirá até a essência da própria religião.

Durante milénios, a controvérsia sobre a existência de Deus é uma velha questão que continua sem ser solucionada. E isso se justifica porque, partindo apenas da visão materialista, obviamente as pessoas nada podem compreender a respeito de Deus, que é espírito e assemelha-se ao Nada. Contudo, pela ciência espiritual que estou propondo, é possível saber que Deus existe e, ao mesmo tempo, responder a questões como a vida após a morte, a reencarnação, a realidade do Mundo Espiritual, os fenómenos de encosto e incorporação e outras indagações relativas ao mundo desconhecido [1] (que chamo também de segundo mundo).

Primeiramente, devo explicar como se processou a evolução de meu pensamento. Quando jovem, eu era extremamente materialista. Vou citar alguns exemplos. Até mais ou menos os quarenta anos, eu nunca tinha orado a divindade alguma. Achava tolice e não via sentido venerar uma pedra, um espelho ou um papel escrito colocados no interior de oratórios xintoístas feitos por marceneiros com tábuas de cânfora e denominados omiya. Nos templos budistas, também se adoram Kannon, Amida ou Buda Sakyamuni, desenhados em papel ou estátuas de madeira, pedra ou metal. Eu achava tudo isso sem sentido, pois costumava afirmar que Kannon e Amida só existiam na imaginação humana, não passando de idolatria.

Naquele tempo, havia lido a tese do famoso filósofo alemão Rudolf Eucken (1846–1926), segundo a qual o ser humano possui o instinto natural de adorar alguma coisa e, assim, criou e adora seus ídolos, caindo na auto-satisfação. Como prova disso, acrescenta ele, todas as oferendas depositadas nos altares estão voltadas para o lado do ser humano e não para Deus. Sentia-me perfeitamente identificado com essa tese. (…)

5 de Fevereiro de 1947
Alicerce do Paraíso vol. 1

[1] Segundo mundo: no Ensinamento “Mundo Desconhecido”, Meishu-Sama denomina o Mundo Material de “Primeiro Mundo” e o Mundo Espiritual de “Segundo Mundo”.

 

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