A Tolice do Controle da Natalidade

Em três oportunidades escrevi a respeito do controle da natalidade, mas volto a fazê-lo por ainda haver pontos em que não foi dito o suficiente.

Actualmente, o Japão está incentivando o controle da natalidade, devido à insuficiência de alimentos em relação ao elevado número de seus habitantes. Analisando bem, essa é realmente uma visão a curto prazo. Suponhamos que uma criança nasça agora. Para ela se tornar adulta, são necessários vinte anos; todavia, uma vez que estamos atravessando uma situação tão instável, não podemos imaginar como será o mundo daqui a vinte anos. Nem mesmo se pode ter ideia das grandes mudanças que poderiam ocorrer num prazo de cinco anos. Por conseguinte, ainda que entre em vigor neste momento o método para diminuir a população do país através do controle da natalidade, é impossível saber se daqui a alguns anos ainda será necessária essa preocupação. Isso não significa que devamos pensar em expandir nosso território, cometendo os mesmos erros do passado; nem em sonho deve-se pensar nisso. Mas quem pode dizer que não virá a época em que o problema da população será resolvido pacificamente?

Vejamos. Caso fosse concretizada a Nação Mundial de que falam certos intelectuais dos Estados Unidos, talvez fosse possível a política de contrabalançar a população dos países, isto é, fazer com que parte da população de um país superpovoado emigrasse para lugares onde a densidade demográfica seja baixa. Acredito que haja muita possibilidade de se colocar em prática essa política, pois o desequilíbrio populacional é um dos motivos de intranquilidade para um país. Sendo assim, os que são a favor do controle da natalidade talvez precisem levar em conta esses pontos. Na minha opinião, a Nação Mundial provavelmente se concretizará mais rápido do que se imagina. Digo isso porque no dia em que, pacificamente ou por meio da guerra, for resolvido o grande problema do mundo actual, isto é, a ameaça representada pelas relações entre os Estados Unidos e a União Soviética, concretizar-se-á, obviamente, a Era de Paz eterna, e então nascerá a Nação Mundial.

20 de Agosto de 1949

Alicerce do Paraíso vol. 5

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