Não era Magia

Em maio de 1948, eu estava trabalhando na obra de canalização de água no Kanzan-Tei, em Hakone, e o cordão do meu Ohikari arrebentou. Por este motivo, eu não o estava usando.

Certo dia, resolvi podar os galhos do cedro- japonês do jardim de minha casa, pois ele estava fazendo sombra na horta.

Subi, então, na árvore com um serrote preso à cintura. De repente, o galho em que me apoiava, se quebrou e despenquei de uma altura de mais de dez metros. Bati fortemente o quadril e fiquei sem poder me mover. Tentei várias vezes pedir socorro, mas a voz não saía. Após diversas tentativas, finalmente, minha mulher me ouviu e correu para me socorrer.

Um médico ortopedista, membro da Igreja, veio imediatamente me atender. Como a pancada foi muito violenta, eu não conseguia me mover. Quando tossia, a dor era insuportável. Por isso, durante os dias em que fiquei de cama, chupava bala o tempo todo para evitar a tosse.

Meishu-Sama me enviou uma quantia para ajudar nas despesas durante o período de convalescença. No entanto, eu achava que nunca mais poderia trabalhar, mesmo depois que melhorasse, e estava cogitando pedir afastamento do meu serviço no Kanzan-tei.

No décimo quinto dia, pude me sentar pela primeira vez. Um dia depois, já podia andar com a ajuda de uma bengala. Assim, fui agradecer a Meishu-Sama.

No dia seguinte, fui ao Shinzan-So, residência de Meishu-Sama em Hakone, para pedir-lhe Johrei. Fiquei esperando do lado de fora e, quando Meishu-Sama saiu para o jardim, me disse: “Muito bem, vou lhe ministrar Johrei para que você consiga curvar-se.” Ele ministrou-me aproximadamente um minuto de Johrei a uma distância de dois metros. Ao terminar, ele disse: “Que tal, consegue mover-se? Tente.” Receoso, fiz uma tentativa e, para meu espanto, verifiquei que estava conseguindo. “Você pode flexionar-se mais,” disse Meishu-Sama. Tentei outra vez e certifiquei-me de que realmente podia movimentar-me ainda mais.

Depois que voltei para casa, fiquei pensando: “Deve ser algum tipo de magia. Quando o efeito passar, não conseguirei mais me mexer.”

Naquela noite, acordei de madrugada para ir ao banheiro e experimentei novamente fazer flexões. “Puxa! Não é que o encantamento ainda está funcionando…” – falei comigo mesmo.

Quando fui lavar o rosto pela manhã, pude curvar-me e, pela primeira vez, desde a queda, consegui usar as duas mãos sem me apoiar em nada

Cheguei à conclusão de que realmente havia sido curado pelo Poder de Meishu-Sama, e não por magia. Conscientizei-me, então, de quão eleva do ele era e o reverenciei do fundo do coração. Meishu-Sama costumava nos ensinar: “Crer cegamente não é sinal de verdadeira fé; quando você é curado pelo Johrei, sente o Poder de Deus. Essa experiência lhe permite conhecer a verdadeira fé.”

Um operário da construção do Solo Sagrado

Reminiscências sobre Meishu-Sama vol. 3

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